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Vai ter que amputar o pé? Entenda o quadro de trombose arterial enfrentado por Mario Frias

O caso do deputado reforça a importância de reconhecer os sinais de trombose arterial e buscar tratamento imediato; entenda

Marina Borges
por Marina Borges
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Publicado em 25/11/2024, às 17h30

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Mario Frias teve o pé afetado após complicações advindas de uma trombose arterial - Reprodução/Instagram
Mario Frias teve o pé afetado após complicações advindas de uma trombose arterial - Reprodução/Instagram

O ex-ator e deputado federal Mario Frias foi internado no início de novembro após apresentar um quadro de trombose arterial, uma condição que pode levar a complicações graves, incluindo amputação. A doença, que ocorre devido à formação de coágulos que bloqueiam o fluxo sanguíneo nas artérias, foi diagnosticada após sintomas preocupantes na região do pé. Especialistas alertam que, sem tratamento imediato, a condição pode causar sequelas irreversíveis, desde perda de sensibilidade até a necessidade de amputação.

Médicos também alertam para o fato de que fatores genéticos e condições como acúmulo de placas de gordura nos vasos podem predispor à formação de coágulos, bloqueando o suprimento de sangue para órgãos e extremidades. No caso de Mario Frias, o pé foi diretamente afetado, o que exigiu cuidados intensivos para evitar complicações maiores.

O que é trombose arterial?

A trombose arterial ocorre quando um coágulo sanguíneo (trombo) obstrui uma artéria, impedindo que o sangue rico em oxigênio chegue a tecidos ou órgãos. Isso pode resultar em danos graves, especialmente se o fluxo sanguíneo não for restabelecido rapidamente. Entre os principais fatores de risco estão:

  • Histórico familiar de trombose;
  • Acúmulo de placas de gordura (aterosclerose);
  • Pressão alta, diabetes e colesterol elevado;
  • Tabagismo e sedentarismo.

Os sintomas variam de acordo com a localização do trombo, mas frequentemente incluem dor intensa, mudança de cor na pele, sensação de dormência e, em casos graves, morte tecidual (necrose).

Quando a amputação pode ser necessária?

Nos casos mais graves de trombose arterial, a interrupção prolongada do fluxo sanguíneo pode causar isquemia, ou seja, a morte do tecido na área afetada. Isso aumenta o risco de infecção e pode tornar a amputação inevitável para preservar a saúde do restante do corpo.

Em entrevista à CARAS, a cardiologista Valéria Braile alerta que a falta de sensibilidade e as dificuldades de locomoção são sinais de alerta. "Quando o sangue não chega a tempo, o tecido começa a perder funcionalidade, e isso pode progredir rapidamente", explica.

O tratamento costuma incluir o uso de anticoagulantes, trombólise (dissolução do coágulo) ou, em situações de emergência, cirurgia para remover o trombo. Em casos extremos, quando não há recuperação tecidual, a amputação pode ser a única solução.

Fatores de predisposição e prevenção

Embora a trombose arterial possa parecer súbita, ela geralmente está associada a condições preexistentes. Alterações genéticas, como trombofilias, aumentam o risco de formação de coágulos. Além disso, hábitos de vida inadequados, como alimentação rica em gorduras saturadas, falta de exercícios físicos e tabagismo, contribuem significativamente para a doença.

A prevenção passa por adotar um estilo de vida saudável:

  • Manter uma dieta equilibrada: rica em fibras, frutas e vegetais;

  • Praticar atividades físicas: ao menos 150 minutos semanais;

  • Controlar fatores de risco: como pressão alta, diabetes e colesterol;

  • Evitar o tabagismo: um dos principais vilões da saúde vascular.

O caso de Mario Frias reforça a importância de reconhecer os sinais de trombose arterial e buscar tratamento imediato. A condição, embora grave, pode ser controlada e tratada com as abordagens adequadas. Para muitos, o alerta serve como um lembrete de que hábitos saudáveis e acompanhamento médico são cruciais para prevenir problemas cardiovasculares.

A recuperação do deputado ainda está em andamento, mas seu relato ressalta a gravidade da trombose e os riscos associados, especialmente quando não tratada a tempo.

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