O diabetes, uma doença crônica que afeta a capacidade do corpo de processar a glicose no sangue, já é considerado o “mal do século” por especialistas. Segundo estimativas da Federação Internacional de Diabetes, mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com a condição ou apresentam risco de desenvolvê-la, devido ao aumento alarmante dos casos de obesidade, sedentarismo e maus hábitos alimentares. Essa escalada coloca a doença como um dos principais desafios de saúde pública global, demandando atenção urgente para prevenção e manejo adequado.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas vivendo com diabetes tem crescido de forma consistente nas últimas décadas, com projeções que indicam um aumento significativo até 2045. A doença, que pode levar a complicações graves como problemas cardiovasculares, renais e o comprometimento da visão, está cada vez mais associada a mudanças no estilo de vida moderno. Mas o que é o diabetes, quais são seus tipos e como é possível prevenir e tratar a condição? Confira a seguir.
O que é o diabetes?
O diabetes é uma doença metabólica crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o corpo não consegue utilizá-la de maneira eficaz. A insulina é o hormônio responsável por regular os níveis de glicose no sangue, e sua deficiência ou mau funcionamento provoca o acúmulo de açúcar no organismo, causando hiperglicemia.
Existem três tipos principais de diabetes:
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Diabetes tipo 1: uma condição autoimune que destrói as células produtoras de insulina no pâncreas. Geralmente diagnosticado na infância ou adolescência, exige o uso de insulina diariamente;
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Diabetes tipo 2: o mais comum, está associado ao estilo de vida, incluindo má alimentação, obesidade e sedentarismo. Afeta principalmente adultos, mas tem crescido entre crianças e adolescentes devido ao aumento da obesidade infantil;
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Diabetes gestacional: ocorre durante a gravidez e, embora geralmente desapareça após o parto, aumenta o risco de a mãe e o bebê desenvolverem diabetes tipo 2 no futuro.
Por que o diabetes está em alta?
O aumento global do diabetes está diretamente ligado a mudanças no estilo de vida e ao envelhecimento da população. A urbanização acelerada, a maior oferta de alimentos ultraprocessados e o sedentarismo criaram um ambiente propício para o crescimento da obesidade, que é um dos principais fatores de risco para a doença.
Além disso, a pandemia de Covid-19 agravou a situação ao dificultar o acesso a cuidados médicos preventivos e à prática de atividades físicas, ao mesmo tempo em que aumentou os níveis de estresse, outro fator que pode desencadear o diabetes.
Outro fator importante é a falta de conscientização sobre a doença. Muitas pessoas vivem com diabetes tipo 2 por anos sem diagnóstico, o que aumenta o risco de complicações graves como insuficiência renal, amputações e doenças cardíacas.
Prevenção e tratamento
Embora o diabetes tipo 1 não possa ser prevenido, o tipo 2, que representa a maioria dos casos, é altamente evitável com mudanças no estilo de vida. Algumas estratégias eficazes incluem:
- Alimentação saudável: priorizar uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, reduzindo o consumo de açúcares e gorduras saturadas;
- Atividade física regular: a prática de exercícios ajuda a controlar o peso e melhorar a sensibilidade à insulina;
- Controle do peso: manter um peso saudável é fundamental para reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2;
- Check-ups regulares: realizar exames periódicos ajuda a identificar precocemente alterações nos níveis de glicose.
O tratamento do diabetes varia conforme o tipo, mas inclui uma combinação de medicamentos, insulina (quando necessário), alimentação equilibrada e acompanhamento médico contínuo. Em muitos casos, o controle eficaz da doença depende também de uma boa adesão do paciente ao tratamento.
O diabetes já pode ser considerado uma epidemia global e, para enfrentar esse desafio, é necessário um esforço conjunto entre governos, sistemas de saúde e a população. Investir em conscientização, educação em saúde e acesso a tratamentos é essencial para frear o aumento dos casos e melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença. Adotar hábitos saudáveis não é apenas uma forma de prevenir a doença, mas também de garantir mais saúde e bem-estar no dia a dia.
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