Você sabe qual é a moradia estudantil ideal para seu filho universitário? - Unsplash
LONGE DE CASA

Seu filho foi aprovado na faculdade? Saiba como escolher a moradia estudantil ideal

República, kitnet, student housing, pensionatos são opções de moradia estudantil para os universitários que precisarão se mudar de casa

Ana Mota Publicado em 23/07/2024, às 10h30

Depois de muito esforço, seu filho foi aprovado na tão sonhada faculdade! Mas, é possível que o sonho da graduação em uma grande universidade esbarre na distância entre a cidade em que o estudante reside e o local onde é ofertado o curso. Assim, alguns acadêmicos precisam se mudar e contam com o apoio da família para encontrar a melhor moradia estudantil

Uma série de dúvidas envolvem a escolha da melhor moradia estudantil: dividir o espaço ou morar só? Ir para uma república ou alugar um apartamento? Será que a universidade tem alojamento para os estudantes? Essas e outras perguntas envolvem essa importante decisão.

Segundo Ewerton Camarano, CEO da student housing Uliving, o estudante precisa considerar fatores como a sua própria personalidade, orçamento e preferências pessoais quando for escolher uma moradia universitária. “Não existe a ‘melhor opção’, mas sim aquela que se alinha mais com suas necessidades e estilo de vida”, diz à AnaMaria.

Opções de moradia estudantil

A vida universitária é repleta de novas experiências, aprendizados e, principalmente, escolhas. Uma das mais importantes é a escolha da moradia estudantil, sobretudo quando consideramos que, entre os oito milhões de estudantes matriculados em cursos presenciais de ensino superior no Brasil, 30% estão longe de casa, como aponta o Ministério da Educação (MEC).

Para ajudar aqueles que irão começar uma jornada universitária a tomarem a decisão sobre onde morar, o especialista elencou as vantagens e desvantagens de duas alternativas e explicou que há uma terceira possibilidade, que une as duas opções. Confira!

Dividindo o espaço com alguém

Geralmente, essa é uma opção para quem quer economizar, já que é possível dividir os custos de aluguel, condomínio, limpeza, comida e gastos fixos do local, como conta de água e luz.

Repúblicas são moradias que abrigam diversos jovens universitários e, geralmente, fica perto da universidade ou em áreas centrais, justamente por causa do rateio, diminuindo os custos.

Junto das questões financeiras, Camarano explica que a socialização é o ponto alto dessa escolha. “Conhecer novas pessoas, desafios e culturas, fazer diversas amizades, obter apoio nos estudos de outros alunos residentes e possuir companhia e ajuda emocional, caso a saudade de casa apareça, são algumas das vantagens das moradias compartilhadas”, afirma.

Por outro lado, o especialista também ressalta que esse mesmo fator pode ser uma desvantagem, por criar a necessidade do estabelecimento de regras de convivência.

“Mais do que a falta de privacidade, você pode acabar convivendo com pessoas que têm conceitos diferentes dos seus. Isso, muitas vezes, ocasiona visitas indesejadas, falta de aconchego e problemas relacionados à limpeza e organização”, diz.

Vale checar se a universidade não oferece alojamento estudantil. Para isso, fique de olho nas vagas ofertadas pela instituição e se você cumpre os requisitos. Os estudantes selecionados passam a morar em uma casa com outros acadêmicos. A estrutura da casa e os benefícios variam conforme a universidade, mas, de forma geral, água, energia e internet ficam por conta da instituição, além de TV, geladeira, fogão e máquina de lavar que são de uso comum.

Repúblicas são um tipo de moradia estudantil para jovens universitários - Unsplash

 

Morando só

Estudantes que desejam morar sozinho tendem a escolher kitnets ou apartamentos, a depender das condições financeira do jovem e de sua família. Ao contrário da agitação das repúblicas, esses espaços são mais calmos, uma vez que garantem ao jovem um maior controle de visitas.

“O morador pode definir os seus horários para as tarefas cotidianas e lazer, sem se preocupar em ser incomodado ou mesmo se estará incomodando outras pessoas naquele ambiente”, destaca o CEO. “No entanto, vale ressaltar que a pessoa precisa se organizar para fazer as compras, desenvolver um planejamento, aprender a limpar e cuidar do lar e, principalmente, lidar com a solidão”, complementa.

Kitnet e apartamentos são opções de moradia estudantil para universitários - Unsplash

 

Nem tão só, nem tão acompanhado

Ainda que esss opções sejam mais convencionais dentro no mercado brasileiro, Camarano também destaca que já existem por aqui a student housing [casa de estudante], muito convencional nos Estados Unidos e Europa, que une os dois traços.

Trata-se de ambientes - apartamentos compartilhados e studios - onde os estudantes podem morar sozinhos, mas sem perder o senso de comunidade. “O próprio segmento de student housing traz acomodações em que os moradores podem ter privacidade e ‘dar a sua cara’ ao ambiente, ao mesmo tempo que promove festas, eventos e atividades extracurriculares que prezam pela formação de relações interpessoais e pelo networking, como salas de cinema, cozinhas coletivas e salas de games”, explica.

Seguindo na mesma linha, existem ainda os pensionatos. São estabelecimentos quem ofertam quartos individuais ou compartilhados. Geralmente essas moradias possuem ambientes supervisionados e limites de horários noturnos para entrada, além de também incluírem serviços específicos, como refeições, lavanderia e limpeza.

Os pensionatos, entretanto, possuem regras pré-definidas e isso deve ser levado em consideração na hora de escolher a moradia estudantil. “Normalmente, tanto as propostas de espaço quanto de dinâmica apresentadas serão o que os jovens encontrarão caso se mudem para o local, sem muitas
alterações no meio do caminho”, pontua Camarano.

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