Alguns cuidados podem contribuir para uma boa cicatrização da pele após um procedimento cirúrgico
Após uma cirurgia, um mecanismo natural atua no corpo para fechar o corte. Para restaurar a pele desde a primeira camada, o corpo aumenta a circulação da região para que as células responsáveis pela cicatrização, os fibroblastos, possam alcançar o que todo mundo deseja: a forma mais harmônica possível.
Mas tem como garantir uma linha discreta e da cor da pele? “A cicatrização é uma caixinha de surpresas. O resultado depende desde a técnica utilizada e o capricho do cirurgião até os cuidados no pós-operatório e a genética de cada pessoa”, afirma o cirurgião plástico Matheus Manica, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Inclusive, é comum uma mesma pessoa viver processos de cicatrização diferentes ao longo dos anos. Dependendo do tipo de procedimento, da parte do corpo e até da idade, a cicatrização pode variar. Por isso, é importante tomar alguns cuidados para que ela ocorra da melhor maneira.
Alguns cuidados após o procedimento são importantes para o processo de cicatrização da pele. “Evite esforços. Não force os pontos. Para isso, repouso é fundamental”, diz Manica. Logo após a cirurgia, o ideal é não pegar peso e evitar que a região acabe esticando a pele e forçando os pontos.
Proteger a região com curativo ajuda a manter a ferida limpa e longe de bactérias e outros agentes infecciosos. “Não se deve mexer ou puxar a crosta da ferida. Além de atrasar a cicatrização, isso aumenta o risco de infecção”, diz o cirurgião.
Ter uma dieta equilibrada e saudável, rica em vitaminas e minerais, além da ingestão adequada de água para manter a hidratação do corpo, ajudar a otimizar a cicatrização. Evitar cigarro e bebidas alcoólicas é fundamental. “O tabagismo e consumo de álcool aumentam os radicais livres e a inflamação do corpo, o que atrasa o processo de cicatrização”, afirma o médico.
Caso a cicatrização não ocorra da melhor forma, mesmo seguindo as orientações médicas e o cuidado pós-operatório, podem ser necessários tratamentos adicionais. Isso inclui desde o uso de ácidos e aplicação de laser na cicatriz até o uso de medicamentos injetáveis, como corticóide, principalmente em casos de queloide, ou mesmo o uso de botox na cicatriz.
Cada organismo responde de uma maneira diferente. Não existe medicamento ou tratamento que funcione para todo mundo. “O ideal é consultar o seu médico para a indicação do melhor tratamento para você”, finaliza Matheus Manica.
Por Carla Gullo