O verão está chegando, os cuidados com a proteção da pele devem ser intensificados e, portanto, o uso de protetor solar se torna ainda mais imprescindível. Mas, você sabe como escolher o FPS para sua pele? A seguir, saiba o que significa o número estampado nas embalagens.
Antes de mais nada, o uso do protetor solar é fundamental para a saúde. Isso porque de 80% dos casos de melanoma (o tipo mais grave de câncer de pele) são causados por queimaduras solares.
Além disso, a incidência da doença vem aumentanto todos os anos, de maneira que estima-se que sejam diagnosticados 1,5 milhão de novos casos de câncer de pele por ano, número que deve aumentar em 50% até 2040.
Mas, mesmo que os números sirvam de grande alerta, ainda restam dúvidas sobre o uso do protetor solar no dia a dia. A primeira delas é sobre o significado do FPS, aquele número grande que vem estampado nas embalagens.
Trata-se do Fator de Proteção Solar, que indica a capacidade do protetor solar de proteger a pele contra os raios UVB, que são responsáveis por queimaduras solares e podem levar ao câncer.
“O número (como 30, 50, 70) indica quanto tempo a mais a pele estaria protegida em comparação com a exposição sem protetor. Por exemplo, FPS 30 significa que, teoricamente, a pele levaria 30 vezes mais tempo para ficar vermelha do que sem proteção”, explica a dermatologista Leilane Velloni Catricala, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), à AnaMaria.
Como escolher o FPS?
Apesar do FPS estar relacionado ao tempo, é fundamental que a aplicação do protetor solar seja feito da maneira correta. “A quantidade e também as reaplicações ao longo do dia são necessárias para manter uma correta proteção solar”, diz a dermatologista estética Tainara Carvalho.
Ao comprar um protetor solar, encontramos diversas opções e com variados FPS’s, ativos, propósitos. Logo, outra dúvida é: como escolher o FPS certo. Segundo Leilane, a resposta depende do tipo de pele e do tempo de exposição ao sol.
“Para o dia a dia, o FPS 30 já é indicado, mas para quem tem pele muito clara, sensível, com tendência a manchas, ou para quem vai se expor diretamente ao sol por períodos prolongados, o FPS 50 ou superior é mais adequado”, recomenda.
A escolha deve ser ainda mais específica para quem já teve câncer de pele ou é muito sensível. “Deve usar os filtros de altíssima proteção solar, principalmente acima de FPS 70”, orienta Debora Terra Cardial, dermatologista da Clínica Terra Cardial.
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Quanto aplicar?
Por falar em aplicação, sempre surgem dúvidas sobre a quantidade correta de protetor solar. As especialistas indicam que deve ser uniforme para garantir uma cobertura completa.
“A quantidade ideal é de aproximadamente uma colher de chá para o rosto e pescoço. A aplicação deve ser uniforme para garantir cobertura completa. Para o corpo, o recomendado é usar cerca de duas colheres de sopa. Uma aplicação generosa é essencial para atingir a proteção indicada na embalagem”, diz Leilane.
Outra opção é usar a ‘regrinha dos três dedos’. “Você coloca ali uma fileirinha em cada dedo, dedo indicador, dedo do meio e dedo anelar. Eles juntos vão dar aproximadamente um grama, que é uma regra prática para estar aplicando na região do rosto e do pescoço”, explica Tainara.
Isso inclui aplicação mesmo em ambiente internos, afinal, a luz visível também contribui para o envelhecimento precoce e manchas. “A luz visível e os raios UVA, que atravessam janelas, também causam danos à pele. Então mesmo que você esteja a alguns metros de distância das janelas, ainda não há garantia que esteja protegido ao sol”, diz Debora.
Quando reaplicar?
A reaplicação também é indicada para uma proteção solar completa, mas a frequência vai depender do FPS, do nível de exposição ao sol e do ambiente.
“Em situações de exposição direta, como na praia ou piscina, a reaplicação a cada duas horas é recomendada. No entanto, para o dia a dia em ambientes internos, reaplicar duas vezes ao longo do dia pode ser suficiente, especialmente se o FPS for alto. O importante é adaptar a frequência à rotina de cada um para garantir uma proteção prática e eficiente”, afirma Leilane.
Lembre-se que a reaplicação se faz necessária mesmo se o protetor solar for resistente à água, já que água e suor podem remover o produto. “Para ajudar na reaplicação do protetor solar, podemos lançar mão de protetores em pó, protetor em bruma, que são mais práticos e ajudam a reaplicar esse protetor sem ter desculpas para não fazer a correta reaplicação do mesmo”, afirma Tainara.
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Atualizações do mercado
Há quem não goste de reaplicar o protetor solar por causa da maquiagem ou para evitar acumulo de produto ou oleosidade. Mas, destaca-se que a indústria de beleza já possui opções que protegem e tratam a pele.
Tanto que, a Nivea lança para o verão dois protetores solares faciais com textura fluida, acabamento invisível e ações antioleosidade, hidratante e antioxidante. “É quase um skincare que tem FPS. E quanto mais alto o FPS, mais difícil é atingir essa textura seca. A gente consegue ter um produto com textura fluida que torna a reaplicação mais agradável para o dia a dia”, diz Lívia Silveira, gerente de marketing da marca.
Além de Nivea Sun, a Neutrogena lançou recentemente um protetor solar que hidrata por 12 horas e também conta com ativos antioxidantes e textura fluida, assim como a Australian Gold, que tem um protetor solar ultrafluido para todos os tipos de pele, que previne linhas de expressão, é resistente à água e tem toque seco.
“O consumidor tem muita dificuldade de incluir protetor no dia a dia dele. O que eu vejo no mercado é a necessidade de cada vez mais trazer produtos que entreguem algo a mais além da proteção solar, ou seja, entregar outros benefícios para pele”, completa Lívia.
Portanto, o mercado de dermatológico tem se atualizado para atender às necessidades dos consumidores quando se trata de pele e sem deixar de lado o fator de proteção, de suma importância em qualquer época do ano, sobretudo no verão.
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