Você já parou para pensar: o que te faz feliz? Especialistas buscam a resposta - Caroline Hernandes/Unsplash
Saúde mental

Você já parou para pensar: o que te faz feliz? Especialistas buscam a resposta

O sentimento que está na lista de desejos da maioria das pessoas é muito mais do que o sinônimo da palavra alegria

Vivian Ortiz Publicado em 24/03/2023, às 08h00

Você já ouviu falar sobre o Índice da Felicidade, criado no Butão (país da Ásia), para medir o bem-estar socioeconômico de um povo? E sobre o Dia Internacional da Felicidade, que aconteceu no último 20 de março para refletirmos sobre a relevância da felicidade como aspiração universal e a importância dela também em metas de política pública? Pois é. O sentimento que está na lista de desejos da maioria das pessoas representa muito mais do que o sinônimo da palavra alegria.

Para os idealizadores do “Índice da Felicidade”, o crescimento econômico tem de ser visto por um prisma mais inclusivo, equitativo e equilibrado. Mas trazendo para uma menor escala, para o nosso dia a dia, na prática isso quer dizer que a qualidade de vida, a inclusão social, a luta pelos Direitos Humanos, a gentileza, a escuta ativa e tantas atitudes individuais que consideramos importantes na criação dos nossos filhos se refletem diretamente no Índice de Felicidade dentro dos nossos lares e também socialmente para quem está ao nosso redor.

E para falar um pouco mais sobre o assunto, na coluna de hoje conversamos com especialistas e indicamos algumas leituras interessantes sobre o tema.

PARA COMEÇAR, O QUE É FELICIDADE?

O conceito de felicidade, na maioria das vezes, é diferente para cada pessoa. Entretanto, o sentimento que essa emoção proporciona é, quase sempre, sentido da mesma forma. E para as crianças isso não é diferente. Para o médico Marco Cantero, que é palestrante sobre Longevidade com Felicidade do Instituto Sua Melhor Performance, uma criança feliz é aquela que exerce a infância com liberdade e responsabilidade adequadas para a idade, com rede de proteção que garanta amor, alimentação, moradia, saúde, educação e ambiente seguro.

“O trabalho da criança, em especial até os 10 ou 11 anos, deve ser brincar e se relacionar. Em boa parte das brincadeiras, existem ensinamentos sobre família, ética, gentileza, prosperidade, solidariedade ou quaisquer outros valores religiosos, morais, sociais ou familiares, definidos, em princípio, pelos pais. Esse é o modelo ocidental da criança feliz. Há outras culturas onde há diferenças sociais e de valores, mas a tríade liberdade, responsabilidade e amparo descrita acima é universal para a criança feliz”, explica.

E os estudos corroboram com o Cantero diz. Uma pesquisa realizada em 2012 pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Instituto Datafolha, com 1.525 crianças de 4 a 10 anos, de todas as classes econômicas e de 131 cidades brasileiras, mostrou que uma infância feliz é aquela em que as crianças tem acesso à saúde, educação, lazer, esporte, cuidados familiares e tudo mais o que lhes permitir se desenvolver plenamente, com liberdade e dignidade.

Em um estudo mais recente, de 2022, cientistas da Universidade Tsinghua, em Pequim, na China, comprovaram que crianças capazes de compartilhar voluntariamente são mais felizes do que aquelas que fazem isso sob pressão. Essa conclusão mostra que, além do que já destacamos acima, a felicidade da criança também pode ser proporcionada a partir do bem que ela gera para seus pares, ou seja, quando ela entende que o seu ato generoso dará prazer para alguém que ela gosta.

EXEMPLO DE FELICIDADE

Pergunte a uma mãe ou um pai sobre o que mais deseja para seu filho. Sem dúvida, um dos itens prioritários será a felicidade. Mas qual é o nosso papel em gerar esse sentimento para eles? Ou como ensinar o caminho das pedras para alcançar a plenitude desta emoção?

Juliana Martins Ribeiro da Costa, mãe de Davi, de 12 anos, conta que para tentar garantir a felicidade do filho, dá o exemplo de uma vida harmoniosa em casa, pois, eles aprendem muito mais com o que veem. Além disso, investe em uma boa escola e em cursos extracurriculares que o menino gosta, para que possa desenvolver seus talentos e dons naturais. “Os pais que observam seus filhos têm a possibilidade de encaminha-los para experiências de vida que os estimulam a querer aprender”, comenta.

Juliana Martins e a família. (Crédito: Divulgação)

A psicóloga Monique Stony, que criou o canal @maesnalideranca no Instagram para ajudar mulheres a conciliar carreira, maternidade e felicidade, explica, para tentar garantir uma infância feliz na prática, os pais podem contribuir sendo responsivos às necessidades da criança, desde as mais básicas, como garantindo bom sono, alimentação, cuidados de higiene e saúde, mas também as necessidades emocionais e sociais da criança.

“Para isso, á preciso estar presente, atento, disponível para interagir e prover afeto. Na primeira infância, o contato, carinho e afeto são fatores essenciais a serem providos pelos pais. Conforme a criança cresce, as interações sociais também influenciam no sentimento de felicidade. Tudo isso não garante que a criança seja feliz, mas contribui muito”, determina. Ela diz, ainda, que quando os filhos percebem nos pais uma base segura para apoiar seu desenvolvimento, na construção de sua identidade, e a lidar com os desafios, com a liberdade e a segurança de que podem ser quem internamente são, as chances de ter uma fase adulta feliz também aumentam.

A FELICIDADE ENLATADA

Atualmente, não é raro encontrar crianças com perfis em redes sociais, até mesmo as mais novas, com conteúdos como dancinhas, brincadeiras, desafios etc que podem, às vezes, parecer inofensivos – e muitas vezes realmente são -, mas que também podem ser um gatilho para a infelicidade. Isso pode acontecer, porque a maioria das pessoas, - e nesse grupo incluem-se as crianças- , posta apenas momentos de realização, como locais bonitos que visitou, brinquedos caros que ganhou, viagens que fez, festas animadas com muitos amigos etc. E, quando uma criança, que normalmente não tem discernimento suficiente para diferenciar o real do que é postado, vê essa alegria toda e percebe que não tem “tudo isso”, habitualmente, tem o sentimento de frustração.

Então, como garantir que nossos filhos sejam felizes diante de imagens e vídeos que nós, adultos, sabemos que não são verdadeiros? “As redes sociais mostram pouca frustração e muita alegria. A vida poderia ser assim, se todos que postam soubessem construir suas felicidades. Então, esqueça os outros. Focando no seu filho, ensine-o a construir sua felicidade, rejeitando rancor, ressentimento e frustrações. É sim uma construção, valorizando seus projetos, suas pequenas conquistas diárias alinhadas aos projetos e coisas coloquiais, mas de valor”, pontua Cantero, porém, com um alerta: “Mas daí a você garantir a felicidade do seu filho tem uma distância. Você mostra o caminho. Ele segue, se quiser”.

Outro ponto muito importante quando se fala em felicidade dos dias atuais é em relação ao consumo, que é cada vez mais sugerido como uma prática para atingir a felicidade, inclusive para as crianças. São brinquedos, viagens, programações etc que surgem a todo momento e que, é claro, a maioria dos pais não consegue proporcionar integralmente para seus filhos. Sobre isso, o médico explica que o consumo é uma conquista de bem-estar do Ocidente, que ele leva à prosperidade da sociedade e conforto e não deve ser o vilão da sociedade. Mas é preciso atenção.

“Todos gostam de consumir. Ele traz prazer imediato, o que é parte da felicidade, chamada de hedonismo, que é aquela do sorvete, do Netflix, da boneca e do Natal. Tudo certo. Não há problemas, desde que sem exageros. A arte está em mostrar que cada prazer ali deve ser saboreado. Ganhar o presente e pensar no próximo perde o valor da felicidade, que está sempre longe de você. Há a visão Platônica do desejo, que a criança quer algo e quando conquista perde o interesse em pouco tempo. Assim a vida é e o consumo oferece outros desejos. Saborear o que tem é a arte. Para isso, outra característica da felicidade é a visão eudaimonica, onde a conquista de um projeto maior, celebrado passo a passo, dá mais alegria na realização final. Por exemplo, fazer uma faculdade. Deve ser uma conquista diária. Assim, como na hora de ganhar o brinquedo, a criança deve conquistar passo a passo, como um prêmio por arrumá-los, ou qualquer outra pequena tarefa, o item novo terá mais valor ainda, pois foi sonhado, buscado e alcançado”, esclarece.


Para Stony, quando a frequência desses eventos é alta, acaba diminuindo o efeito de gerar alegria para a criança. “Portanto, o que recomendo e utilizar esses recursos de forma intencional e com cautela. O excesso pode levar a um sentimento de perda de valor e o efeito pode ser o oposto, gerando insatisfação em vez de felicidade, quando a criança já está condicionada a receber os recursos a qualquer momento. De forma prática, defina datas comemorativas, eventos familiares ou marcos alcançados onde façam sentido a ‘premiação’. Assim, a criança aprende e já sabe o que esperar. E quando recompensada, tende a valorizar mais suas conquistas”, diz.

FRUSTRAÇÃO TAMBÉM TRAZ FELICIDADE

Habitualmente, os pais tendem a achar que dar tudo para os filhos e agradá-los em tempo integral pode ser a chave para a felicidade. Mas, definitivamente, estão enganados em pensar assim. A permissividade excessiva pode, sim, prejudicar nossos filhos - inclusive, a obsessão dos pais pela felicidade dos pequenos pode condená-los a serem adultos infelizes.

Thais Faria Coelho, neurocientista e mestre em educação, explica que a frustração é necessária para o desenvolvimento humano. Entretanto, temos hoje uma geração de pais que busca privar cada vez mais os filhos das frustrações. E esse comportamento acaba impedindo o cérebro da criança de criar flexibilidade mental e lidar com o ‘não’, que é tão frequente na vida jovem/adulta. “É importante, desde cedo, trabalhar o ‘não’ justificado, que é a ação de explicar à criança o porquê de não poder fazer algo e dizer quando poderá”, pontua Thais.

A neurocientista comenta, ainda, que uma das razões que pode justificar o aumento de crianças e adolescentes com ansiedade, depressão e afins é justamente por não saber lidar com frustrações, pois não aprenderam a gerenciar as emoções. “A procura por terapia e psicólogos está cada vez maior por conta de adultos que não sabem lidar com o ‘não’, pois tiveram pais muito permissivos”, diz. Portanto, é importante que os pais trabalhem a maturidade emocional e conscientização dos filhos desde cedo, ensinando que é necessário planejar, saber esperar, fazer por merecer. “O errar por amor é muito comum quando falamos em parentalidade, e por isso é importante ter em mente que facilitar a vida do filho não necessariamente irá ajudar”, alerta.

Uma estratégia para diminuir a permissividade é desenvolver na criança o circuito da recompensa com o quadro do incentivo. Para começar, os pais devem conversar com os filhos para descobrirem as atividades que mais despertam interesse - como andar de bicicleta, ir ao teatro, chamar os amigos para brincar em casa etc -, para que elas sirvam de incentivo para fazerem suas tarefas. Além disso, devem criar um quadro visual onde a criança possa verificar suas tarefas diárias, como guardar os brinquedos depois de brincar, arrumar a cama, ter tempo para assistir TV ou jogar um game etc. Depois, devem explicar para os filhos que durante os dias da semana, a criança deverá cumprir o que estiver ali no quadro de tarefas. E então, uma vez por semana, se a criança cumprir tudo que está listado para fazer naquele período, ela receberá a recompensa, que é fazer alguma atividade que gosta. Ou seja, sete dias de tarefas para uma recompensa. “Dessa forma, os pais conseguem trabalhar a blindagem emocional e mental dos pequenos”, diz Thais.

NEM SÓ DE ALEGRIAS VIVEMOS

Hoje, com todos os meios para transmitir informação que conhecemos, é difícil uma criança não saber sobre “o lado ruim” da vida. Guerras, fome, violência etc estão estampados o tempo todo em todos os lugares. Se, por um lado, é importante que nos mantenhamos informados, por outro sabemos como algumas notícias podem minar a nossa alegria. Então, como blindar nossos filhos de notícias ruins?

Para começar, é preciso dizer que, na maioria das vezes, as crianças não têm discernimento para entender o quão grave são algumas situações. “Eu diria que o impacto das notícias ruins é muito pior nos adultos, pois conseguem enxergar algum nível de proximidade, mesmo que fantasioso por uma tragédia no Nepal que não terá impacto nele. Já as crianças, em especial na primeira infância, são muito focadas em si mesmas. As notícias ruins impactam sim, em especial as grandes tragédias, mas quando estimuladas pela curiosidade mórbida dos adultos”, explica Cantero. E complementa: “As crianças buscam na internet prazer imediato e, espontaneamente, não procuram esses conteúdos, na maioria das vezes”.

Monique lembra que embora seja positivo que os pais filtrem o conteúdo que os filhos assistem, isso não quer dizer que as crianças tenham que ser criadas alheias à realidade. “O excesso de conteúdos negativos não faz bem psico e emocionalmente a ninguém, incluindo crianças e adultos. Quando existe algum tema que impacte diretamente a criança, como foi no caso das restrições sociais em decorrência da Covid, é importante falar sobre o tema e explicar o que está acontecendo. Agora, quando se trata de uma guerra do outro lado do mundo, que não terá nenhum impacto na vida da criança, não há porque trazer essa informação para seu conhecimento”, diz.

No entanto, é preciso dizer que filtrar o conteúdo que nossos filhos terão acesso não quer dizer mentir ou não contar sobre episódios que vão impactar diretamente na vida daquela criança, como a morte de alguém e/ou do bichinho de estimação. “A criança ficará triste com a morte de alguém querido. Não devemos blindá-la. É necessário o luto e entender que a vida é assim. Mais um motivo pra ser feliz a cada instante. Dar exemplos de como a pessoa que morreu usou o seu tempo da melhor forma, ou até de forma indevida. Evidentemente que isso não significa que a criança deva ver o morto (salvo exceções), pois são lembranças muito fortes que ficam. Lembrar da pessoa bem, com vida e com alegria é uma solução que não ignora a inteligência da criança, fazendo sua participação existir na partida da pessoa, mas com aprendizado e saudades. É um tema bastante complexo”, ressalta Marco.

PÍLULAS DA FELICIDADE

A felicidade é uma conquista, que conseguimos, para nós e nossos filhos, a partir de hábitos positivos, boas memórias e mais uma infinidade de estímulos. Mas, sim, podemos dar uma força extra nessa busca. Na sequência, algumas frases que precisamos sempre dizer para nossos filhos para que eles normalizem o merecimento dentro deles e sugestões de leitura sobre o tema – para pais e filhos.

Pensamentos que devemos sempre compartilhar com nossos filhos, por Marco Cantero, do Instituto Sua Melhor Performance

  1. Amar alguém e ser amado é uma preciosidade que todos podem ter. Quando você encontra alguém, seja o melhor para essa pessoa e receberá o melhor dela também. Enquanto for bom pra você, mereça cada instante;
  2. Crescer na carreira é fruto de estudo, esforço, inovação e visão positiva de futuro. Use essas armas e aproveite sua próspera carreira;
  3. Nunca se compare com os outros sentindo-se menor. Veja os que você admira e faça, se for o caso, coisas parecidas. Alinhe-se aos melhores. Você pode. Não inveje ninguém. Admire;
  4. Dinheiro é fruto de trabalho, estudo e risco. Ter dinheiro, desde que fruto da honestidade, é maravilhoso e devemos aprender com quem tem.

Dicas de leitura para entender sobre as emoções, inclusive a felicidade:

"Crianças dinamarquesas”, de Iben Dissing Sandahl, Jessica Joelle Alexander e tradução de André Fontenelle – (Editora Fontanar) - Por mais de quarenta anos, a população da Dinamarca tem sido eleita a mais feliz do mundo pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OECD). Os dinamarqueses também foram considerados o povo mais feliz do mundo por todas as edições do Relatório Mundial da Felicidade, publicado pelas Nações Unidas. Qual seria, então, a fórmula desse sucesso? Depois de muita pesquisa, as autoras deste livro acreditam ter desvendado o segredo. E a resposta é bastante simples: toda essa felicidade vem da forma como os dinamarqueses são criados.

A filosofia dinamarquesa de como educar os filhos gera resultados poderosos: crianças felizes, emocionalmente seguras e resilientes, que se tornam também adultos felizes, emocionalmente seguros e resilientes, e que reproduzem esse estilo de criação quando têm seus próprios filhos. Que tal, então, conhecer melhor esses costumes, atitudes e posturas? O método exige prática, paciência, força de vontade e autoconsciência, mas o resultado faz o esforço valer a pena. Não se esqueça de que esse será seu legado. Para comprar, acesse aqui!

“Brincar de ser feliz”, de Libby Rees (Editora Best Seller) - Com apenas 6 anos, Libby Rees passou por uma situação que muitas crianças enfrentam atualmente: o divórcio dos pais. No entanto, apesar da pouca idade, ela encontrou uma maneira de superar esse momento tão difícil: escrever uma lista de ações que a ajudassem a lidar com o problema e colocá-las em prática. O resultado é Brincar de ser feliz, um livro repleto de pequenas ideias originais que estimula os pequenos leitores a vencer as dificuldades típicas da infância. Com maturidade emocional, a autora compartilha suas estratégias simples e prova que o caminho para a felicidade é muito divertido. Para comprar, acesse aqui!

“A felicidade de Laila”, de Mariahadessa Ekere Tallie e tradução de Izabel Aleixo (Editora Pingo de Ouro) - Considerado pelo público e pela crítica especializada um dos melhores livros infantis de 2020, o premiado, poético e colorido “A felicidade de Laila” oferece a pais, responsáveis e educadores a oportunidade de proporcionar às crianças uma leitura ao mesmo tempo sensível e divertida. Laila tem sete anos, mora numa cidade grande, mas adora brincar ao ar livre e conhecer o nome das árvores e de todas as frutas e legumes. Ela olha para o mundo e tudo o que há nele com curiosidade e alegria, e percebe que a felicidade pode estar escondida nas coisas mais simples do dia a dia, como ouvir seu pai contar histórias e sua mãe ler poesia.

Perfeito para crianças pequenas e para aquelas que estão começando a ler, esse livro cheio de imaginação e cores vibrantes tem a quantidade certa de texto por página para não deixar ninguém desistir da história: nem contadores nem leitores iniciantes Escrito pela poeta e educadora Mariahadessa Ekere Tallie, e belissimamente ilustrado pela artista plástica e designer Ashleigh Corrin, “A felicidade de Laila” encoraja os pequenos leitores a olharem para dentro de si mesmos e ao redor, descobrindo o que é a verdadeira felicidade. E, na contramão dos desafios que vivemos, tanto na vida real quanto nas redes sociais, termina fazendo a todos um inesperado e bem-vindo convite ao diálogo. Uma leitura envolvente, inspiradora e contagiante. Para comprar, acesse aqui! 

“Quando me sinto feliz”, de Trace Maroney (Editora Ciranda Cultural) - Ajudar as pessoas e ouvir nossos amigos são ações que nos fazem bem. Como podemos ajudar nossos filhos a se sentirem felizes? No final deste livro, em nota para os pais, escrita por uma psicóloga infantil, você encontrará algumas orientações importantes. Para comprar, acesse aqui!

“Quando me sinto feliz. Coleção Sentimentos”, de James Misse (Editora Pé da Letra) - A ideia da "coleção sentimentos e emoções" é abrir um canal de comunicação para que crianças e adultos consigam identificar tais sentimentos e aprendam a expressar suas emoções dizendo como se sentem, mas sem deixar de lado a outra pessoa. O escritor james misse lança um olhar diferenciado sobre o tema e nos desafia a trabalhar nossas emoções e sentimentos para que, assim, possamos ser mais felizes. Para comprar, acesse aqui!

“Chico Beleza”, de Fernanda Côrtes (Editora Casa Editorial) - Chico Beleza é um macaquinho que descobre, na cidade grande, alguns desafios da vida das crianças: como enfrentar o medo, a tristeza, a solidão, fazer amizades e aprender a se adaptar a novas realidades e situações, com alegria e sabedoria. Uma leitura divertida e que ajuda pais e crianças a lidarem com as emoções. Para comprar, acesse aqui!

“Estou triste. E agora?”, de Fernanda Côrtes (Editora Casa Editorial) - Quem nunca se sentiu triste, sozinho, e com vontade de chorar? A tristeza faz parta da vida, não vamos acabar com ela e nem podemos fingir que ela não existe. Ela até pode nos causar desconforto e parecer uma vilã, mas diante da tristeza é quando, normalmente, paramos e refletimos sobre a vida e pedimos ajuda. Como você vive a sua tristeza? E o que você pode fazer para se sentir melhor? Já parou para pensar sobre isso? "Estou triste. E agora?" é uma história lúdica e simples para nos ensinar a lidar com essa emoção. Entender que não estamos sozinhos no mundo, que temos direito a ficar tristes, e o melhor: Podemos aprender que o amor e a alegria sempre serão os melhores amigos para termos uma vida melhor, mais colorida e divertida. Para comprar, acesse aqui!

“Wholebeing Living - Ensaios sobre a ciência e a prática da felicidade”, organizado por Henrique Bueno e por Juliana Carneiro (Editora Casa Editorial) - O livro traz a história de pessoas que se transformaram com a Ciência da Felicidade e colocaram seus projetos em ação, utilizando o modelo SPIRE de Felicidade Integral do grande professor americano Tal Ben-Shahar. Profissionais na área, 21 alunos do Wholebeing Institute Brasil contam como vêm aplicando a ciência da felicidade em diversas áreas, como educação, empresarial, saúde mental, alimentação e bem-estar e até mesmo em um projeto de medição de felicidade em uma cidade no sul do país. Para comprar, acesse aqui!

“Crianças felizes: O guia para aperfeiçoar a autoridade dos pais e a autoestima dos filhos”, de Magda Gomes Dias Dias (Editora Manole) - Quantas vezes deixamos os nossos filhos na escola e, no caminho do trabalho, pensamos: “por que temos sempre de nos aborrecer logo de manhã uns com os outros? Por que as coisas não dão certo?”. Prometemos a nós mesmos que, no horário da saída da escola, as coisas serão diferentes. Planejamos atividades para fazer no final do dia, idealizamos os momentos que queremos viver, para depois esbarrarmos no cansaço deles [e no nosso] e acabamos “não virando o disco”. Ficamos estressados, gritamos, afastamo-nos e sentimos o nosso coração apertado porque sabemos que não é nada daquilo que queremos... Mas há formas simples e práticas para educarmos crianças resilientes, positivas e felizes, sem abdicar da autoridade, mas equilibrando tudo com mimo, empatia, carinho e amizade. Basta percebermos o porquê daquela birra que aparece vinda do nada, aprendermos a falar com os nossos filhos, tendo em conta não só o que dizemos, mas também como dizemos. Para comprar, acesse aqui!

“A vez da vovó”, de Gabriela Campanella e Ana Paula Franzoni (publicado por editora independente e distribuído pela Editora Matrescência) – O livro fala sobre a relação única e especial entre avós e netos(as) e que incentiva a construção de doces memórias felizes entre avós e netos. Uma obra que dá, aos adultos e crianças, a merecida chance dos laços de afeto que vêm dessa relação. Um convite para que a gente se desfaça do excesso de conflitos existentes em qualquer núcleo familiar, tão pequenos diante da experiência singular de se conviver com avós. Avós são pedaços de nossa vida, de nossa história. São raízes, são essência. Independentemente da dinâmica e das possibilidades de convivência que eles ofereçam, nenhuma delas será possível se mães e pais, mediadores dessa relação, não derem passagem para que a vez dos avós realmente possa existir. “A vez da vovó” é um livro para avós lerem com seus netos. Para netos presentearem suas avós. E para mães e pais também lerem com os seus filhos, abrindo as portas dessa relação e entendendo que a construção de um futuro sob o qual não temos controle começa hoje, naquilo que podemos, sim, conduzir e incentivar. Para comprar, acesse aqui!

“Pai de outro planeta”, de Bruno e Gabriela Campanella (Much Editora) – A relação entre um pai e seu filho nasce ali, no cotidiano. Em dias comuns, cheios de momentos para amarrar o tênis, escovar os dentes, dar o beijo de despedida e o abraço de boas-vindas. E nas gargalhadas do banho, nas canções que só eles conhecem e em todas as peças de um quebra-cabeças que mora o vínculo daquele cara que é pai com aquele ser que é o seu mundo inteiro. Você não precisa procurar muito. Não precisa elaborar grandes coisas ou esperar por grandes momentos. É no simples, na vida que está bem na sua frente, todos os dias. É assim, prestando atenção e se fazendo presente, que se fortalece a conexão única entre um pai e seus filhos, fazendo dele, verdadeiramente, um pai de outro planeta. Ou seja, um livro que fala da felicidade que as pequenas ações têm na construção da relação de um pai com seus filhos. Para comprar, acesse aqui!

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