Entenda o que está por trás da valorização do bitcoin e se ainda vale a pena investir no mercado de criptomoeda, que costuma sofrer com variações
Publicado em 22/11/2024, às 16h10
É bem provável que você já tenha ouvido a história de alguém que deixou de comprar bitcoin na década passada e por isso não está rico nos dias de hoje. Mas será que ainda dá para correr atrás do prejuízo e sonhar com lucros milionários? O mundo das criptomoedas voltou a subir e não parou mais!
Se você está pensando em entrar de vez neste mercado, será preciso entender como funcionam as criptomoedas. E é necessário colocar algumas (ou muitas) variáveis nessa equação. É que os valores das moedas digitais variam a cada minuto, assim como ocorre com o real ou dólar. Por exemplo:
No momento da redação desta matéria, o bitcoin está avaliado em US$ 98.995 mil. Poucas horas antes, atingiu US$ 99.502 — o recorde histórico de qualquer criptomoeda, que miram superar a barreira dos US$ 100 mil. Por outro lado, em janeiro, chegou a marca mais baixa do ano: na casa dos US$ 39 mil.
No recorte de 2024, o crescimento é de quase 123%. Isso significa que, quem comprou no momento mais baixo e vendeu no recorte mais alto, lucrou 123%. A lógica é a mesma para os compradores de anos anteriores, quando a criptomoeda chegou a valer modestos 1 dólar. Ou seja, se você comprou a 1 dólar e vendeu por 100 mil dólares, o lucro é ainda maior.
Mas calma, não precisa sair da matéria por conta dos altos valores! Ainda que você não tenha 100 mil dólares (cerca de R$ 580 mil) sobrando, dá para comprar criptomoedas. Isso porque não é preciso comprar uma unidade inteira, sendo possível adquirir pequenas fatias dela.
Com a alta no preço, a moeda voltou a despertar o interesse de investidores, tanto experientes quanto iniciantes. O movimento é atribuído a diversos fatores, incluindo mudanças regulatórias, eventos de mercado e o retorno do apetite por ativos de risco.
Mas será que ainda é possível lucrar com o bitcoin? E quais os riscos envolvidos? Mais uma vez, a análise é complexa. Desde a confirmação de que Donald Trump volta à Casa Branca em 2025, o preço disparou. A possibilidade de aprovação de ETFs (fundos negociados em bolsa) baseados na criptomoeda nos Estados Unidos também colaborou com a alta.
Por outro lado, outros eventos podem acarretar na redução do preço. Em agosto, o bitcoin caiu cerca de 20% em 24h após um revés na bolsa de valores japonesa. Em outros momentos, menor demanda por tecnologia, riscos sistêmicos, como ataques de hackers, e até a especulação impactam no preço.
Na prática, a variação do bitcoin e outras criptomoedas funciona nos mesmos moldes de moedas reais. Por isso, é comum ver notícias diárias sobre a mudança de valor do dólar, euro e outras moedas comparadas ao real, por exemplo.
A explicação é simples, mas funcional. Para lucrar com criptomoedas, basta vendê-las por um valor mais alto do que comprou. E dá para se adequar à estratégia de diferentes formas:
Ambas as abordagens têm vantagens e desafios, dependendo do perfil de cada investidor. De qualquer forma, vale avaliar bem os riscos antes de apostar grandes quantias no mercado de criptomoedas, seja o bitcoin ou qualquer outra.
Como informado, tratam-se de ativos voláteis, sujeitos a grandes oscilações de preço em curtos períodos. Ou seja: embora as expectativas atuais sejam positivas, ainda há incertezas. A recomendação é que investidores considerem apenas recursos que 'possam' perder. Correções de preço entre 30% e 40% são comuns no meio, mas podem levar a perdas substanciais para quem investe de forma impulsiva ou sem planejamento.