Entre as muitas personagens marcantes da carreira de Christiane Torloni, pode-se destacar uma: Diná, de ‘A Viagem’. A protagonista trilhou um longo percurso durante a novela, representando a evolução espiritual pregada pelo espiritismo, filosofia na qual se baseia a trama. Durante a história, Ivani Ribeiro ressaltou a ideia de espíritos obsessores e, especialmente, a vida após a morte – representando, de acordo com a Christiane, uma esperança para tempos tão instáveis.
“Eu creio que o sucesso dessa novela é muito significativo, porque em momentos instáveis e de angústias, ‘A Viagem’ acaba sendo um antídoto. Eu percebo que ela tem esse lugar no coração das pessoas, traz conforto, apaziguamento, consolo”, conta.
Durante entrevista, a artista também ressaltou a relação com sua personagem, Diná. “Com todas essas reprises, ela é como uma fênix: ela vem, reacende, incendeia e traz de novo toda a luz sobre esse tema incrível. A Diná se tornou uma grande parceira minha, com certeza”, declarou. Vale lembrar que a novela estreia nesta segunda (2), na plataforma de streaming Globoplay.
Confira!
A novela foi um grande sucesso em 1994! O que você lembra da repercussão à época?
Eu creio que o sucesso dessa novela é muito significativo, porque em momentos instáveis e de angústias, ‘A Viagem’ acaba sendo um antídoto. Eu percebo que ela tem esse lugar no coração das pessoas, traz conforto, apaziguamento, consolo. É um remédio que, vira e mexe, a gente tem que tomar de novo. Ela vem nessa moldura de ser uma novela mais leve, mas trata-se de um tema profundamente delicado, sério e de respeito.
A sua parceria com o Fagundes deu muito certo e o público torcia muito pelo casal Diná e Otávio. Como era essa troca com o ator?
O encontro com Fagundes já é antigo. Nós temos trabalhos anteriores de “A Viagem”, como “Baila Comigo” e “Amizade Colorida”. Nós tivemos encontros sempre muito gostosos e temos uma sinergia maravilhosa.
A novela também tinha grandes nomes no elenco, como Laura Cardoso, Ary Fontoura e tantos outros. Como eram esses encontros nos bastidores?
Foi um grande encontro e agora, assistindo a reprise, foi muito emocionante ver colegas que não estão mais conosco, como Cláudio Cavalcanti, um querido amigo, e a Yara Cortes, que fazia a minha mãe. Foi um encontro maravilhoso! O Ary e a dona Laura Cardoso são parceiros adoráveis, a gente se divertia muito. O encontro com o Guilherme foi muito forte, era uma tensão enorme entre os dois personagens. Com a Lucinha Lins foi uma delícia, o Falabella também é um parceiro desde “A Selva de Pedra”. São encontros e reencontros e isso é muito gostoso. Eu acho que isso também ajudou a novela a ser um grande sucesso. Foram vários encontros incríveis, isso resulta e vai para o ar.
Como você resumiria a trama da sua personagem, a Diná?
Diná é uma personagem que, como todas, de alguma maneira acabam fazendo parte da sua vida. Ela continua morando aqui dentro e vira e mexe acontece alguma coisa que lembra a personagem. Com todas essas reprises, ela é como uma fênix: ela vem, reacende, incendeia e traz de novo toda a luz sobre esse tema incrível. A Diná se tornou uma grande parceira minha, com certeza.
Para os mais jovens que não acompanharam a novela em 1994 e agora poderão assistir pelo Globoplay, qual mensagem você gostaria de deixar?
É uma grande oportunidade. Em um momento em que as pessoas estão se despersonalizando, se desidratando em tantas informações, versos e controversos, a novela vai buscar um lugar de silêncio e de reflexão. “A Viagem” é um caminho sem volta! Por isso, a gente vê gerações assistindo e reprisando. A grande mensagem é de que o caminho continua. Eu sou uma criatura que acredita na eternidade da alma e a novela trata disso com muito respeito. Acho muito importante a novela ter esse lugar de diálogo.