Isis Valverde compartilhou na última semana a sua dificuldade de se alimentar devido ao diagnóstico de doença celíaca, uma condição autoimune desencadeada pelo consumo de glúten, que é uma proteína presente no trigo, cevada e centeio.
“Eu tenho dificuldade, sim, de me alimentar, Às vezes, eles falam que não tem glúten e tem. Aí fica tudo meio ruim para mim. [Colocar no cardápio] ajuda muito quem tem esse tipo de alergia, é uma intolerância muito forte”, disse ela.
A doença celíaca faz com que o organismo tenha dificuldade de absorver o glúten e pode surgir em qualquer fase da vida. De acordo com a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil, dois milhões de pessoas no Brasil tem a condição.
A AnaMaria conversou com o cirurgião gastrointestinal e membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, Lucas Nacif, que explicou que o sistema imunológico de quem tem doença celíaca faz com que ao consumir glúten, ataque e danifique a mucosa do intestino delgado.
“Isso leva à inflamação e à deterioração das vilosidades intestinais, estruturas responsáveis pela absorção de nutrientes”, resume.
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É possível prevenir a doença celíaca?
Para Nacif, não há uma forma específica e definitiva de prevenir a doença celíaca, já que é uma condição genética. Porém, é possível estar atenta ao seu histórico familiar e investigar precocemente caso você tenha uma suspeita.
“A retirada do glúten da alimentação antes do surgimento dos primeiros sintomas pode ajudar a evitar danos à mucosa do intestino delgado, reduzindo assim o risco de complicações associadas à doença celíaca”, acrescenta.
Veja quais alimentos evitar e o que reduz inflamações
A doença celíaca tem cura? Existe tratamento?
O tratamento consiste na mudança da dieta, porque não existe cura para a condição e não existem medicamentos que possam aliviar os sintomas. “A base é a exclusão total do glúten da alimentação”, orienta Nacif.
“Isso significa evitar alimentos que contenham trigo, cevada, centeio e, em alguns casos, até mesmo aveia, devido ao risco de contaminação cruzada”, ressalta.
Além disso, o médico explica que após o diagnóstico, a paciente precisa fazer o acompanhamento nutricional regular para prevenir deficiências nutricionais por conta dessa exclusão do glúten. “Uma dieta com foco em alimentos naturais e integrais, ajudará a manter a saúde e o bem-estar”, enfatiza.
Nacif também reforça que o tratamento adequado da doença celíaca não se limita apenas à eliminação do glúten da dieta, mas ainda envolve o gerenciamento de possíveis complicações e o monitoramento regular da saúde intestinal.
“A inflamação crônica do intestino delgado, se não tratada adequadamente, pode aumentar o risco de desenvolvimento de tumores e outras condições graves no futuro. Portanto, é essencial que os pacientes sigam rigorosamente as orientações médicas e nutricionais”, conclui.
Quais são as principais diferenças entre alergia e intolerância alimentar?
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