Celso Zucatelli criou um aplicativo para encontrar um lar para animais - Instagram/@celsozucatelli
Fofo!

"Iniciativa como essa é urgente", diz Celso Zucatelli sobre trabalho em ONG com animais

Celso Zucatelli criou um aplicativo para encontrar um lar para animais

Karla Precioso Publicado em 02/04/2022, às 08h00

Celso Zucatelli iniciou a carreira no jornal O Estado de São Paulo. Apresentou o 'Hoje em Dia', da RecordTV, após retornar de uma temporada em Nova York, onde fez a cobertura da histórica eleição de Barack Obama, e esteve à frente do 'Balanço Geral SP' e 'Fala Brasil'. Passou ainda pelas rádios Eldorado e Bandeirantes. Inquieto e sempre em busca do novo, ele também já foi palestrante motivacional, falando justamente sobre a importância de se reinventar para crescer na carreira.

Na RedeTV!, brilhou no 'Melhor pra Você'. Na Gazeta, em 'De A a Zuca', um talk show sobre saúde, comportamento e sua grande paixão: os bichos. Aliás, Zucatelli tem como seus fiéis escudeiros os cachorros Paçoca, Mandioca e Cafezinho (a cadelinha Tapioca foi sua mascote e ‘assistente de palco’, conquistando o coração de milhares de brasileiros, mas faleceu no ano passado).

Rodeado de pets desde a infância, o jornalista atendeu aos apelos de ONGs de proteção animal que passam por dificuldades e criou o aplicativo OPetPonto, que funciona como um ponto de encontro entre as instituições ou protetores e futuros adotantes: “São mais de 170 mil animais à espera de uma família. Iniciativa como essa é urgente”. A seguir, ele discorre sobre adoção e a relação de afeto e muito amor com os animais.

Qual o papel dos pets na vida dos humanos?
É transformador o que um pet pode fazer na vida da gente. Os animais são seres dedicados a você e só esperam receber amor em troca. Isso é muito puro e especial. Você pode ter enfrentado o dia mais difícil da sua vida, aí, ao chegar em casa, recebe aquele carinho e esquece qualquer problema. Eles merecem esse amor de volta.

O que os pets trouxeram de positivo na sua vida?
Na minha vida, o contato com os animais é permanente e maravilhoso. Fui criado numa casa sempre cheia de animais. Meu primeiro pet foi um pastor alemão que minha mãe adotou. E já foi um amor sem tamanho. E muitos outros vieram, cães e gatos.

Já estava casado quando o Paçoca chegou e, mais uma vez, foi um presente da vida. Primeiro que ele é um companheirão, sou grudado nele. Segundo que, a partir de sua chegada e de meu envolvimento com o conteúdo pet, aprendi uma série de coisas, passei a conviver com protetores de animais, conheci ONGs... Me envolvi no ambiente onde as pessoas colocam em prática esse amor. E poder contribuir com esse trabalho lindo é um privilégio.

Ter conteúdo pet na TV, internet e mídias sociais é um serviço em vários sentidos. Se você espalha informação correta sobre saúde, legislação, você contribui para aumentar o respeito pelos animais. Não é só isso. Quem não gosta de ver uma cena divertida de um pet? Ah, isso muda seu dia! Exemplo prático: você está indo trabalhar, de mau humor, parado no trânsito. Olha para o lado e me vê numa moto de 400 kg com um cachorro de óculos escuros. Você logo abre um sorriso. Muda seu dia.

Se com aquele sorriso eu transformei a vida de alguém no trânsito, imagina o que a gente pode fazer usando as redes sociais, a TV, a internet... É só ver as redes sociais dos animais. São seguidas, curtidas... Isso porque eles fazem bem para as pessoas. Você está lá, lendo notícia ruim... Aí, de repente, aparece uma foto de um cachorrinho. Nossa, isso é muito especial.

Como você vê a sua vida sem seus cachorros?
Não vejo. A vida sem cachorro é muito chata. A Ana, minha esposa, que nunca tinha vivido a experiência de todo dia ter um cachorro no colo, hoje, me pergunta: “Como eu vivi tanto tempo sem eles?”.

Hoje em dia, a relação homem e pet é estreita. Os bichos são considerados membros da família. Tratar pet como gente: qual o limite e as consequências desse comportamento?
Eu adoro aqueles memes que brincam com isso, mostrando os cães e gatos como gente e finalizando dizendo que não é justo tratá-los iguais a humanos porque eles são melhores. É isso! Os bichos são seres puros que merecem todo o amor do mundo. Faço tudo por eles. É o mínimo para retribuir todo o
amor que recebo...

O abandono de animais ainda é grande. Considera isso um problema de saúde pública?
Pergunta importante! O abandono de  pets é um problema de saúde pública, sim. Campanhas de castração são fundamentais. Do contrário, o quadro não muda. Devemos somar esforços para dar fim a essa barbaridade, com eventos de adoção, leis que punem quem abandona, centros públicos e muita educação.

Os pets acrescentam alegria não só na vida de seus tutores, mas de todos à sua volta. Concorda?
Totalmente! Eles espalham alegria. Não é por acaso o engajamento gigantesco das contas de redes
sociais com conteúdo pet. Como falei anteriormente, porque faz bem, melhora nosso dia assistir a um vídeo ou ver a foto de um animal. E com eles por perto, então, o efeito é maravilhoso. Eles nos amam de forma muito pura e nos ensinam a fazer o mesmo.

Estudos mostram que a convivência com os animais reduz o estresse e o risco de problemas cardíacos. Sente- se mais saudável convivendo com seus cães?
Com certeza! Tive a oportunidade de contar histórias incríveis de pessoas que viram os efeitos dos tratamentos de doenças graves melhorar de forma gigantesca com a chegada de animais em sua vida. Mostramos o caso de um rapaz que teve um AVC e ficou com um lado do corpo paralisado. A cadelinha da família passou a lamber a perna dele sem movimento, como se estivesse tentando estimular os
sentidos. Inacreditável!

Há muitos anos, recebi a mensagem de uma jovem que lutava contra o câncer dizendo que sua maior alegria era ver o Paçoca na TV. Com a autorização de seus médicos, fizemos acontecer a chegada de um amigo canino para ela. Hoje, anos depois,acompanhar os dois juntos é um presente na minha vida.

Como nasceu o aplicativo OPetPonto?
Vendo a enorme dificuldade das ONGs para se manter. O trabalho dessas organizações é um negócio de herói! São voluntários que fazem isso por amor. E fazem um trabalho belíssimo. São pessoas dedicadas a uma causa e que, durante a pandemia, perderam muito apoio (de voluntários e financeiro). Em contrapartida, o número de animais seguiu crescendo. Me juntei a outras pessoas e surgiu o aplicativo com o objetivo de apoiar as ONGs e ajudar os animais. Sua primeira e mais urgente funcionalidade é aumentar a capacidade de divulgar os animais para que eles possam ser adotados.
Segundo estimativa da OMS [Organização Mundial da Saúde], há 30 milhões de animais abandonados no Brasil. Esse número pode ser ainda maior. O app permite que as ONGs cadastrem os animais
e os candidatos a tutor os encontrem. Como um Tinder, o app dá match de acordo com as características das famílias adotantes e dos animais, e usa geolocalização para indicar os abrigos
mais próximos para quem quer adotar. Também estamos produzindo muito conteúdo sobre saúde, legislação e adoção responsável. Ele ainda ganhará uma ferramenta importante para desburocratizar o processo de adoção. E muitas outras mudanças boas virão. Estamos tentando ajudar da melhor maneira. Vamos juntos.


Deixe uma mensagem sobre a importância da adoção de pets...
Vou começar pelo mais importante: sua vida vai ficar melhor com um cão ou um gato. Você vai ser mais feliz. Pronto. Agora, tudo o que isso representa: quando você adota, além de ficar mais feliz, você transforma a vida de um animal que está num abrigo e vai ser grato para sempre. Mais do que isso: você abre espaço para que outros sejam salvos. Isso se transforma numa corrente do bem. E tem mais.

Falamos muito sobre adoção responsável. Bicho não é coisa, não é brinquedo, não é descartável. Então, antes de adotar, veja seu tempo e suas condições de manter aquela vida. E, mesmo que você não possa adotar por qualquer motivo, você ainda pode ajudar com doações, trabalho voluntário nas ONGs, em feiras de adoção... Faça a sua partedo jeito que der. Vai ajudar muito!

Ficou na dúvida se deve adotar um pet? A AnaMaria Digital te ajuda com algumas reflexões importantes, confira!

Você está disponível para assumir uma responsabilidade por pelo menos dez anos?

Tem dinheiro para arcar com despesas com alimentação, veterinário e todos os
cuidados necessários?

Tem tempo disponível para dar atenção ao seu bicho e passear com ele?

Sua casa tem espaço para abrigar confortavelmente um animal?

Tem paciência para lidar com a adaptação e possíveis bagunças causadas por ele?

Se respondeu SIM a todas as perguntas, você está ciente da responsabilidade e vai ser feliz com seu novo amiguinho!

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