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Carreira / Entenda!

Inteligência emocional: por que ela é valorizada no ambiente de trabalho?

Especialista explica o que é a inteligência emocional, o impacto dela para a carreira e como desenvolvê-la; Confira!

Gabriela Occhipinti
por Gabriela Occhipinti

Publicado em 01/05/2024, às 16h00

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Saiba o que é inteligência emocional e por que ela é valorizada no trabalho - Unsplash/JESHOOTS.COM
Saiba o que é inteligência emocional e por que ela é valorizada no trabalho - Unsplash/JESHOOTS.COM

As situações do dia a dia, tanto pessoais quanto de trabalho, exigem também do nosso emocional, não é mesmo? Para isso, desenvolver uma boa inteligência emocional é essencial. Você sabe o que é essa habilidade? AnaMaria te explica e revela o motivo dela ser tão valorizada no ambiente de trabalho, confira!

Um levantamento do PageGroup mostra que a inteligência emocional está entre as habilidades comportamentais mais valorizadas pelos líderes de grandes empresas da América Latina, mas lidar com as emoções nem sempre é fácil.

Em 2022, a celebração do Oscar ficou marcada pelo tapa na cara que Will Smith deu em Chris Rock. O comediante apresentava o prêmio de melhor documentário e fez um comentário sobre a cabeça raspada de Jada Pinkett Smith, mulher do ator. Na época, muito se falou que faltou inteligência emocional a Will Smith naquele momento.

Mas afinal, o que é a inteligência emocional? Basicamente, é conseguir administrar as emoções frente às situações ou pessoas. Para a psicologia, é a capacidade de identificar e lidar com as emoções pessoais e dos outros, como explica o professor de psicologia na Universidade Presbiteriana Mackenzie de Campinas, Marcelo Alves dos Santos.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO TRABALHO

No cotidiano, essa habilidade ajuda em diversas situações, pois, com o auxílio dela é possível identificar as emoções sem ser afetada diretamente por elas. No ambiente de trabalho não é diferente.

No caso de Will Smith, sua carreira artística também foi impactada. O ator foi banido dos eventos organizados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, responsável pelo Oscar, pelos próximos dez anos. Assim, seu reconhecimento profissional feito através de premiações foi diretamente impactado por sua reação a um comentário que atingiu sua vida pessoal, isto é, alguém que ele ama.

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Por isso, saber lidar consigo mesmo e com o outro é importante em uma carreira. Além disso, conseguir administrar o que o meio está causando em você é fundamental na rotina de trabalho, principalmente, para quem quer um cargo de liderança. “Todo gestor precisa possuir ou pelo menos exercitar a inteligência emocional, porque lidar com o outro não é uma tarefa tão simples”, explica o especialista.

Fora o melhor controle das emoções, com essa habilidade bem desenvolvida, é possível conhecer suas próprias deficiências. “A inteligência emocional ajuda muito no desenvolvimento das metas de carreira, porque na vida profissional há momentos de baixa e alta, ajudando na persistência”, afirma Santos.

De maneira geral, a inteligência emocional ajuda além da profissional de maneira individual. Ela também auxilia na melhora do clima organizacional, desenvolve a capacidade colaborativa, melhora o trabalho em equipe, os relacionamentos interpessoais e os processos, por isso é tão valorizada pelas empresas.

Além disso, potencializa os processos de inovação, por ajudar a melhorar a criatividade, facilita a troca, reduz conflitos e aumenta a qualidade de vida, potencializando o nível de felicidade e diminuindo o nível de estresse, como identifica o especialista. Por isso, tê-la no ambiente de trabalho proporciona muitos ganhos para a equipe, a empresa e a pessoa.

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COMO TER INTELIGÊNCIA EMOCIONAL?

O primeiro passo para saber como anda a sua inteligência emocional é fazer uma autoavaliação, que deve ser refeita com frequência. Esse exercício pode ser guiado por uma série de perguntas, Santos lista algumas, confira a seguir!

  • Estou tendo muitos conflitos com as pessoas?
  • Como é meu equilíbrio emocional?
  • Eu consigo entender minhas emoções?
  • Como a minha visão de mundo está me impactando, está me deprimindo ou motivando?
  • Qual o nível de felicidade que eu tenho nas atividades diárias?
  • Sou disciplinado, tenho comprometimento com as atividades que faço?
  • Como está meu nível de estresse?
  • Meus relacionamentos pessoais são de qualidade?
  • Como está minha capacidade de resolução de conflitos?

Combinado a isso é fundamental exercitar a empatia, se colocando no lugar do outro de forma a tentar entender como ele está lidando com determinada situação e sentimento. Essas práticas ajudam a identificar as emoções positivas e negativas.

Além disso, para saber como anda sua inteligência emocional, é importante observar os sinais que seu corpo dá. Alergias e problemas de pele podem ser alguns alertas que o emocional não vai bem, já que estão ligados aos sintomas do estresse e ansiedade.

Por isso, o especialista orienta para a importância de impor limites pessoais. Outro passo que auxilia na melhora da inteligência emocional é evitar julgar e criticar o outro com muita ênfase, ou seja, buscar não ter um olhar severo para as coisas, pessoas e situações. O cuidado com os pensamentos ao longo do dia também é importante, já que eles tendem a ser negativos.

Assim, Santos identifica alguns pontos essenciais para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da inteligência emocional, tanto no ambiente de trabalho, quanto no dia a dia, veja abaixo!

  • Autoconhecimento: tente entender como lida com as suas emoções e as dos outros;
  • Ambiente harmonioso: busque criar um ambiente harmonioso tanto externamente quanto com os seus pensamentos;
  • Limites: conheça seus limites e trabalhe para preservá-los;
  • Empatia: busque entender e desenvolver empatia, isto é, tente se colocar no lugar do outro, considerando as limitações e desafios dele;
  • Aprenda a ouvir: exercite ouvir mais, principalmente de maneira atenta e interessada no que o outro tem a dizer, e falar menos;
  • Cuidado com as emoções: tente perceber o impacto das emoções que o outro está lhe causando, cuidando se elas merecem realmente a atenção que está dando.

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