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Comportamento / Entenda

Por que não minimizar a violência doméstica? MC Ryan SP agride esposa e é defendido por ela

MC Ryan SP agride esposa e é exposto por câmeras de segurança da sua própria casa; entenda a importância de não minimizar esse tipo de crime

Redação Publicado em 28/09/2024, às 12h00

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MC Ryan SP agride esposa e é exposto por câmeras de segurança - Reprodução/Instagram e Leo Dias
MC Ryan SP agride esposa e é exposto por câmeras de segurança - Reprodução/Instagram e Leo Dias

[ALERTA DE GATILHO: este texto aborda o tema da violência doméstica, que pode ser desencadeador para algumas pessoas. Se você ou alguém que você conhece está passando por uma situação de violência, disque 180 - Central de Atendimento à Mulher]

O caso de MC Ryan SP agride esposa ganhou repercussão nas redes sociais após a divulgação de um vídeo em que o cantor aparece agredindo fisicamente a influenciadora Giovanna Roque, com quem tem uma filha de nove meses. A gravação, feita por câmeras de segurança da casa do funkeiro, expõe um episódio de violência doméstica que ocorreu em abril deste ano. Na imagem, Ryan aparece dando um chute na modelo enquanto ela está sentada no chão.

Apesar do ocorrido, Giovanna saiu em defesa do agressor com um pronunciamento em suas redes sociais, levantando um alerta sobre a importância de não minimizar esse tipo de crime e sobre os mecanismos psicológicos que levam as vítimas a proteger seus agressores.

A tentativa dela de justificar a agressão sofrida, atribuindo a responsabilidade ao próprio comportamento, é um padrão comum em casos de violência doméstica. Isso porque a vítima, muitas vezes, se sente culpada e responsabilizada pela violência, o que a impede de buscar ajuda e romper o ciclo de abuso.

A seguir, AnaMaria aborda a importância de não minimizar casos como esse.

A dinâmica da violência doméstica

A violência doméstica é um problema complexo e multifacetado que se manifesta de diversas formas, além das agressões físicas. A manipulação psicológica, como a gaslighting (técnica de manipulação que faz a vítima questionar sua própria sanidade), o controle excessivo sobre a vida da vítima, as ameaças, a culpabilização e a humilhação são ferramentas frequentemente utilizadas pelos agressores para minar a autoestima e a autonomia das vítimas.

Além disso, a violência econômica, que priva a vítima de recursos financeiros, e a violência sexual, que viola a integridade física e psicológica da vítima, também são formas comuns de abuso dentro de relacionamentos."

A importância de não minimizar esse tipo de crime

MC Ryan SP agride esposa
A violência doméstica causa inúmeras consequências negativas para a vítima - Foto: Freepik

É fundamental que a sociedade compreenda a dinâmica da violência doméstica e evite minimizar os casos, como ocorreu com o pronunciamento de Giovanna Roque. Ao justificar a agressão, a vítima reforça a ideia de que a violência é um problema do casal e não um crime. Essa percepção errônea contribui para a manutenção do ciclo de violência e impede que outras mulheres busquem ajuda.

"Gente, eu queria deixar bem claro para vocês que o Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é, tá? Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça. Fiquei muito nervosa, quebrei o telefone dele e fui para cima dele. Ele também ficou muito nervoso e veio para cima de mim, porque também perdeu a cabeça", disse Giovanna em suas redes sociais.

A sociedade como um todo tem um papel fundamental na prevenção e combate à violência doméstica. É preciso criar um ambiente seguro para que as vítimas denunciem os agressores e busquem ajuda. Além disso, é importante conscientizar a população sobre os sinais de violência doméstica e sobre a importância de denunciar esses casos.

O caso de MC Ryan SP agride esposa serve como um alerta sobre a necessidade de combater a cultura do machismo e da violência contra a mulher. É preciso quebrar o silêncio em torno da violência doméstica e oferecer apoio às vítimas. Quando minimizamos a gravidade dos fatos, como Giovanna fez mesmo sendo a vítima, perpetuamos um problema que afeta milhões de mulheres em todo o mundo.

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