Jejuar por longos períodos pode levar a uma série de complicações de saúde; nutricionista explica como o jejum prolongado pode prejudicar a saúde
Recentemente, Maíra Cardi, influenciadora e empresária, revelou estar em um jejum de três dias, planejando estender sua prática para cinco dias, consumindo apenas água durante o período. A tendência de jejum prolongado tem ganhado atenção nas redes sociais, mas especialistas alertam sobre os riscos associados a essa prática extrema. Isso porque jejuar por períodos longos pode levar a uma série de complicações de saúde, incluindo deficiências nutricionais, desequilíbrios eletrolíticos e problemas metabólicos.
Para entender os impactos potenciais de tais práticas e considerar alternativas mais seguras e equilibradas para a saúde, AnaMaria conversou com a nutricionista Juliana Vieira, que destaca que, enquanto algumas pessoas buscam o jejum prolongado como uma solução rápida para perda de peso ou desintoxicação, os efeitos negativos sobre o corpo podem ser significativos e perigosos.
Os riscos do jejum prolongado são significativos e variados, afetando diversos sistemas do corpo. Quando uma pessoa se abstém de comer por períodos longos, como no caso de Maíra Cardi, o organismo pode sofrer várias complicações. Abaixo estão alguns dos principais riscos:
A nutricionista Juliana Vieira destaca que, embora o jejum possa ter alguns benefícios quando feito de forma controlada e supervisionada, o jejum prolongado sem orientação médica adequada são perigosos e não recomendados. É essencial adotar práticas alimentares equilibradas e consultar profissionais de saúde antes de fazer mudanças drásticas na dieta.
De acordo com Juliana, não é seguro ficar cinco dias sem comer. O jejum prolongado pode levar a uma série de problemas de saúde. Quando uma pessoa se abstém de alimentos por tanto tempo, ela pode sofrer com fraqueza muscular, falta de concentração, hipoglicemia e desmaios. Nos casos mais graves, a desnutrição pode causar hipotensão e perda de eletrólitos, o que pode resultar em arritmias cardíacas, redução das proteínas e diminuição do tamanho dos órgãos, incluindo o cérebro.
Juliana explica que, embora uma pessoa saudável consiga sobreviver sem se alimentar por aproximadamente três semanas, isso não significa que seja seguro ou recomendado chegar a esse limite. "Quando o acesso à comida é limitado por muito tempo, a pessoa pode sofrer com uma série de complicações. É essencial adotar práticas alimentares equilibradas e consultar profissionais de saúde antes de fazer mudanças drásticas na dieta," enfatiza.
Juliana Vieira afirma que jejuns de curto período, como entre 12 e 24 horas, podem ser recomendados e trazer benefícios ao corpo. Ela apoia a prática do jejum intermitente consciente, que pode ser benéfico para o metabolismo, auxiliar na perda de peso e até contribuir no combate ao câncer, provocando a autofagia das células.
No entanto, a nutricionista alerta que é crucial realizar o jejum de maneira correta para evitar riscos à saúde. Passar muitas horas sem comer pode levar a fraqueza muscular, falta de concentração, hipoglicemia, desmaios e, em casos mais graves, desnutrição. A desnutrição severa pode causar hipotensão, perda de eletrólitos, arritmias cardíacas, redução das proteínas e diminuição do tamanho dos órgãos, incluindo o cérebro.
Por isso, é muito importante seguir diretrizes saudáveis e consultar profissionais de saúde antes de fazer mudanças drásticas na dieta. Segundo Juliana, uma alimentação equilibrada é a chave do emagrecimento.
"Comida de verdade. Rica em proteínas. Em quantidade suficiente para te saciar. Quanto mais delas você atingir, melhor a refeição. Ingerir nada, sem acompanhamento de um profissional, como ocorre no jejum prologado, pode causar consequências gravíssimas à saúde", aponta a profissional.
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