A decisão do comandante do país dividiu opiniões dentro e fora da Venezuela. - Reprodução/Redes Sociais
DECISÃO CONTROVERSA

Natal na Venezuela: Nicolás Maduro decreta adiantamento para 1º de outubro; entenda a decisão

Nicolás Maduro antecipa celebrações de Natal na Venezuela em meio a controvérsias políticas e crise econômica

Guilherme Giagio Publicado em 03/09/2024, às 14h00

O Natal na Venezuela será celebrado em 1º de agosto. O adiantamento foi decretado pelo presidente do país, Nicolás Maduro, recém-eleito em uma disputa recheada de controvérsias. Para o político, a antecipação das festividades natalinas é um gesto de 'homenagem ao povo venezuelano'. 

A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (2), em um programa semanal apresentado pelo próprio. O chavista adiantou: "É setembro e já cheira a Natal'. Por isso, este ano, em homenagem a vocês, em agradecimento a vocês, vou decretar o adiantamento do Natal para 1º de outubro.

"Começa o Natal na Venezuela em 1º de outubro. Chegou o Natal com paz, felicidade e segurança", acrescentou Maduro. A medida inclui a instalação de decorações natalinas em prédios públicos, praças e a promoção de eventos festivos e religiosos que geralmente só ocorreriam em dezembro.

Repercussão do Natal na Venezuela

O adiantamento do Natal na Venezuela repercutiu dentro e fora do país. Um dos principais motivos é o momento instável politicamente e economicamente. Horas antes do anúncio, a Justiça venezuelana aceitou o pedido do MP e determinou prisão de Edmundo González, opositor de Maduro.

 

No final de julho, Maduro foi reeleito atual com 51,2% dos votos, contra 44,2% de González, em uma decisão contestada. O atual presidente foi acusado de manipular as eleições. Onze países da América emitiram uma declaração conjunta rejeitando a validação do resultado. A Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União Europeia também não reconheceram o resultado das eleições.

Pelo momento político conturbado, críticos acusam o governo de utilizar a festividade como distração diante dos graves problemas recentes. Além disso, a Venezuela enfrenta inflação elevada, escassez de produtos básicos e altos índices de desemprego.

Outro aspecto questionado é a viabilidade prática de adiantar o Natal na Venezuela. Com o comércio local já fragilizado, fornecedores terão que se adaptar à nova demanda natalina em um curto período de tempo. Há quem acredite que a medida pode agravar a inflação e pressionar ainda mais os recursos do país.

Não é a primeira vez

Essa não é a primeira vez que o Natal na Venezuela é adiantado. Maduro já adotou medidas inusitadas em outros momentos de sua gestão, como feriados prolongados e a antecipação de outras festividades, com o objetivo de aliviar as tensões sociais.

Em 2013, ano da morte de Hugo Chavez, o presidente eleito no mesmo ano anunciou que as festividades seriam antecipadas para “derrotar a amargura". Naquele ano, o Natal foi celebrado em 1º de novembro. A antecipação voltou a acontecer em 2020, em meio à pandemia, quando a festividade foi para 15 de outubro.

No ano seguinte, Maduro comunicou a chegada antecipada do Natal ao Palácio de Miraflores no dia 4 de outubro. A sede da Presidência recebeu luzes e decorações típicas da data. "Na Venezuela, vamos ter um Natal feliz, brilhante, cheio de luzes e cores", disse, em um vídeo compartilhado nas redes.

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