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Bem-estar e Saúde / CINETOSE!

Enjoo ao andar de carro: por que e como prevenir?

Uma viagem que era para ser prazerosa pode virar motivo de desconforto: o enjoo ao andar de carro é um dos sintomas da cinetose

Guilherme Giagio
por Guilherme Giagio

Publicado em 07/10/2024, às 17h20

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Ler ou usar o celular durante viagens de carro podem agravar o problema. - Foto: wirestock/Freepik
Ler ou usar o celular durante viagens de carro podem agravar o problema. - Foto: wirestock/Freepik

Sentir enjoo ao andar de carro é um problema comum. A sensação de náusea, tontura e mal-estar pode transformar uma viagem esperada em uma experiência desconfortável. O que muitas não sabem é que esses sintomas podem ser causados por uma condição chamada cinetose.

Mas o que exatamente provoca esse enjoo e como podemos preveni-lo? A condição ocorre com a dificuldade do cérebro em assimilar informações conflitantes dos sistemas sensoriais. Normalmente, a visão e o equilíbrio fazem parte do problema.

Ao viajar de carro, o sistema vestibular, localizado no ouvido interno, capta o movimento do veículo, enquanto os olhos podem estar focados em algo estático, como um livro ou celular. A desconexão entre o que o corpo sente e o que os olhos veem é o que desencadeia o enjoo.

cinetose Enjoo ao andar de carro: por que e como prevenir?
Fadiga, estresse e ansiedade aumentam os sintomas da cinetose. Foto: Freepik

Náusea, tontura, sudorese excessiva e vômito são os sintomas mais comuns de cinetose. Segundo a professora de enfermagem Karinne Souza, do Centro Universitário Newton Paiva, algumas pessoas são mais suscetíveis ao enjoo ao andar de carro devido à maior sensibilidade do sistema vestibular.

É o caso de crianças e gestantes: "As crianças são mais vulneráveis por ainda estarem em fase de desenvolvimento do sistema nervoso central. Já as gestantes costumam relatar uma maior sensação de enjoo devido às mudanças hormonais que alteram a percepção de equilíbrio e movimento”, explica.

Além disso, fatores como fadiga, estresse e ansiedade podem agravar os sintomas, como explica a especialista. 

Como prevenir o enjoo ao andar de carro?

Existem várias maneiras de prevenir o enjoo ao andar de carro. A primeira é a atenção à maneira que você se posiciona durante a viagem. Manter o olhar fixo no horizonte, de preferência em uma paisagem externa, ajuda a sincronizar as informações visuais e de equilíbrio.

Também pode ser útil escolher assentos que provocam menos desconforto. O banco da frente do carro, por exemplo, tende a ser uma opção melhor do que os assentos traseiros, onde o balanço é maior. Ventilação adequada, com um ambiente arejado ajuda a aliviar a náusea.

Por outro lado, evitar atividades como ler ou usar o celular também pode ser estratégias eficazes. Estes hábitos colaboram com o desentendimento entre os sentidos. Também é aconselhável fugir de refeições pesadas, já que o estômago cheio pode aumentar o mal-estar.

Já uma boa hidratação é uma ótima aliada na batalha contra os sintomas. Karinne alerta sobre a importância de medicamentos receitados para quem sofre com a cinetose frequentemente: “Medicamentos anti-histamínicos, com orientação médica, podem ajudar bastante na prevenção dos sintomas”, ressalta.

Tratamentos e soluções de longo prazo para a cinetose

Embora as medidas de prevenção sejam eficazes para a maioria das pessoas, alguns casos de enjoo ao andar de carro podem exigir uma abordagem mais contínua. Karinne Souza destaca que é vale experimentar diferentes estratégias até encontrar a que funcione melhor.

Enjoo ao andar de carro: por que e como prevenir cinetose
Algumas estratégias são eficazes para evitar o enjoo ao andar de carro. Foto: Freepik

Algumas técnicas de respiração e relaxamento podem ajudar a acalmar o corpo e reduzir o desconforto. Em casos mais severos, os indivíduos podem considerar procurar orientação médica para discutir opções de tratamento, como o uso de medicamentos preventivos ou terapias comportamentais.

Essas intervenções podem ser especialmente úteis para quem sofre com cinetose crônica e tem sua qualidade de vida prejudicada pela condição. Vale lembrar que, no caso das gestantes, o acompanhamento médico para a cinetose é ainda mais importante.

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