Entender como o desejo sexual funciona em diferentes idades ajuda a desmistificar tabus e promover uma visão mais saudável da sexualidade
Marina Borges Publicado em 25/11/2024, às 21h00
O desejo sexual é uma experiência multifacetada que pode ser influenciada por fatores biológicos, psicológicos e sociais. Ao longo da vida, as mudanças no corpo, nos níveis hormonais e no estilo de vida moldam a forma como homens e mulheres vivenciam sua sexualidade. Embora não exista um padrão fixo, é possível identificar tendências comuns associadas à cada fase da vida.
A libido pode ser mais intensa na juventude, influenciada por picos hormonais, enquanto em fases mais maduras, questões emocionais e de saúde tendem a desempenhar papéis maiores. Entender como o desejo sexual funciona em diferentes idades ajuda a desmistificar tabus e promover uma visão mais saudável da sexualidade em todas as fases da vida.
Durante a adolescência e início da vida adulta, o desejo sexual costuma atingir seu ápice. Essa fase é marcada por altos níveis de hormônios sexuais — testosterona nos homens e estrogênio nas mulheres. Esses hormônios são responsáveis por impulsionar a libido, favorecendo o surgimento de impulsos sexuais intensos e frequentes.
No entanto, essa fase também pode trazer desafios emocionais. Inseguranças sobre o corpo, falta de experiência e pressão social podem interferir na forma como o desejo é manifestado. Além disso, a descoberta da sexualidade pode variar amplamente de pessoa para pessoa.
Entre os 20 e 30 anos, muitos experimentam um equilíbrio entre saúde física e emocional, o que contribui para um desejo sexual consistente. Essa fase da vida também é influenciada por fatores externos, como relacionamentos amorosos, carreira e planejamento familiar.
Para as mulheres, é comum que o desejo aumente conforme elas se tornam mais confiantes em relação ao próprio corpo e aprendem mais sobre suas preferências sexuais. Para os homens, a libido tende a permanecer alta, mas pode ser afetada por estresse e outros fatores relacionados ao estilo de vida.
A partir dos 40 anos, tanto homens quanto mulheres podem notar mudanças significativas no desejo sexual. Nos homens, os níveis de testosterona começam a diminuir gradualmente, o que pode resultar em menor frequência de pensamentos e impulsos sexuais. Nas mulheres, a proximidade da menopausa traz variações hormonais que podem reduzir a libido.
Além dos fatores biológicos, questões emocionais e de saúde começam a ter mais impacto. Estresse, rotina, cansaço e até mesmo doenças crônicas podem influenciar negativamente o desejo. Por outro lado, muitos casais nessa fase relatam maior intimidade emocional, o que pode compensar as mudanças biológicas.
A sexualidade na terceira idade ainda é envolta em tabus, mas o desejo sexual não desaparece com o envelhecimento. Embora as mudanças hormonais e físicas possam alterar a forma como o desejo é vivenciado, a busca por conexão e prazer continua sendo uma parte importante da vida para muitas pessoas.
Para os homens, problemas como disfunção erétil podem ser mais comuns, mas tratamentos médicos e terapias estão disponíveis para ajudar. Já para as mulheres, a queda nos níveis de estrogênio pode causar desconforto físico, como secura vaginal, mas isso também pode ser tratado com orientação médica.
Um aspecto importante dessa fase é o papel do vínculo emocional. Casais que mantêm uma comunicação aberta e exploram formas de intimidade que vão além do ato sexual frequentemente relatam maior satisfação na vida sexual.
O desejo sexual é moldado por uma combinação de fatores que incluem:
O desejo sexual é dinâmico e único para cada pessoa. Ele não segue uma linha reta ao longo da vida, mas sim um percurso moldado por fatores biológicos, emocionais e sociais. Entender essas mudanças é essencial para lidar com elas de forma saudável, buscando sempre equilíbrio e bem-estar.
A sexualidade não deve ser vista como algo restrito à juventude, mas como uma parte integral da vida que pode ser vivenciada de diferentes formas em cada idade. Manter o diálogo aberto, cuidar da saúde física e emocional e buscar ajuda quando necessário são passos importantes para garantir uma vida sexual plena e satisfatória.
Leia também:
É saudável fazer sexo 50 vezes na semana, como Nicolas Prattes, ou se trata de compulsão sexual?
O que é sexo kink? Conheça o fetiche que Flávia Alessandra revelou ter
Entenda polêmica de Ana Paula Minerato, acusada de racismo após repercussão de áudios
Quais são os sinais de que alguém é viciado no trabalho? Sasha revela ser ‘workaholic’
Pausa nas redes sociais: será que precisamos dar um tempo? LeBron James anuncia que está offline
Sexo com 8 homens: Andressa Urach vai parar no hospital após gravação
Prematuridade: como se preparar para os desafios e garantir os melhores cuidados para o bebê
A importância da rede de apoio no puerpério: Giselle Itiê fala sobre abandono de Guilherme Winter