Uma das maiores preocupações para os tutores de pets é não conseguir identificar uma doença silenciosa a tempo de um tratamento efetivo. Por isto, este mês é conhecido na medicina veterinária como Março Amarelo, afinal, visa alertar sobre a doença renal crônica em cães e gatos.
É comum que a doença renal crônica em cães e gatos se desenvolva de maneira silenciosa, lenta e irreversível, se manifestando visivelmente apenas quando o animal já não consegue mais urinar, ou seja, quando os rins apresentam cerca de apenas 25% de sua capacidade funcional. Os animais idosos são os mais predispostos.
Várias são as causas que podem comprometer o funcionamento dos rins e do trato urinário inferior dos pets. Segundo Priscila Rizelo, Médica Veterinária e Coordenadora de Comunicação
Científica da Royal Canin Brasil, é fundamental realizar check-ups periódicos para manter, de perto, o acompanhamento de sua saúde.
“É essencial adotar medidas para promover a saúde renal desses animais. Como essas doenças são crônicas e degenerativas, muitas vezes sem causa aparente, exames veterinários regulares são a melhor forma de prevenção e monitoramento da função renal, permitindo a detecção precoce de possíveis problemas”, explica à AnaMaria.
Além dos exames regulares, é crucial garantir a hidratação adequada e uma alimentação balanceada e de qualidade ao longo da vida do pet. “O uso responsável de medicamentos e a prevenção do acesso a substâncias tóxicas também são importantes, assim como o tratamento precoce de doenças
subjacentes, como diabetes e hipertensão, que contribui para a preservação da saúde renal”, diz.
MAS, AFINAL, COMO IDENTIFICAR?
Os sintomas geralmente ocorrem tardiamente, quando cerca de 75% da função renal já foi perdida. Os mais comuns são aumento de ingestão de água, aumento do volume de urina, perda de peso, diminuição do apetite, vômitos e perda da energia e vitalidade.
Apesar de ser difícil para diagnosticar precocemente, é possível identificar a doença renal crônica em cães e gatos antes do aparecimento dos sintomas. “O ultrassom é um exame de imagem que permite visualizar se há perda na estrutura dos rins e alguns exames de sangue e urina permitem avaliar se a função renal está preservada”, afirma Priscila.
Por isso, as consultas regulares com o veterinário são fundamentais para o diagnóstico de doença renal crônica em estágio inicial, uma vez que propicia uma recuperação mais satisfatória.
SEM CURA, MAS COM TRATAMENTO E PREVENÇÃO
O tratamento de pacientes diagnosticados com doença renal crônica em cães e gatos ngloba uma série de condutas definidas pelo médico-veterinário. De acordo com Priscila, a alimentação é um apoio à função renal, ajudando na qualidade de vida dos pacientes.
“Atualmente estão disponíveis uma variedade de texturas, formatos de croquetes e perfis aromáticos, permitindo uma série de combinações que ajudam a estimular o apetite dos pacientes, porém, sem abrir mão do perfil nutricional específico para o manejo da doença”, diz.
É importante ressaltar que o check-up periódico aliado à conscientização dos tutores acerca das doenças é a melhor forma de controlar, de maneira efetiva, a enfermidade. Manter uma hidratação adequada é essencial, oferecendo água fresca em abundância e alimentos úmidos na rotina alimentar do pet.
“Tratar precocemente aumenta consideravelmente as chances de sucesso no tratamento, por isso, o Março Amarelo é uma oportunidade de conscientizar os tutores sobre os riscos da doença e como podem identificar os sinais mais comuns precocemente”, garante Priscila.
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