O Dia do Folclore é comemorado nesta quinta-feira, dia 22 de agosto, ao redor do mundo – inclusive no Brasil. No país, a data faz parte do calendário oficial do governo deste 1965 e é usada como ação para incentivar a cultura popular.
O folclore brasileiro é ricamente representado por danças e festas tradicionais que são celebradas em todo o país. Entre as lendas mais famosas, por exemplo, temos as histórias do Saci e do Boto Cor de Rosa, que foram, inclusive, representadas na série brasileira da Netflix, ‘Cidade Invisível‘.
Mas, afinal, você sabe como surgiu o Dia do Folclore? Não basta comemorar, é preciso compreender a história por trás da data e isso AnaMaria te explica logo abaixo.
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Origem do Dia do Folclore
A data foi escolhida em homenagem ao escritor inglês William John Thoms, que criou o termo “folklore” para designar as expressões culturais de um povo. Em 1846, Thoms combinou as palavras “folk” (povo ou popular) e “lore” (saber, tradição ou cultura), formando assim a palavra folklore, que se refere às tradições e cultura popular.
No Brasil, o Dia do Folclore foi oficializado somente em 17 de agosto de 1965, mais de cem anos após a criação da palavra, quando o presidente Humberto de Alencar Castello Branco assinou o Decreto nº 56.747 durante a Ditadura Militar:
“Art. 1: Será celebrado anualmente, a 22 de agosto, em todo o território nacional, o Dia do Folclore.
Art. 2: A Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro do Ministério da Educação e Cultura e a Comissão Nacional do Folclore do Instituto Brasileiro da Educação, Ciência e Cultura e respectivas entidades estaduais deverão comemorar o Dia do Folclore e associarem-se a promoções de iniciativa oficial ou privada, estimulando ainda, nos estabelecimentos de curso primário, médio e superior, as celebrações que realcem a importância do folclore na formação cultural do país.
Art. 3: Revogam-se as disposições em contrário.”
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No entanto, antes da oficialização, o folclore brasileiro já era celebrado e estudado pelo país. Durante a Semana de Arte Moderna de 1922, várias obras foram inspiradas pela cultura popular e, em 1947, o pintor Renato de Almeida criou a Comissão Brasileira de Folclore para promover a rica herança cultural.
Lendas folcóricas do Brasil
O Brasil possui um vasto repertório de lendas que fazem parte da sua cultura popular. Algumas delas se tornaram ainda mais conhecidas através das obras de Monteiro Lobato no Sítio do Pica Pau Amarelo.
Boto Cor-de-Rosa
Originária da região amazônica, a lenda do Boto Cor-de-Rosa conta que esse animal se transforma em um jovem bonito que seduz mulheres em festas locais. Ele desaparece após engravidá-las, sendo usado muitas vezes como explicação para gravidez fora do casamento.
Curupira
O Curupira é descrito como um anão com cabelos de fogo e pés virados para trás. Considerado protetor das florestas, ele confunde caçadores e lenhadores para proteger seu habitat. Entre os povos indígenas, ele é visto como uma criatura perigosa que rapta crianças.
Saci-pererê
O Saci é um menino negro com uma perna só, usando uma touca vermelha que lhe dá poderes mágicos. Conhecido por suas travessuras com pessoas e animais, ele também é guardião das ervas medicinais.
Mula sem cabeça
Também conhecida como burrinha de padre, essa lenda fala sobre uma mulher amaldiçoada que se transforma em uma mula com labaredas no lugar da cabeça por ter namorado um padre. Ela volta à forma humana ao amanhecer.
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Festas do folclore brasileiro
Uma festa internacional que vem ganhando espaço no Brasil é o Halloween, conhecida popularmente como festa de Dia das Bruxas. Originalmente celta, a celebração surgiu há mais de três mil anos e já atravessou gerações na Europa e América do Norte e está cada vez mais presente na América do Sul.
No Brasil, também há festas populares que se destacam em todo o país, que incluem:
- Festas Juninas;
- Folia de Reis;
- Procissão do Fogaréu em Goiás;
- Romarias, como a de Finados do Juazeiro do Norte;
- Festival de Parintins, ou Festa do Boi-Bumbá.
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