Saiba como reduzir a parcela do empréstimo consignado - Imagem │Unsplash
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Como reduzir as parcelas do empréstimo consignado

O empréstimo consignado é uma modalidade atraente, ainda assim, pode pesar no orçamento mensal; saiba como reduzir o valor da parcela

Jéssica Batista Publicado em 19/08/2024, às 19h30

O empréstimo consignado tem se tornado uma solução popular para quem busca crédito com condições mais favoráveis, especialmente entre aposentados. Com as parcelas descontadas diretamente da folha de pagamento, essa modalidade oferece taxas de juros mais baixas. Apesar disso, muitos se perguntam se é possível diminuir as parcelas do consignado para aliviar o peso delas no orçamento. 

Diferente de outros tipos de empréstimos, o consignado tem suas parcelas descontadas diretamente da aposentadoria, pensão ou folha de pagamento. Como há garantia de pagamento, as instituições financeiras oferecem juros menores, já que o risco de inadimplência é reduzido. Contudo, é preciso ter cautela: mesmo com taxas mais baixas, o valor das parcelas pode comprometer uma parte significativa da renda, chegando a até 40% dos ganhos mensais. 

É possível diminuir as parcelas do consignado?

Se você contratou um empréstimo consignado e precisa aliviar o impacto no orçamento mensal, saiba que existem alternativas para reduzir as parcelas. A portabilidade e o refinanciamento são duas das principais opções. Segundo André Oliveira, CEO da CredFácil e especialista em crédito consignado, a análise de cada contrato é essencial para encontrar a melhor solução. Confira os detalhes a seguir: 

Como funciona a portabilidade do consignado?

Uma das maneiras mais comuns de reduzir as parcelas do consignado é por meio da portabilidade, que permite transferir sua dívida para outra instituição financeira que oferece juros menores. “O banco para o qual você estará migrando seu consignado pagará pelo seu contrato anterior e criará um novo acordo com você, mas com mais vantagens financeiras para seu bolso”, explica André Oliveira.

Unsplash│Saiba como reduzir a parcela do empréstimo consignado

 

No entanto, há algumas condições e possíveis barreiras para a portabilidade. A instituição financeira pode recusar a transferência em casos de suspeita de fraude ou irregularidades no contrato original. Fatores como limite de idade ou restrições internas do banco também podem ser um impeditivo para migrar o empréstimo para outra instituição. Portanto, antes de optar por essa alternativa, é essencial verificar se todas as condições estão em ordem.

Refinanciamento: recalculando as parcelas para aliviar o orçamento

Outra opção viável para reduzir as parcelas do consignado é o refinanciamento do contrato. Esse processo envolve a renegociação do prazo do empréstimo, estendendo sua duração e, consequentemente, diminuindo o valor das parcelas mensais. “O refinanciamento pode ser uma boa solução para quem já quitou cerca de 15% do valor total do empréstimo. Ele permite que o saldo devedor seja recalculado, proporcionando um novo valor de parcelas mais acessível”, esclarece o especialista.

Por outro lado, é preciso avaliar os prós e contras dessa alternativa. Embora o refinanciamento possa oferecer um alívio imediato nas parcelas, ele também pode limitar sua margem consignável, o que significa que você poderá ter dificuldades para obter novos empréstimos no futuro. Por outro lado, se o valor das parcelas aumentar, o refinanciamento pode acabar sendo uma solução menos vantajosa a longo prazo.

Portabilidade ou refinanciamento: o que vale mais a pena? 

Escolher entre portabilidade e refinanciamento depende de vários fatores, como o valor das parcelas, as taxas de juros e as condições oferecidas por cada instituição financeira. A portabilidade pode ser a melhor escolha para quem busca melhores condições contratuais e deseja se beneficiar de taxas de juros mais baixas. Já o refinanciamento pode ser mais vantajoso para quem está com o orçamento apertado e precisa de um alívio nas parcelas mensais.

Oliveira ressalta que ambas as opções têm o mesmo objetivo: reduzir os juros e proporcionar um alívio financeiro. “O refinanciamento é uma oportunidade para aqueles que estão com o orçamento comprometido e querem ter um dinheiro extra no final do mês. Já a portabilidade pode ser mais vantajosa para pessoas que buscam condições melhores em seu contrato”, afirma.

Cuidado com as armadilhas!

Embora as opções de portabilidade e refinanciamento ofereçam oportunidades para reduzir as parcelas, é importante estar atento a possíveis armadilhas. Uma das principais preocupações são os juros abusivos, que podem levar ao superendividamento. “A decisão de buscar um consignado deve ser tomada com muita cautela, considerando todas as condições antes de assinar o contrato”, alerta Oliveira.

Unsplash│Saiba como reduzir a parcela do empréstimo consignado

 

É fundamental lembrar que as prestações do consignado são descontadas diretamente da folha de pagamento, o que pode comprometer até 40% dos seus ganhos mensais. Portanto, ao considerar um refinanciamento ou portabilidade, certifique-se de que essa decisão não irá comprometer ainda mais o seu orçamento.

Independentemente da opção escolhida, o planejamento financeiro é essencial para garantir que o empréstimo consignado não se torne uma fonte de estresse financeiro e endividamento futuro. Avalie cuidadosamente as propostas das instituições financeiras, compare as taxas de juros e, se possível, faça uma contraproposta.

“A principal escolha é a do banco com quem você firmará esse contrato. Pesquise e ouça diferentes propostas antes de tomar uma decisão”, aconselha André Oliveira. O especialista também sugere que você não aceite a primeira oferta que ouvir, pois o empréstimo consignado é um compromisso a longo prazo e deve ser encarado com seriedade.

O cenário financeiro atual no país também deve ser avaliado. As condições para o empréstimo consignado têm sido influenciadas por mudanças econômicas e regulatórias no Brasil. A variação da taxa Selic, por exemplo, afeta diretamente os juros cobrados pelos bancos. Além disso, ajustes na margem consignável e a maior concorrência entre as instituições financeiras têm resultado em ofertas mais competitivas.

No entanto, essas mudanças também trazem desafios, como a necessidade de maior cautela para evitar o superendividamento. A inflação em alta, por exemplo, pode reduzir o poder de compra e aumentar a demanda por renegociações de dívidas. Nesse cenário, é essencial estar bem informada e preparada para tomar decisões financeiras que protejam seu patrimônio a longo prazo.

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