Não é novidade que uma dieta balanceada é importante em todas as fases da vida. E na gestação, o compromisso fica ainda maior. A alimentação na gravidez afeta diretamente tanto a saúde da gestante quanto o desenvolvimento do bebê.
Para isso, é necessário fazer algumas inclusões e até cortes na lista de itens consumidos. Ou seja, a alimentação na gravidez deve atender a novas demandas nutricionais, ajudando a prevenir complicações e promovendo bem-estar em todas as fases gestacionais.
Mas como fazê-lo? Adotar hábitos alimentares saudáveis, com orientação especializada, é o primeiro passo para garantir que a gestação seja segura e benéfica para ambos.
A importância de uma alimentação adequada
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por diversas transformações que aumentam as exigências nutricionais. Consumir uma dieta equilibrada ajuda a evitar problemas como hipertensão, diabetes gestacional, e ganho de peso inadequado, fatores que podem influenciar negativamente a saúde da mãe e do bebê.
As refeições devem ser fracionadas ao longo do dia e incluir alimentos ricos em nutrientes essenciais como ferro, cálcio, ácido fólico e proteínas. Entre os alimentos que devem compor a dieta estão:
- Vegetais e frutas: ricos em vitaminas, fibras e antioxidantes, que ajudam na digestão e previnem constipações.
- Proteínas magras: carnes grelhadas, peixes (especialmente ricos em ômega-3, como salmão e sardinha), ovos e leguminosas.
- Cereais integrais: arroz integral, aveia e quinoa, que fornecem energia de forma sustentável.
- Laticínios: boas fontes de cálcio, mas devem ser consumidos longe das principais refeições para não interferir na absorção de ferro.
Além disso, a hidratação adequada e o consumo de gorduras boas, como as presentes no azeite de oliva, também são fundamentais para a saúde da mãe e do bebê.
O que evitar na alimentação na gravidez?
Alguns alimentos e hábitos alimentares podem ser prejudiciais durante a gravidez, como:
- Alimentos ultraprocessados: ricos em gorduras trans, açúcares e sódio, que podem levar ao ganho de peso excessivo e inflamações.
- Carnes e peixes crus: aumentam o risco de infecções bacterianas como listeriose e toxoplasmose.
- Cafeína em excesso: pode interferir no desenvolvimento fetal e está associada a um risco aumentado de aborto espontâneo.
- Bebidas alcoólicas: evitar completamente, já que podem causar problemas graves no desenvolvimento do bebê, como a síndrome alcoólica fetal.
O acompanhamento nutricional
O acompanhamento com profissionais de saúde é fundamental para ajustar a dieta de acordo com as necessidades individuais de cada gestante. Diversos fatores são levados em consideração na hora de criar uma dieta personalizada para uma gestante. Alguns deles são:
- Peso pré-gestacional;
- Histórico de saúde;
- Possíveis condições associadas, como diabetes ou hipertensão;
- Preferências alimentares.
Lembre-se de que cada gestação é única e, por isso, o suporte profissional é indispensável para adequar a alimentação às necessidades específicas de cada mulher. Essa orientação especializada também ajuda na diferenciação na dieta em cada período da gestação.
- Início da gravidez: náuseas e vômitos são comuns, o que pode dificultar a manutenção de uma dieta equilibrada. Nesses casos, recomenda-se fracionar as refeições e priorizar alimentos leves;
- Segundo e terceiro trimestres: quando o bebê cresce rapidamente, é necessário aumentar o consumo de calorias e proteínas, sempre respeitando as orientações médicas.
Manter uma dieta equilibrada, evitar alimentos prejudiciais e seguir as orientações de especialistas são medidas essenciais para garantir uma gestação tranquila.
Leia mais sobre a gestação
- Gravidez e pneumonia: por que o risco de morte aumenta tanto na gestação?
- Quimioterapia durante a gravidez: como funciona? É seguro?
- Cérebro de grávida? Entenda as mudanças provocadas pela gravidez
Comentários 1