Prolapso vaginal: o que você precisa saber para manter a saúde pélvica - Foto: Reprodução/Freepik
ENTENDA

Prolapso vaginal: o que você precisa saber para manter a saúde pélvica

Descubra o que é o prolapso vaginal, suas causas, sintomas e opções de tratamento. Saiba como a cirurgia vaginal e terapias conservadoras podem ajudar

Laís Seguin Publicado em 07/08/2024, às 20h00

O prolapso vaginal é uma condição que ocorre quando um ou mais órgãos pélvicos, como a bexiga, o útero ou o reto, descem em direção à vagina devido ao enfraquecimento das estruturas de suporte desses órgãos.

Embora seja mais frequente em mulheres após o parto, o prolapso vaginal pode afetar mulheres que nunca engravidaram. AnaMaria conversou com Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra sobre o assunto.

Ele é responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros, bem como colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP. Segundo ele, o prolapso vaginal resulta de um enfraquecimento dos músculos e tecidos.

Esses músculos e tecidos sustentam os órgãos pélvicos e esse enfraquecimento pode causar sintomas desconfortáveis como sensação de pressão, dor e dificuldades em urinar ou evacuar.

O prolapso vaginal ocorre quando órgãos pélvicos descem em direção à vagina devido ao enfraquecimento das estruturas de suporte, causando sintomas como sensação de peso e dificuldades para urinar ou evacuar - Reprodução/Freepik

 

Causas e sintomas do prolapso vaginal

Existem várias causas para o desenvolvimento de um prolapso vaginal. Entre elas estão partos vaginais múltiplos, envelhecimento, obesidade e condições que aumentam a pressão intra-abdominal, como tosse crônica ou constipação.

Além disso, o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico é um fator chave.

Os sintomas mais comuns incluem:

Esses sintomas podem variar em intensidade, desde uma leve sensação de desconforto até uma dor significativa que afeta a qualidade de vida da mulher.

Tratamentos disponíveis para o prolapso vaginal

O tratamento para o prolapso vaginal depende da gravidade dos sintomas e das condições clínicas da paciente. As opções incluem:

  1. Terapia Conservadora: envolve exercícios para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, como os exercícios de Kegel. Esses exercícios ajudam a melhorar o suporte dos órgãos pélvicos e a aliviar os sintomas.

  2. Dispositivos de Suporte: pessários são dispositivos que podem ser inseridos na vagina para ajudar a sustentar os órgãos pélvicos. São uma boa opção para mulheres que não podem ou preferem não se submeter à cirurgia.

  3. Cirurgia: em casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária para reparar os tecidos e órgãos afetados. As técnicas incluem cirurgia tradicional, laparoscópica ou vaginal. A escolha do método depende da avaliação médica e da discussão com a paciente.

A cirurgia vaginal é uma abordagem cada vez mais popular para o tratamento do prolapso vaginal, especialmente em casos de prolapso de órgãos pélvicos como a bexiga (cistocele), o útero (prolapso uterino) ou o reto (prolapso retal).

Durante a cirurgia vaginal, o acesso é realizado através da vagina, sem a necessidade de incisões externas. Isso reduz o tempo de recuperação e o risco de complicações associadas aos procedimentos mais invasivos.

Mesmo a histerectomia vaginal, que pode envolver a remoção do útero, pode ser realizada por via vaginal, sem incisões abdominais. É fundamental buscar um especialista qualificado e confirmar se a cirurgia vaginal é a melhor opção para o seu caso, conforme orienta Alexandre Rossi.

Prevenção do prolapso vaginal

Para prevenir o aparecimento ou o agravamento do prolapso vaginal, algumas medidas podem ser adotadas:

O prolapso vaginal não é uma condição fatal, mas pode impactar significativamente a qualidade de vida. Caso você apresente sintomas de prolapso vaginal, é essencial procurar um ginecologista para uma avaliação e tratamento adequados.

O cuidado preventivo e o tratamento precoce podem ajudar a manter a saúde pélvica e garantir uma vida mais confortável e saudável.

O tratamento pode variar de exercícios e dispositivos de suporte a diferentes técnicas cirúrgicas, sendo importante a avaliação médica para a escolha da melhor abordagem - Reprodução/Freepik

 

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