Atriz e mãe de gêmeos, Christiane Torloni, de 67 anos, faz relato sobre a morte do filho em um acidente de carro, em 1991, quando ele tinha 12 anos
da Redação Publicado em 18/09/2024, às 15h00
Christiane Torloni, de 67 anos, falou com detalhes sobre a trágica perda de seu filho, Guilherme, em um acidente ocorrido em 1991, quando ele tinha apenas 12 anos. Ao descrever a dor, a atriz revelou que irá viver o resto da vida fazendo "compressas no coração" pela perda.
"A gente tem uma lembrança do Guilherme que é uma lembrança linda, porque era uma criança linda, mas é uma história que não teve o seu futuro. Você vê tudo que tinha ali para acontecer", disse a atriz em entrevista à revista Marie Claire, publicada na última terça-feira (17).
O acidente ocorreu enquanto Torloni manobrava o carro. Guilherme sofreu traumatismo craniano com a queda do carro e não resistiu. Leonardo, seu irmão gêmeo, também estava no automóvel, mas sofreu apenas ferimentos leves, assim como Christiane Torloni.
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Após o ocorrido, Torloni decidiu se mudar para Portugal com Leonardo. Durante uma participação no programa "Conversa com Bial", ela explicou o que motivou sua decisão: "Eu precisei me recolher. Eu não fui para Portugal porque, aqui, eu estava sem oportunidades, [porque] o Brasil está um caos, não."
Christiane Torlone também perdeu seu pai, Geraldo Matheus, no fim de 2023. Quando questionada sobre como lida com o luto, falou sobre as diferentes formas de enfrentar perdas e a importância dos legados deixados pelos entes queridos:
"Meu pai deixou o nome dele e uma fortuna que é a sua história, que ele deixou para mim, deixou para o meu irmão, para a minha mãe. Um homem bonito, um sujeito honesto, um cara que nunca nos meteu em armadilhas e roubadas, nem filosóficas, nem ideológicas, nem políticas, nem financeiras. É um super legado."
Para Christiane Torloni, o luto é uma parte inevitável da existência humana. "O luto é parte da vida. Ele não é uma maldição, não é um raio. Eu pude ficar ao seu lado todos os dias que ele ficou hospitalizado, a gente rindo. E teve uma hora que ele se foi, o sopro saiu. Foi também uma oportunidade. De fazer os ritos, se despedir, falar eu te amo."
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