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Parar de menstruar: sim ou não?

Para muitas mulheres, menstruação é sinônimo de chateação. Por isso, algumas acabam optando por bloquear o ciclo. Mas será que isso é seguro em todos os casos? Veja oito mitos e verdades, e esclareça suas dúvidas sobre esse assunto

Júlia Arbex Publicado em 02/11/2016, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Parar de menstruar: sim ou não? - Shutterstock
Parar de menstruar: sim ou não? - Shutterstock
1 A menstruação não serve para nada.
MITO O ciclo menstrual tem a função de preparar o corpo da mulher para uma possível gestação e também de sinalizar se nossos
hormônios estão sendo produzidos adequadamente. “Qualquer alteração pode significar algum sinal de doença nos ovários ou no
útero”, explica Heloisa Brudniewski, ginecologista e obstetra.


2 Só a pílula consegue bloquear o ciclo.
MITO Há também a minipílula (sem estrogênio), as injeções trimestrais, o adesivo, o anel vaginal, o DIU (dispositivo intrauterino)
e o implante subcutâneo de progesterona.


3 Todas as mulheres podem suspender a menstruação.
MITO Interromper a menstruação é ideal pra mulheres que sofrem de cólicas, dor de cabeça, TPM e fluxo intenso. O bloqueio também pode melhorar os sintomas de pacientes com doenças como anemia, endometriose, miomatose uterina, ovário policístico e cistos ovarianos hemorrágicos. “Em todo caso, deve-se conversar com o ginecologista, pois só ele saberá o que é melhor para cada paciente”, diz Elizabeth Trezza, ginecologista e obstetra.


4 Fumantes não podem. 
MITO Apesar de alguns anticoncepcionais, principalmente os que contêm estrogênio, agravarem doenças ligadas à circulação, como a trombose, as fumantes podem usar o DIU para suspender o sangramento.


5 Ao decidir retomar o ciclo, as chances de engravidar são menores.
MITO Os anticoncepcionais não são responsáveis por reduzir a fertilidade. Na realidade, o que reduz as chances de engravidar
é a idade avançada. “Recomendo que a paciente que queira ter filho interrompa a pílula de dois a três meses antes de começar a tentar engravidar”, afirma Heloisa.


6 Mesmo sem menstruar, a mulher pode ter cólica, inchaço e TPM.
VERDADE Embora a cólica, as alterações de humor e a retenção hídrica sejam sintomas da queda hormonal pré-menstrual, elas
também podem aparecer com o uso da pílula. “De qualquer forma, esses sintomas melhoram”, pontua Heloisa.


7 Podemos bloquear a menstruação por, no máximo, dez anos.
MITO De acordo com as especialistas, não existem estudos que determinem o período pelo qual o bloqueio pode durar. Isso o
médico e a mulher decidem juntos.


8 Anticoncepcionais aumentam o risco de infarto, derrame, trombose e câncer de mama. 
DEPENDE É verdade que os anticoncepcionais podem aumentar o risco de infarto, trombose e derrame, mas apenas em pacientes
com predisposição genética ou que sejam fumantes. O risco de câncer de mama também não aumenta com a pílula, mas precisa ser usado com cautela em mulheres com histórico familiar para a doença. Por outro lado, o uso de anticoncepcionais está associado a um menor risco de desenvolver câncer de endométrio e de ovário. Por isso a avaliação médica é imprescindível.


Mais sobre os métodos contraceptivos

PÍLULA X MINIPÍLULA
Diferentemente dos anticoncepcionais orais tradicionais, a minipílula não possui estrogênio, apenas progesterona. De acordo com
Elizabeth, essa é uma ótima opção para as fumantes, obesas e hipertensas, pois não eleva o risco de doenças cardiovasculares.

BENEFÍCIOS DA INJEÇÃO TRIMESTRAL
Assim como os outros métodos, ela pode ter efeitos colaterais, como escapes menstruais, retenção de líquido e ciclo irregular após parar de tomar. No entanto, é altamente eficaz e prática, pois deve ser tomada apenas a cada três meses.

O IMPLANTE DURA MAIS
Ele tem 4 cm e é inserido embaixo da pele, no braço. Dura três anos e é altamente eficaz, mas tem uma maior incidência de escape.
O método ainda aumenta as chances de ganho de peso e acne.

DIU: QUASE SEM EFEITOS
Além de não precisar lembrar de tomar comprimido todos os dias, ele dura até cinco anos, não afeta a libido e melhora a cólica.
As únicas desvantagens é que ele pode provocar inchaço no início, além do preço, que é alto.

O ADESIVO É PRÁTICO, MAS REQUER ATENÇÃO
Apesar de a mulher só precisar trocá-lo uma vez por semana, ele pode causar irritação e vermelhidão na pele, descolar e, dependendo do local que for colado, ficar aparente.

CUIDADO COM O ANEL DURANTE AS RELAÇÕES
O anel vaginal tem uma eficácia de cerca de 99,7%. Ele é colocado no fundo da vagina e deve ser mantido no local por três
semanas. Lá, ele libera doses de hormônios que suspendem o sangramento. A única desvantagem é que ele pode sair durante a relação sexual.