Síndrome de Patau: entenda condição rara que filho de Zé Vaqueiro tinha

Filho mais novo do cantor Zé Vaqueiro e da empresária e influenciadora Ingra Soares, Arthur faleceu aos 11 meses, na madrugada da última terça-feira (9). O caçula do casal sofria de uma condição rara, conhecida como síndrome de Patau, uma malformação genética nos cromossomos do bebê.

A equipe do artista compartilhou a notícia nas redes sociais do cantor. “Deus sabe de todas as coisas e decidiu que era hora do nosso Arthur se juntar a Ele e descansar. Agradecemos do fundo de nossos corações, o amor e as orações que nosso menino recebeu enquanto esteve entre nós”, dizia a nota.

Após o nascimento, o menino havia ficado internado por sete meses antes de receber alta da UTI pela primeira vez. Em maio, sofreu uma parada cardíaca e teve que voltar ao hospital. Pouco antes de fazer 11 meses, foi submetido a uma traqueostomia para facilitar a chegada de ar nos pulmões.

Zé Vaqueiro e Ingra também são pais de Daniel, de três anos. A infuenciadora ainda é mãe de Nicole, de 13 anos, fruto de um relacionamento anterior.

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O que é a síndrome de Patau?

À AnaMaria, o especialista em genômica, Fabiano de Abreu Agrela, explica que a síndrome de Patau é uma anomalia congênita, ou seja: um defeito estrutural presente desde o nascimento, decorrente de alterações no desenvolvimento fetal.

No caso de Arthur, filho mais novo de Zé Vaqueiro, a malformação é caracterizada pela presença de um cromossoma extra, podendo ser chamada também de trissomia do cromossomo 13. “É causada pela presença de um cromossomo 13, somando 47 cromossomos em vez dos habituais 46", Fabiano diz.

Segundo o profissional, a síndrome de Patau afeta o cérebro, ossos, coração e demais órgãos: "Causa alterações no crânio e no rosto, como a microcefalia, lábio leporino e fenda palatina. Também provoca problemas cardíacos congênitos, como o defeito do septo ventricular."

Mais tarde, dificuldades neurológicas, como atraso no desenvolvimento e convulsões, são frequentes, assim como anomalias abdominais, como rins policísticos. "A condição também resulta em problemas de visão e audição, bem como deformidades nos membros", complementa.

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A síndrome de Patau, conforme esclarece o especialista, é incurável e o tratamento para a doença é focado apenas em aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. "A expectativa de vida dos pacientes em geral não ultrapassa os 10 anos”, ressalta Fabiano.

Por meio de um acompanhamento multidisciplinar, as opções envolvem alguns cuidados médicos intensivos, como:

• Cirurgias corretivas para problemas cardíacos e craniofaciais;
• Tratamentos de apoio, como fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, para o progresso motor e a comunicação;
• Sondas alimentares para bebês com dificuldades alimentares;
• Medicações anticonvulsivas para gerenciar convulsões.

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