Em busca de inspiração no dia da mulher? Conheça a história dessas empresárias!
Beatriz Cyrino Publicado em 08/03/2024, às 10h26 - Atualizado às 16h09
O Dia Internacional da Mulher, que acontece nesta sexta-feira (8), gera anualmente um debate sobre as motivações de sua origem. Em vez de uma razão para dar flores, chocolates e parabenizações às mulheres, a data é, na verdade, de reflexão e motivada pela luta operária feminina.
Muito diferente do trabalho do século XX, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) criou a data, as mulheres, agora, podem exercer diferentes cargos.
Para o dia da mulher, AnaMaria decidiu trazer algumas vozes femininas que fazem parte do dia a dia das mulheres, seja na prática, como produtos de maquiagem, ou como inspiração na própria carreira.
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Bruna Tavares é um dos maiores exemplos de mulher multifacetada. Jornalista, influenciadora e empresária, a fundadora da Linha Bruna Tavares não para um segundo, principalmente quando se trata de elevar o nível da maquiagem nacional.
Bruna começou no mercado de beleza em 2009, quando criou o blog “Pausa para Feminices”. Lá, passou a receber propostas de publicidade e foi chamada pela Tracta para lançar uma linha de batons ao lado de outras 12 blogueiras.
Desde então, com a própria marca, a empresária já lançou mais de 200 produtos entre a linha regular, que conta com a famosa base BT Skin com 30 opções de tonalidades para a pele, e coleções especiais.
Recentemente, Bruna firmou uma parceria internacional e, até o momento, lançou, com exclusividade, duas coleções para celebrar os 100 anos da Walt Disney Company.
“Sinto que tudo o que fiz até hoje na minha carreira, assim como todo amor que sempre senti pela Disney, me conduziram para esse lançamento. Uma chance em um século! E ela foi destinada para a linha Bruna Tavares aqui no Brasil”, escreveu no Instagram.
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Vestir roupas desconfortáveis não faz parte da rotina de Lela Brandão e o objetivo de sua marca é que também não pertença à vida de outras mulheres. Formada em arquitetura e urbanismo, a empresária fundou a Lela Brandão Co. em 2020 e, apesar do diploma, passou a usar a arte para criar roupas que respeitam as formas femininas.
Diferente das práticas atuais da indústria da moda, as modelagens das peças são pensadas para se encaixarem em diferentes tipos físicos, o que garante que as roupas sejam confortáveis.
“A gente traz para as mulheres a ideia de que, se uma peça não te serviu, quem está errada é a peça, e não o seu corpo”, afirma Lela à AnaMaria.
A marca começou no e-commerce, mas hoje já possui uma loja física. Todas as peças são desenhadas pela Lela, que mantém uma conexão próxima de troca e co-criação com a comunidade de mulheres que acreditam no slogan “uma mulher confortável em si é uma revolução.”
“Meu maior sentimento de realização é quando estou na loja física e vejo uma mulher chorando de emoção por experimentar uma peça que - por conta das nossas estratégias de modelagem e nossa grade que vai do PP ao G1 - serviu perfeitamente nela, com o conforto e o respeito que o corpo dela merece”, conclui.
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Da cidade de Tucuruí, no Pará, Eliane Dalla é uma daquelas mulheres que não vieram ao mundo para brincar. Há quase oito anos, ela fundou a Dalla Makeup, que se tornou uma das maiores empresas de maquiagem vegana do país. Por mais impressionante que isso pareça, a sua história no empreendedorismo começou ainda antes disso.
Eliane conta que a Dalla nasceu da necessidade de um simples produto: um batom. “Eu tenho uma outra empresa chamada Atacadão das Maquiagens e eu precisava de batom, porque estávamos na época da moda dos batons líquidos e a demanda era maior do que o que tínhamos no mercado”, explica a empresária.
A paraense também relata que, a princípio, a marca vendia apenas batons, mas, depois de apostar em um pequeno nicho, a Dalla cresceu e, hoje, apresenta um portfólio completo no mercado de beleza vegano. “Nossa primeira base foi o carro chefe, que estourou e é a mais vendida até hoje”, afirma.
Além de oferecer maquiagem vegana, a Dalla Makeup tem outro objetivo: manter o preço acessível e a qualidade. Eliane se coloca como consumidora e diz que acredita que produtos baratos, muitas vezes, podem ter fórmulas melhores que outras marcas que cobram preços mais altos.
Com opções de bases por até R$ 50, a dona da Dalla conclui: “É o estilo que a gente precisa: ser bom e com um preço acessível.”
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O dia da mulher não aconteceria sem mudanças, nem Nathalie de Gouveia. Apesar de ter nascido na França, a executiva se mudou para Portugal e Espanha para realizar o sonho de trabalhar em outros países. Foi assim, transitando entre cargos e nações, que chegou a ser diretora da filial brasileira da companhia alemã Wella.
Nathalie também já integrou o time da The Body Shop como diretora de varejo e treinamento, na Espanha, mas foi na Wella que fez história: ela é a primeira mulher no cargo de CEO da empresa no Brasil.
Ela não ignorou o papel de representatividade feminina que lhe seria atribuído. À Forbes, ela diz sentir orgulho do time de mulheres que criou após sua chegada. “Eu tenho esse perfil também. Sou CEO e mãe de duas crianças. É muito difícil, por isso temos que dar apoio a nossas colegas de equipe”, comenta Nathalie.
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Por fim, o dia da mulher não poderia ficar sem ela: Françoise Bettencourt Meyers, a mulher mais rica do mundo. Nascida em 1953, na França, Françoise é herdeira da maior fabricante de produtos de beleza do mundo, a L’Oréal. Com 70 anos, no fim do ano passado, ela se tornou a primeira mulher com um capital acima da barreira dos $100 bilhões.
Sua mãe, Liliane Bettencourt, herdou a empresa do pai, Eugène Schueller, que fundou a L'Oréal em 1909, após descobrir uma tintura de cabelo inovadora. Seu pai também foi um homem importante. André Bettencourt foi ministro durante a presidência de Charles de Gaulle, nas décadas de 1960 e 1970.
Apesar de ter crescido ao redor da riqueza, Françoise nunca foi de ostentar. “O dinheiro enlouquece as pessoas”, declarou em entrevista ao jornal francês Le Monde em 2012.
A bilionária se tornou diretora da L’oréal em 1997 e é a acionista majoritária, com cerca de 33% do capital social, participação herdada da mãe. Françoise também tem participação na Nestlé e outros bens, mas a maior parte de sua fortuna vem da empresa da família.
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