Atriz Lucélia Santos relatou que é perseguida no Brasil e se posicionou politicamente
Da Redação Publicado em 03/07/2019, às 12h47 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h47
Morando há 15 dias em Portugal para gravar uma novela, Lucélia Santos cedeu uma entrevista ao programa local 'Você na TV', exibido na TVI, em que revelou ter saído do Brasil revoltada com a situação política do país.
"Sou perseguida por isso há muitos anos. Eu sempre tive uma posição de esquerda, assumidamente. Sempre tive do lado dos trabalhadores e das populações mais afetadas", declarou a atriz.
Ela não poupou críticas e afirmou que este é o "pior momento do Brasil desde a ditadura militar." Lucélia comparou o atual cenário político com um pesadelo e chamou de "retrocesso civilizatório."
"Você acorda e acha que está vivendo um pesadelo. Só que você acorda e está dentro do pesadelo, porque ele não passa. E a cada dia as notícias vão piorando. É um desrespeito total às instituições, à constituição, inclusive. A grande meta no Brasil hoje é defender a democracia, que está frágil. A gente está debaixo das botas dos militares, inclusive com relação ao Supremo Tribunal Federal. Isso é uma crise institucional e quase constitucional. O país está completamente dividido desde 2013, desde que o Aécio Neves perdeu a eleição pra Dilma. Naquele momento, o país ficou dividido a metade", disse.
QUESTÃO AMBIENTAL
Lucélia revelou que um dos problemas que mais a incomoda é a questão ambiental. "Nós temos a maior floresta tropical úmido do mundo, que é a Floresta Amazônica. E eles querem destruir tudo. Eu sou uma defensora da Amazônia há mais de 30 anos, dos bichos, da fauna, da flora e dos povos da floresta (seringueiros, caboclos, índios)."
A atriz sugeriu que Portugal fizesse um boicote ao Brasil cortando relações comerciais. "Acho que vocês podem nos ajudar. Tem que boicotar todos os que querem destruir a floresta: as empresas, os produtos. Não comprar mais. Isso é uma forma séria de dar um basta. Esse produto está comprometido com a destruição da floresta, que implica na destruição do clima, da humanidade... boicota, rompe contrato, não compra. Essa é a única linguagem que se pode entender porque é a linguagem do capital", finalizou Lucélia.
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