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Por que as mulheres são as maiores vítimas da escoliose? Entenda

Embora a escoliose possa afetar pessoas de todas as idades e gêneros, as mulheres são mais propensas a desenvolver essa condição; saiba o motivo

Marina Borges
por Marina Borges
[email protected]

Publicado em 08/10/2024, às 21h00

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A escoliose tem maior incidência entre as mulheres - Freepik
A escoliose tem maior incidência entre as mulheres - Freepik

A escoliose, uma curvatura anormal da coluna vertebral, é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Essa deformidade pode ser leve, moderada ou grave, e causar diversos problemas de saúde, como dores nas costas, dificuldades respiratórias e alterações na postura. Embora ela possa afetar pessoas de todas as idades e gêneros, as mulheres são mais propensas a desenvolver essa condição, especialmente durante a adolescência.

Mas por que as mulheres são as mais atingidas pela escoliose? Essa é uma pergunta que intriga médicos e pesquisadores há anos. A seguir, AnaMaria aborda a patologia em busca de entender por que ela acomete mais o público feminino. Confira.

O que é escoliose?

A escoliose é uma condição complexa caracterizada por uma curvatura anormal da coluna vertebral que se desvia da linha reta natural do corpo. Essa deformidade tridimensional pode ocorrer em qualquer parte da coluna, mas é mais comum nas regiões torácica (costas) e lombar (região inferior das costas). Além da curvatura lateral, a escoliose também envolve rotações das vértebras e, em alguns casos, deformidades na parte anterior ou posterior da coluna.

A causa exata da escoliose idiopática, que representa a maioria dos casos, ainda é desconhecida e é considerada multifatorial. Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição, incluindo predisposição genética, alterações hormonais, especialmente durante a puberdade, e desequilíbrios musculares.

A combinação desses elementos pode levar a um crescimento anormal das vértebras e, consequentemente, à formação da curva. É importante ressaltar que a escoliose idiopática não é causada por má postura, atividades físicas inadequadas ou o uso de mochilas pesadas, como muitos acreditam.

A gravidade da escoliose pode variar consideravelmente, desde curvas leves que causam poucos sintomas até curvas severas que podem comprometer a função pulmonar e cardíaca, além de causar dores crônicas e deformidades visíveis. O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento adequado e prevenir a progressão da curva.

escoliose
A escoliose é  caracterizada por uma curvatura anormal da coluna vertebral - Foto: Freepik/kjpargeter

Por que as mulheres têm mais escoliose que os homens?

A maior incidência de escoliose em mulheres é um fato bem estabelecido, mas as razões exatas ainda não são totalmente compreendidas. Algumas teorias tentam explicar esse fenômeno:

  • Crescimento mais rápido: as meninas tendem a crescer mais rapidamente durante a adolescência, período em que a escoliose costuma se desenvolver. Essa fase de rápido crescimento pode ser um fator de risco para o desenvolvimento da curva;

  • Alterações hormonais: as mudanças hormonais que ocorrem durante a puberdade, como o aumento da produção de estrogênio, podem influenciar o crescimento ósseo e a formação da coluna vertebral, predispondo as meninas à escoliose;

  • Diferenças anatômicas: alguns estudos sugerem que a anatomia da pelve feminina pode influenciar a distribuição do peso corporal e a biomecânica da coluna, aumentando o risco de desenvolvimento da escoliose;

  • Fatores genéticos: a escoliose tem um componente genético, e alguns genes podem estar associados a um maior risco de desenvolver a doença em mulheres.

Tipos de escoliose

Existem diferentes tipos de escoliose, cada um com suas características e causas:

  • Escoliose idiopática: é o tipo mais comum, sem causa conhecida;

  • Escoliose congênita: causada por malformações na coluna vertebral presentes desde o nascimento;

  • Escoliose neuromuscular: associada a doenças que afetam os músculos e os nervos, como a paralisia cerebral e a distrofia muscular;

  • Escoliose degenerativa: relacionada ao desgaste natural da coluna vertebral, comum em idosos.

Como tratar a escoliose?

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Saiba quais são as melhores formas para tratar a escoliose - Foto: Freepik

O tratamento da escoliose depende da gravidade da curvatura, da idade do paciente e de outros fatores. As opções de tratamento incluem:

  • Observação: em casos leves, o médico pode recomendar apenas acompanhamento médico regular para monitorar a progressão da curva;

  • Fisioterapia: exercícios específicos podem ajudar a fortalecer os músculos das costas e melhorar a postura;

  • Ortese: o uso de coletes ortopédicos pode ser indicado para adolescentes com curvas moderadas, a fim de impedir a progressão da deformidade;

  • Cirurgia: em casos graves, a cirurgia pode ser necessária para corrigir a curvatura e evitar complicações futuras.

A escoliose é uma condição complexa que afeta principalmente mulheres, mas ainda há muito a ser descoberto sobre suas causas e mecanismos. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Se você suspeita que possa ter escoliose, procure um ortopedista especializado em coluna para uma avaliação completa.

É importante ressaltar que a escoliose não tem cura, mas com o tratamento adequado é possível controlar a progressão da curva e minimizar os seus impactos na saúde e na qualidade de vida.

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