O ano de 1998 foi marcado pela prisão de um assassino que deixou o Brasil em estado de choque. Francisco de Assis Pereira, o famoso Maníaco do Parque, foi capturado após atacar 23 mulheres, das quais onze foram assassinadas. Seus crimes aterrorizavam a cidade de São Paulo, especialmente no Parque do Estado, o que explica seu apelido. Relembre o caso retratado em longa e veja o que é verdade e o que é ficção na história do filme!
Em 2024, mais de 25 anos depois, essa história sombria ganha vida em um filme. “Maníaco do Parque” estreou no Prime Video no dia 18 de outubro, com um elenco talentoso que inclui Silvero Pereira no papel do serial killer, além de Giovanna Grigio e Mel Lisboa.
O que é verdade e o que é ficção?
Embora o filme seja inspirado em eventos reais, dirigido por Mauricio Eça, ele mistura a história real do Maníaco do Parque com elementos fictícios.
A trama acompanha a jornalista Helena Pellegrino (Giovanna Grigio), que se torna a responsável por investigar os crimes de Francisco. No entanto, Helena e sua irmã, a psicóloga Martha (Mel Lisboa), são personagens criados para o enredo, não existindo na realidade.
A produção traz uma nova perspectiva sobre os eventos de 1998, quando os ataques ocorreram. A protagonista, Helena, é uma figura que dá início a uma caçada a Francisco de Assis Pereira, mudando o foco da narrativa para quem investiga, em vez de manter o assassino como centro da atenção.
Em entrevista ao Metrópoles, a diretora Thaís Nunes, que também participou das pesquisas para o filme, destacou a intenção de não deixar Francisco no centro da história. “Não era possível que mais uma vez ele fosse o dono da narrativa”, explicou.
Assim, embora os eventos reais estejam representados no filme, as personagens principais são frutos da ficção, o que ajuda a humanizar a história e a colocar em evidência as vítimas e as investigações.
Maníaco do Parque: relembre o caso
Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, se tornou um nome conhecido em 1998, quando seus crimes chocaram o país.
Ele foi condenado a 280 anos de prisão por homicídios e agressões sexuais, após usar seu trabalho como motoboy para atrair mulheres com promessas de emprego. Francisco as levava para locais isolados do Parque do Estado, onde cometia seus crimes, o que lhe garantiu a alcunha de Maníaco do Parque.
O caso não só gerou uma grande cobertura midiática, mas também reacendeu discussões sobre segurança pública e a proteção das mulheres. Com 11 homicídios confirmados, os atos brutais de Pereira deixaram um impacto profundo na sociedade.
Atualmente, ele cumpre pena em uma penitenciária de São Paulo. Apesar da severidade de sua condenação, a legislação brasileira permite uma reavaliação de sua pena após 30 anos. Assim, Francisco pode ter a possibilidade de liberdade condicional em 2028, caso demonstre um comportamento que não represente risco à sociedade. Porém, tanto a promotora do caso quanto seu antigo advogado expressaram preocupações quanto a essa possível soltura.
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