De granja, caipira ou orgânico? Entenda a diferença entre os tipos de ovos

Acessível, fonte de nutrientes e versátil: não é à toa que o ovo é um dos queridinhos dos brasileiros. O alimento está presente do café da manhã às refeições rápidas e práticas. No entanto, nem todos os tipos de ovos são iguais. E a variação não é só em cores e tamanhos. Você sabia disso?

A forma de criação das galinhas e os métodos de produção influenciam tanto na qualidade quanto no impacto ambiental desses produtos. Mas você sabe a diferença entre os tipos ovos, como os de granja, caipiras e orgânicos, por exemplo? Há também o já conhecido jumbo.

Em 2023, a média de consumo anual entre os brasileiros foi de 242 ovos, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ou seja, entender essas variações pode ajudar na escolha mais adequada às suas necessidades e preferências.

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Os tipos de ovos

Para entender a diferença entre os tipos de ovos, AnaMariaconversou com o nutrólogo Ronan Araujo. Ele explica que, com exceção do jumbo, a classificação está relacionada à criação da galinha.

• Ovo de granja ou convencional:
  Os ovos de granja, também conhecidos como ovos convencionais, são os mais comuns no mercado. Ele é produzido de forma industrial, com galinhas mantidas em gaiolas, alimentadas com ração e criadas em ambientes fechados.
  
  Essa abordagem visa a alta produtividade e mantém os custos baixos, o que torna esses ovos mais acessíveis. No entanto, o método intensivo de criação das galinhas pode gerar preocupações em relação ao bem-estar animal e à qualidade do produto final.
  
  
• Ovo caipira:
  Os ovos caipiras provêm de galinhas criadas soltas, com acesso ao ar livre e espaços limitados. A alimentação dos animais combina ração vegetal e pastagens. O especialista adverte que a cor da casca do ovo varia conforme a plumagem da galinha, mas isso não interfere no valor nutricional.
  
• Ovo orgânico:
  As galinhas que produzem ovos orgânicos também são criadas soltas, mas que se alimentam exclusivamente de produtos orgânicos, sem a presença de agrotóxicos ou hormônios. "É uma opção mais sustentável, mas também mais cara", reflete Ronan.
  
  
• Ovo jumbo:
  Ao contrário das outras opções, a classificação dos ovos jumbos não é feita levando em consideração à criação da galinha, e sim o tamanho do alimento. Para um ovo ser classificado como 'jumbo', ele precisa ter, no mínimo, 66 gramas. Neste caso, não importa se ele é de granja, caipira ou orgânico.

Como escolher e consumir com segurança os tipos de ovos

O ovo é um alimento extremamente versátil. Ainda assim, há alguns cuidados a serem tomados. Segundo o nutrólogo, é válido dar preferência às preparações cozidas ou poché em comparação à versão frita, por exemplo, que adicionam doses extras de gordura.

Ronan acrescenta uma dica: "Se você está na dúvida se aquele ovo esquecido na geladeira ainda está bom, há um truque simples: coloque-o em um copo com água. Se ele afundar, está fresco. Se flutuar, jogue fora".

De qualquer forma, o especialista reforça que o ovo não merece a má fama do passado. Durante décadas, o ovo foi considerado um vilão para a saúde cardiovascular por conter cerca de 185 mg de colesterol em uma unidade — mais da metade do limite diário recomendado na época, de 300 mg.

Para a maioria das pessoas, ele é um alimento seguro, nutritivo e acessível: “Como em tudo na nutrição, o segredo está no equilíbrio. Consumir um ou dois ovos por dia, como parte de uma alimentação variada, pode trazer inúmeros benefícios para a saúde, sem o risco que um dia foi atribuído a ele. Então, da próxima vez que você pensar no ovo, veja-o como ele é: um dos alimentos mais completos que temos", finaliza Ronan Araujo.

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