Monique Evans desabafa sobre luta contra depressão e transtorno borderline - Reprodução/Instagram
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O que é o transtorno borderline? Monique Evans luta contra o quadro desde a infância

A coragem da ex-modelo em falar abertamente sobre o transtorno borderline tem ajudado a aumentar a conscientização sobre essa complexa condição mental

Marina Borges Publicado em 21/08/2024, às 20h00

Monique Evans, uma das figuras mais conhecidas da televisão brasileira, compartilhou recentemente que lida com o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), ou simplesmente transtorno borderline, desde a infância. A condição, marcada por intensa instabilidade emocional e dificuldades nos relacionamentos, tem impactado a vida da artista por décadas. Em entrevistas, Monique revelou que o quadro contribuiu para diversas crises pessoais, incluindo episódios de depressão e ansiedade.

Sua coragem em falar abertamente sobre o transtorno borderline tem ajudado a aumentar a conscientização sobre essa complexa condição mental. AnaMaria conversou com a psicóloga Luciana Oliveira, especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e pós-graduada em Psicopatologia pelo Grupo PBE, para entender mais o quadro da ex-musa dos anos 80.

O que é o transtorno borderline?

O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é uma condição complexa que envolve uma instabilidade emocional intensa. De acordo com Luciana, quem tem TPB pode ter dificuldades para regular suas emoções, o que leva a uma sensação constante de turbulência interna. É comum que essas pessoas experimentem sentimentos extremos, como medo de abandono, raiva e tristeza, de forma muito mais intensa do que outras pessoas.

"Além das emoções instáveis, o transtorno borderline também pode influenciar a maneira como a pessoa se relaciona com os outros. Muitas vezes, os relacionamentos são marcados por altos e baixos, onde o indivíduo pode idealizar e, em seguida, desvalorizar aqueles com quem se relaciona. Essa instabilidade emocional e nos relacionamentos cria uma sensação de caos que afeta vários aspectos da vida", explica a psicóloga.

Como o transtorno borderline impacta a vida de quem o possui?

O impacto do transtorno borderline na vida de uma pessoa pode ser significativo. A sensação de viver em uma montanha-russa emocional, com altos e baixos constantes, pode tornar difícil manter relacionamentos estáveis, seja no trabalho, na família ou entre amigos. Essas mudanças rápidas de humor e a intensidade das emoções podem criar desafios até para atividades cotidianas.

O transtorno borderline afeta a vida cotidiana de quem o possui - Foto: Freepik

 

"Além disso, pessoas com TPB costumam lidar com uma autoimagem distorcida e um sentimento crônico de vazio. Essa combinação pode levar a comportamentos impulsivos, como compras excessivas, abuso de substâncias ou comportamentos autolesivos. A dificuldade em gerenciar as próprias emoções faz com que a vida se torne uma luta constante, impactando diretamente na qualidade de vida", explica Luciana Oliveira.

Com um impacto profundo e multifacetado na vida de quem o possui, o transtorno borderline pode afetar diferentes áreas da vida. Entenda melhor a seguir:

Quando procurar ajuda? Veja os sintomas do transtorno borderline

Os sintomas do transtorno borderline incluem ansiedade - Foto: Freepik

 

Procurar ajuda para o quadro do Transtorno da Personalidade Borderline (TPB) é um passo fundamental quando os sintomas começam a impactar negativamente a vida pessoal, profissional ou social. Saiba reconhecer os sinais de que o quadro pode

Como funciona o tratamento

Procurar ajuda para o Transtorno da Personalidade Borderline (TPB) é crucial quando os sintomas começam a interferir significativamente na vida pessoal, profissional ou social. "Se você sentir que suas emoções estão fora de controle, ou se estiver tendo dificuldades para manter relacionamentos, é importante buscar o apoio de um profissional de saúde mental. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode ser uma aliada poderosa nesse processo, ajudando a identificar padrões de pensamento e comportamento que contribuem para o sofrimento", aponta Luciana Oliveira.

Fazer terapia é fundamental para lidar com o transtorno borderline - Foto: Freepik

 

A psicóloga também ressalta que outra abordagem importante é a Terapia Comportamental Dialética (DBT), que foi desenvolvida especificamente para o tratamento do TPB. A DBT ensina habilidades práticas para lidar com emoções intensas e comportamentos impulsivos. Essa terapia foca no desenvolvimento de habilidades em áreas como mindfulness (atenção plena), regulação emocional, tolerância ao estresse e eficácia interpessoal. Além das sessões individuais, a DBT pode incluir grupos de habilidades, proporcionando um espaço para a prática e o aprimoramento dessas técnicas.

"Em alguns casos, a medicação pode ser indicada para controlar sintomas específicos, como ansiedade, depressão ou impulsividade", destaca Luciana. Embora não exista uma medicação especificamente para o TPB, antidepressivos, estabilizadores de humor e ansiolíticos podem ser utilizados para ajudar a aliviar sintomas associados. "O tratamento deve ser contínuo e adaptado às necessidades individuais da pessoa, oferecendo um caminho para uma vida mais equilibrada e satisfatória", finaliza a especialista.

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