Surto de diarreia aguda: conheça a doença e como se prevenir do rotavírus

O rotavírus é identificado como o principal agente causador de diarreia aguda em Goiás, conforme divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES-GO). Entenda como funcionam os mecanismos de transmissão do vírus e os cuidados essenciais a serem adotados em casa para prevenir a diarreia aguda.

De acordo com o último boletim da SES-GO, divulgado na segunda-feira (26), mais de 70 municípios do estado registraram surtos ativos da doença, totalizando 12.205 casos. Já os registros isolados de diarreia somam 160.417 casos em todo o estado no ano de 2024.

Causas da diarreia aguda

A diarreia aguda pode ser desencadeada por diversos agentes, incluindo bactérias, vírus como o rotavírus e norovírus, parasitas e fungos.

Por isso, ao surgirem os primerios sintomas de diarreia é importante buscar atendimento médico, pois cada caso precisa ser submetido a análises para identificar a presença de bactérias e vírus.

O Ministério da Saúde orienta que a ocorrência de no mínimo três episódios de diarreia aguda no período de 24hrs (diminuição da consistência das fezes – fezes líquidas ou amolecidas – e aumento do número de evacuações) podendo ser acompanhados de: cólicas abdominais, dor abdominal, febre, sangue ou muco nas fezes, náusea e vômitos, são sinais de alerta para a doença.

Mecanismos de transmissão

O rotavírus é transmitido principalmente por via oral ou fecal, algo que frequentemente acontece através da manipulação inadequada de alimentos ou contato com água contaminada por fezes ou esgoto.

Assim, a contaminação ocorre, geralmente, quando uma pessoa infectada manipula alimentos sem seguir as práticas adequadas de higiene. A proliferação do vírus pode ocorrer em qualquer período do ano, mas, quando há estocagem ou falta d'água, como ocorre em períodos secos, as chances de contaminação aumentam.

De acordo com o Minestério da Saúde, alguns comportamentos podem colocar as pessoas em risco e facilitar a contaminação da diarreia aguda:

• Ingestão de água sem tratamento adequado;
• Consumo de alimentos sem conhecimento da procedência, do preparo e armazenamento;
• Consumo de leite in natura (sem ferver ou pasteurizar) e derivados;
• Consumo de produtos cárneos e pescados e mariscos crus ou malcozidos;
• Consumo de frutas e hortaliças sem higienização adequada;
• Viagem a locais em que as condições de saneamento e de higiene sejam precárias;
• Falta de higiene pessoal.

Cuidados e prevenção

A maioria dos casos de diarreia aguda causada pelo rotavírus são leves, mas, crianças e idosos podem apresentar complicações e devem buscar avaliação médica se necessário. Isso porque o principal  agravante é a desidratação, que se não for corrigida rápida e adequadamente, pode causar consequências mais graves.

Não existe um medicamento específico para tratar a doença, recomenda-se assim a hidratação constante e manutenção rigorosa da higiene pessoal para evitar a transmissão. Além disso, uma importante forma de prevenção é evitar o desmame precoce. Manter o aleitamento materno aumenta a resistência das crianças contra as diarreias, como orienta o Ministério da Saúde.

Utilizar água tratada e filtrada, adicionando hipoclorito (água sanitária) aos reservatórios de água e fervendo ela antes do consumo são práticas recomendadas. Também é fundamental lavar as mãos após usar o banheiro, transporte público ou tocar superfícies que possam estar sujas, e depois de tocar em animais, e higienizar o banheiro com água sanitária ou desinfetante.

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