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Parecidas, mas tão diferentes...

Não se deixe levar pela semelhança física: é papel dos pais estimular a individualidade dos gêmeos!

Ana Bardella Publicado em 08/07/2016, às 14h44 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Parecidas, mas tão diferentes... - Shutterstock
Parecidas, mas tão diferentes... - Shutterstock
Não importa se os pais fazem de tudo para criar os filhos de forma igual, pois, no final, cada um possui uma personalidade diferente. E, por mais que muitos duvidem, gêmeos não são exceção. Apesar de começarem a dividir o espaço desde sempre, no útero materno, eles também têm suas particularidades, que merecem ser tão respeitadas quanto as das demais crianças. “Inclusive, forçar para que façam tudo juntos pode despertar um sentimento de tristeza nos pequenos”, explica Yuri Busin, psicólogo comportamental e diretor do Centro de Atenção à Saúde Mental – Equilíbrio (SP). Entenda isso melhor:


Roupas iguais: sim ou não?
Existe coisa mais fofa do que dois bebês vestidos iguaizinhos? De acordo com o psicólogo, combinar as peças de vez em quando tudo bem. “O problema é deixar que isso se torne um hábito, ainda mais quando vai contra a vontade das crianças”, explica. Os pequenos
devem ter autonomia para escolher as próprias roupas conforme forem crescendo. E isso vale para tudo na vida. Por exemplo, se os
dois não conseguem chegar a um acordo sobre qual será o tema da próxima festa de aniversário, tente aliar as duas opções. As crianças ficarão muito mais satisfeitas!



O que um sente o outro sente?
Existe a crença de que a conexão entre eles é tão forte que são capazes de compartilhar sentimentos, como angústia ou alegria,
quando passam por experiências significativas. “Não há nada comprovado, mas os irmãos podem, sim, desenvolver uma relação forte de proximidade e intimidade”, esclarece.



Quanta competição!
Disputar a atenção dos pais é uma atitude comum entre os pequenos. E, mesmo os filhos gêmeos, que já estão acostumados a dividir tudo, podem desenvolver esse tipo de sentimento mais competitivo. “Ainda que os pais não estejam demonstrando preferência por uma das crianças, elas podem entender que estão”, diz o especialista. Essa sensação pode se intensificar quando a
família ou os adultos mais próximos têm o hábito de fazer comparações entre eles, exaltando as qualidades de um e apontando os defeitos do outro. Por exemplo, dizer que fulano já sabe ler enquanto o outro ainda está aprendendo. Evite esse tipo de comportamento, deixando claro que ambos são amados de maneira igual.



"Eles são todos muito diferentes"
“Já era mãe de duas meninas quando engravidei pela terceira vez e descobri que eram gêmeos: um menino e uma menina.
Mais de uma década depois, já com 41 anos, comecei a ter enjoos. Desconfiada, fiz três testes e todos deram positivo. Não foi planejado, mas fiquei feliz. No primeiro ultrassom, descobri que teria gêmeos outra vez! Meu marido e eu ríamos e chorávamos sem parar. Como mãe de quatro filhos gêmeos, posso dizer com toda certeza: eles são muito diferentes uns dos outros! Hoje os
mais velhos estão com 15 anos e têm distintas aspirações para o futuro. Estudam na mesma sala, mas fazem os trabalhos em grupos separados. Já os mais novos estão só com 4 anos, mas um é mais carinhoso e ativo, enquanto o outro é quieto e possui gênio forte.
Tenho o costume de comprar roupas das mesmas cores pra eles, porque se compro uma verde e outra azul, por exemplo, eles escolhem a mesma cor e brigam (risos)! Porém, vejo em comum o instinto de protegerem uns aos outros, mesmo na hora das broncas.”

Adriana de Araújo Kitamoto, 45 anos, dona de casa