Diagnosticado com mal de Parkinson há seis anos, Manoel Carlos leva uma vida pacata e longe dos holofotes; saiba mais sobre a doença
Manoel Carlos, renomado autor de novelas, foi diagnosticado com Parkinson há seis anos e, desde então, leva uma vida tranquila, longe da fama. Conhecido por suas obras emocionantes e envolventes, Maneco, como é carinhosamente chamado, agora enfrenta os desafios de viver com uma condição que impacta significativamente a qualidade de vida. O mal de Parkinson é uma doença neurodegenerativa crônica que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo e não tem cura, sendo caracterizada por sintomas como tremores, rigidez muscular, lentidão de movimentos e dificuldades na coordenação motora.
A seguir, AnaMaria aborda o que é e quais as causas do Parkinson, sintomas, diagnóstico, tratamento e como a vida de Manoel Carlos tem sido afetada por essa condição, além de proporcionar uma compreensão mais ampla sobre a doença que atinge tantas pessoas no Brasil e no mundo. Confira.
O mal de Parkinson é uma condição neurodegenerativa crônica e progressiva que afeta o sistema nervoso central, especificamente as áreas do cérebro responsáveis pelo controle dos movimentos. Ela ocorre devido à degeneração e morte de neurônios na substância negra do cérebro, que produzem dopamina, um neurotransmissor essencial para a coordenação motora.
A diminuição dos níveis de dopamina resulta em sintomas motores característicos, como tremores, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão dos movimentos) e instabilidade postural. Além desses, a doença também pode causar sintomas não motores, como distúrbios do sono, depressão, ansiedade e alterações cognitivas.
Você sabia? A Doença de Parkinson também pode afetar jovens
O mal de Parkinson é multifatorial, ou seja, não tem uma única causa, mas resulta da interação de diversos fatores genéticos e ambientais. Veja a seguir as principais causas do Parkinson:
Embora ainda não haja cura para o mal de Parkinson, a compreensão dessas causas ajuda na busca por tratamentos que possam retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Pesquisas contínuas estão sendo realizadas para explorar novas terapias e intervenções que possam abordar as diversas causas subjacentes do Parkinson.
Os sintomas do mal de Parkinson variam em intensidade e progressão de uma pessoa para outra, mas geralmente incluem uma combinação de sinais motores e não motores. Confira os principais sintomas associados à doença:
Tremor em repouso: um dos sintomas mais característicos é o tremor, geralmente começando em uma das mãos. Esse tremor ocorre quando a pessoa está em repouso e diminui quando ela está realizando uma ação;
Rigidez muscular: a rigidez ou aumento da resistência ao movimento afeta principalmente os músculos dos braços, pernas e tronco, resultando em movimentos limitados e dor muscular;
Bradicinesia: a lentidão dos movimentos voluntários torna tarefas simples, como caminhar ou levantar-se, demoradas e difíceis. Isso pode levar a uma expressão facial reduzida, conhecida como "face em máscara";
Instabilidade postural: a perda do reflexo de equilíbrio aumenta o risco de quedas e dificulta a manutenção da postura ereta.
Distúrbios do sono: incluem insônia, sono fragmentado, pesadelos e movimentos involuntários durante o sono (distúrbio comportamental do sono REM);
Dificuldades cognitivas: em estágios avançados, alguns pacientes podem desenvolver demência, apresentando dificuldades de memória, concentração e julgamento;
Depressão e ansiedade: mudanças de humor, incluindo depressão e ansiedade, são comuns e podem ocorrer em qualquer estágio da doença;
Problemas autonômicos: a disfunção do sistema nervoso autônomo pode causar hipotensão ortostática (queda da pressão arterial ao se levantar), constipação, problemas urinários e disfunção sexual;
Distúrbios olfativos: perda ou redução do olfato (anosmia) pode ser um dos primeiros sinais da doença, ocorrendo anos antes dos sintomas motores;
Dor e sensibilidade: muitos pacientes relatam dores musculares, articulares ou neuropáticas, além de uma maior sensibilidade ao frio ou calor;
Fadiga: a sensação persistente de cansaço ou falta de energia, mesmo após um descanso adequado, é um sintoma comum.
Reconhecer esses sintomas é crucial para o diagnóstico precoce e o manejo eficaz do mal de Parkinson. Tratamentos e terapias estão disponíveis para aliviar muitos desses sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
O tratamento para a doença de Parkinson é multidisciplinar e tem como objetivo aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Embora ainda não haja cura para a doença, diversas opções terapêuticas estão disponíveis para ajudar os pacientes a manterem-se ativos e independentes.
Ainda há a opção de um tratamento cirúrgico, que é a Estimulação Cerebral Profunda (DBS), uma opção para pacientes que não respondem bem aos medicamentos. Um dispositivo implantado envia impulsos elétricos a áreas específicas do cérebro para reduzir os sintomas motores.
Pessoas com mal de Parkinson, como o autor Manoel Carlos, podem viver vidas plenas e produtivas com o apoio adequado. Manter uma rotina de exercícios regulares, uma dieta equilibrada e uma boa rede de suporte social são essenciais. A adaptação do ambiente doméstico e o uso de dispositivos assistivos podem ajudar a preservar a independência.
A gestão dos sintomas exige uma abordagem personalizada, frequentemente ajustada à medida que a doença progride. Por isso, o acompanhamento regular com uma equipe médica especializada é fundamental para monitorar a eficácia do tratamento e ajustar as terapias conforme necessário.
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