Queda de speed fly reacende a discussão sobre a prática de esportes radicais - Imagem │Unsplash
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Queda de speed fly, acidente de bungee jump e de paraquedas: por que o ser humano se atrai tanto por esportes 'fatais'?

Queda de speed fly reacende a discussão sobre a prática de esportes radicais — saiba o que atrai tantas pessoas para essas modalidades

Redação Publicado em 04/11/2024, às 15h30

No último domingo (3), um homem de 50 anos morreu ao sofrer um acidente de speed fly na Pedra Bonita, em São Conrado, Rio de Janeiro. Ele praticava a modalidade que envolve velocidade com um equipamento semelhante ao de um pequeno paraquedas. O acidente ocorreu logo após a decolagem, por volta das 10h, quando a vítima tropeçou e desapareceu na mata.

Pouco depois das 13h40, os bombeiros encontraram o corpo, que estava em uma área de difícil acesso. Ainda não se sabe o motivo da queda.

Outros casos recentes de acidentes no bungee jump e paraquedismo

Além do acidente de speed fly, outras práticas de esportes radicais também registraram tragédias recentemente. No dia 26 de outubro, em Boituva, São Paulo, a paraquedista chilena Carolina Muñoz Kennedy, conhecida como Carito, morreu durante um salto no centro de paraquedismo da cidade; entenda o que provocou o acidente.

Experiente no esporte e com registro na Confederação Brasileira de Paraquedismo, Carito não resistiu aos ferimentos após o impacto. No último domingo (3), uma turista de 24 anos faleceu durante um salto de bungee jump no Parque Ecológico de Campo Magro, Paraná. A jovem, que participava de uma excursão, foi encontrada já sem vida em uma área de pedras.

O acidente de bungee jump ocorreu no ponto turístico conhecido como Lagoa Azul, um local muito procurado para esportes radicais. O bungee jump, que envolve saltar preso a uma corda elástica projetada para amortecer a queda, exige condições de segurança rigorosas. Os responsáveis pela atividade tentaram prestar socorro, mas a jovem não resistiu. A tragédia reacendeu a atenção sobre a segurança de atividades tão procuradas. 

Unsplash│Queda de speed fly reacende a discussão sobre a prática de esportes radicais

 

Por que procuramos por aventura?

A prática de esportes radicais, como o speed fly, bungee jump e o paraquedismo, atrai muitos adeptos que buscam na adrenalina e no contato com a natureza uma forma de lazer única e intensa. Mas, além da emoção do risco, esses esportes envolvem vários aspectos que ajudam a entender sua popularidade:

Adrenalina e prazer: a liberação de dopamina e adrenalina no cérebro durante a prática de esportes radicais gera um intenso prazer e sensação de motivação. Essa química cerebral cria uma experiência única para quem pratica.

Desafios e autoconhecimento: enfrentar o medo e superar desafios pessoais é uma busca frequente entre os praticantes de esportes radicais. Para muitos, essas atividades se tornam uma jornada de autoconhecimento e força.

Contato com a natureza: os esportes ao ar livre proporcionam uma oportunidade de escape do cotidiano urbano, permitindo apreciar paisagens e o ar livre enquanto se experimenta uma nova sensação de liberdade.

Sensação de conquista: vencer o medo e cumprir o desafio proporciona uma sensação de superação e conquista, algo que atrai quem busca esse tipo de experiência. 

Benefícios para a saúde: embora arriscados, os esportes radicais podem trazer benefícios como maior flexibilidade, resistência física e coordenação motora, contribuindo para o bem-estar físico.

Bem-estar e liberdade: a liberdade sentida nesses momentos de adrenalina oferece um profundo bem-estar e motivação, aspectos que se refletem na vida pessoal e nas relações sociais.

Interação social: praticar esportes radicais em grupo fortalece os laços entre os praticantes e cria uma comunidade de apoio e incentivo, essencial para quem decide se aventurar nesses esportes.

Esses fatores, aliados ao desejo de superação, ajudam a explicar a busca por atividades tão desafiadoras, como o speed fly, bungee jump e paraquedismo. A segurança e a regulamentação são indispensáveis para que esses esportes sejam praticados com responsabilidade, mas os riscos envolvidos continuam sendo uma parte importante da experiência que, para muitos, vale o desafio.

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