Mulheres de todas as idades precisam realizar exames preventivos anuais; saiba qual é o check-up ginecológico específico para cada fase da vida
Jéssica Batista Publicado em 13/07/2024, às 14h00
Uma das principais formas de prevenção de diversas doenças que ocorrem com mulheres é o check-up ginecológico. Somente em 2023, foram diagnosticados mais de 17 mil novos casos de câncer de colo do útero, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). A doença é prevenível e curável, especialmente quando diagnosticada na fase inicial. Já o câncer de mama, quando detectado no início, tem 90% de chance de cura.
Por isso é tão importante fazer visitas periódicas ao ginecologista: meninas e mulheres de todas as idades precisam realizar exames preventivos anuais. Confira a seguir qual é o check-up ginecológico específico para cada fase da vida da mulher:
Jovens mulheres, mesmo que ainda não tenham vida sexual ativa, devem fazer visitas anuais ao ginecologista para avaliar o ciclo menstrual e possíveis queixas. É importante que meninas sejam apresentadas à rotina de exames para exercitar o autoconhecimento. Os exames indicados para essa faixa etárias são o ultrassom pélvico e o hemograma, para verificar a saúde geral.
Se houver vida sexual ativa há um ano, inicia-se a coleta anual do papanicolau, que é o exame de rastreamento de câncer de colo de útero e pode identificar possíveis alterações relacionadas ao vírus do HPV. “Mas a princípio, sem vida sexual, a adolescente vai fazer um ultrassom pélvico para ver se está tudo bem, realizar exames de sangue de rotina, checar vitaminas e avaliar a alimentação”, diz Carolina Alexandre Finta, ginecologista e mastologista, em entrevista à AnaMaria.
Nesta faixa etária os principais exames são a coleta do papanicolau, exames de sangue de rotina e o ultrassom das mamas. Carolina explica que pacientes mais jovens podem apresentar nódulos benignos nas mamas, e que estes merecem certo controle.
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) preconiza o início da mamografia anual a partir dos 40 anos. Nesse período, a mama já passou por certas transformações, a mulher provavelmente já engravidou e amamentou e as mamas sofreram algumas alterações que podem ser melhor visualizadas através da mamografia. Este é um exame indispensável no check-up ginecológico de mulheres a partir dos 40 anos por fazer o rastreamento precoce de câncer de mama.
“A maioria das pacientes tem um pouco de medo de fazer a mamografia e querem encaixar o ultrassom no lugar, mas a mamografia é o principal exame de detecção do câncer de mama. O ultrassom vem para somar, em conjunto com a mamografia. Além disso, a coleta do papanicolau também deve ser feita todos os anos”, destaca a especialista.
Nesta fase da vida, quando as mulheres já estão no climatério — fase de transição do período reprodutivo, ou fértil — ou na menopausa, outros exames começam a ser bem-vindos no check-up ginecológico para avaliar a saúde do sistema reprodutivo, além da coleta do papanicolau.
A densitometria, exame que mede a massa óssea, é um deles. Isso porque nesta fase da vida os hormônios já estão em declive, o que pode comprometer a saúde óssea da paciente. “Precisamos sempre controlar este fator para que a paciente não evolua para uma osteoporose. Este é um exame que deve fazer parte da rotina de mulheres entre 50 e 60 anos. A mamografia continua, a gente não deixa de fazer este exame em nenhum momento”, alerta Carolina.
A coleta do papanicolau passa a ser supérflua para mulheres com 70 anos ou mais, que não possuem vida sexual ativa, exceto se a paciente apresentar queixas. A densitometria, hemograma de rotina, mamografia e ultrassom das mamas também devem permanecer no check-up ginecológico na maturidade.
Em casos onde há histórico de câncer de mama e ovários na família, é interessante realizar o acompanhamento com especialistas para avaliar a necessidade de testes específicos para rastrear e identificar possíveis alterações genéticas.
“Precisamos salientar que, quando falamos de histórico familiar de câncer, não basta termos a presença de uma pessoa com essa condição em uma mesma família. O câncer de mama genético é responsável por 10% dos casos, todos os outros não são genéticos e podem ser identificados com a mamografia. Os testes feitos com base no histórico familiar devem ser bem avaliados por um mastologista e não são exames de rotina”, finaliza a ginecologista.
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