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Senna no Netflix: o que é real e o que é ficção na série?

Nesta sexta-feira (29) estreia Senna no Netflix, série que promete retratar os grande momentos da vida do piloto brasileiro

Da redação Publicado em 28/11/2024, às 17h00

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Gabriel Leone será Ayrton Senna na série 'Senna' - Divulgação/Netflix
Gabriel Leone será Ayrton Senna na série 'Senna' - Divulgação/Netflix

Nesta sexta-feira (29), o público poderá acompanhar umas das séries mais aguardadas dos últimos meses. Isso porque vai estrear Senna no Netflix, a trama que pretende retratar alguns momentos da vida do piloto brasileiro Ayrton Senna. Mas, afinal, o que é real e o que é ficção? Confira a seguir!

A série Senna irá mostrar alguns momentos da infância de Ayrton, a relação com Xuxa Meneghel, a amizade com Galvão Bueno e outros tantos momentos dentro e fora das pistas. Entretanto, nem tudo é verdade.

Por exemplo, a jornalista britânica Laura Harrison, uma das personagens centrais da trama, não existiu. Ela apenas retrata a opinião público da época.

A seguir, confira o que é real e o que é ficção na série Senna!

1. Título mundial perdido pela regra

A narrativa da série mostra que Ayrton Senna era vítima do sistema automobilístico, que favorecia pilotos europeus. Assim, o brasileiro precisava superar os rivais dentro e fora das pistas.

Foi o que aconteceu no primeiro episódio, quando Senna disputava o campeonato mundial de kart com o holandês Peter Koene. Eles empataram em pontos e divergiram nos critérios de desempate.

Senna acreditava que venceria por ter sido o primeiro na bateria final. Mas, o campenato de kart decidiu que venceria o melhor colocado nas semifinais. Portanto, Senna perdeu e nunca tornou-se campeão mundial de kart.

2. A fita adesiva

Em 1982, Senna teve uma baita rivalidade com o inglês Martin Brundle - atual comentarista de F1 na TV britânica.

Tanto que, no ano seguinte, o brasileiro teve nove vitórias consecutivas e, mesmo assim, viu Brundle encostar ao longo do ano. Logo, título foi decidido na corrida final, no circuito de Thruxton.

Na ocasião, Senna usou uma tática inusitada: fitas adesivas colocadas na entrada de ar do radiador do carro. O objetivo era fazer o óleo aquecer mais rápido, atingindo um ponto ótimo logo na primeira volta, em vez de em sete ou oito voltas.

O problema é que, na sexta volta, o carro superaqueceu. Assim, Senna afroxou seu cinto de segurança para arrancar as fitas adesivas com a mão. Fato é que Senna ganhou a corrida e a Fórmula 3.

Com tamanho desempenho e sucesso, o piloto bateu o recorde de vitórias da categoria e foi convidado para testar carros da Toleman, McLaren, Brabham e Williams na Fórmula 1, realizando seu grande sonho.

3. A chuva de Mônaco

Em 1984, Senna conseguiu chegar à Fórmula 1 com a Toleman. Na sexta etapa da temporada, o Grande Prêmio de Mônaco, ele consagrou-se como o "rei da chuva" e o "rei de Mônaco".

Na ocasião, a largada da corrida foi adiada por 45 minutos por causa da forte chuva. Senna saiu em 13º com sua Toleman, mas isso não foi um problema. Ele ultrapassou diversos carros ao longo da corrida, incluindo os pilotos da Ferrari.

A corrida era liderada por Alain Prost, com a McLaren, mas, a cada volta, Senna diminuía a distância para o líder. Como estava à frente, Prost pediu o fim da prova na volta 29, justamente porque a chuva estava forte.

Na 32ª volta, a corrida foi interrompida com uma bandeira vermelha. Mas, pouco antes da linha de chegada, Prost parou seu carro. Senna acabou ultrapassando-o e cruzou a linha de chegada primeiro.

Ainda assim, o francês foi declarado vitorioso, afinal, as regras estipulavam que a volta anterior é que determinava o campeão do GP. Tal decisão é uma polêmica. A imprensa descordou do resultado e criticou a interrupção da corrida.

4. A batida sozinho

Em 1988, Senna pilotava uma McLaren e já era conhecido como o 'rei de Mônaco'. Ele estava bem durante a classificação, estava melhor que Prost e era a promessa para ganhar novamente aquele GP.

Tanto que, no dia da corrida, o brasileiro disparou na frente de todos e cravou voltas mais rápidas. Mas, na volta 67, ele bateu sozinho na entrada do túnel de Mônaco. A batida foi provocada por um erro do próprio.

Ele deixou o carro e seguiu direto para o apartamento, que ficava a poucos metros. Ele não falou com ningué.

A corrida entrou para história como o exemplo da obsessão de Senna de andar sempre mais rápido, mesmo quando a vitória já estava assegurada. Alain Prost, seu colega de McLaren, acabou vencendo a corrida.

Embora tenha perdido o GP para Prost, foi em 1998 que Senna conquistou seu primeiro título mundial na Fórmula 1 — que era seu grande sonho.

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