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Pegue leve com você

Para quem vive dizendo que não é boa no que faz, fica a dica: autocrítica demais deixa a gente infeliz. Olha só!

Redação Publicado em 24/12/2015, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

Para se conhecer melhor, é importante analisar a maneira de agir e os erros que você cometeu. Assim, é possível se aprimorar e até corrigir o rumo que sua vida está tomando. O problema é quando a autocrítica, ou seja, a capacidade de realizar uma crítica de si mesma, passa do limite. “Isso fica claro quando a vontade de melhorar se torna um círculo vicioso e, por mais que a pessoa evolua, nunca está satisfeita”, explica o psicólogo Marco Antonio de Tommaso, de São Paulo. Essa insatisfação é parecida com o sentimento de fracasso e pode refletir em todas as áreas da vida. A pessoa perde o ânimo para trabalhar, não se acha boa o suficiente para os filhos e o marido, se sente feia e fica de mau humor. “Em alguns casos, pode até desencadear uma depressão”, alerta. A prevenção é simples: aprenda a se aceitar. A seguir, veja como agir diante de sentimentos ou situações que exigem demais das mulheres que se cobram muito.

“Cometo erros demais!”

Ótimo! É errando que se aprende. Um exemplo: se na educação do seu filho o “cantinho do castigo” não surte efeito, tente uma longa conversa, tire algum objeto do qual ele goste até se comportar, corte a mesada... E assim vai, até acertar. Foi o novo projeto de trabalho que não deu certo? Que tal fazer um curso para entender mais do assunto? Ou trocar figurinhas com alguém que passou pela mesma situação? O que não pode – nem adianta nada – é ficar se criticando e não fazer algo. Tentar o novo e falhar é sinal de coragem. Essa atitude é bem melhor do que desistir mesmo antes de começar. 

“Não sou capaz de alcançar meus objetivos”

Tommaso descobriu numa pesquisa que 92% das modelos brasileiras não estão satisfeitas com a aparência e fariam alguma cirurgia plástica para conquistar o corpo dos sonhos, mesmo sendo tão bonitas e magrinhas! Isso prova quanto a nossa relação com o espelho tem mais a ver com a cabeça do que com o que está refletido. É claro que uma rotina saudável, com alimentação balanceada e exercícios físicos, é bem-vinda para todas nós. Mas, além disso, o melhor a fazer é parar de procurar defeitos e de ser tão exigente consigo mesma. 

“Deixo tudo pela metade”

Aprenda a dividir o seu tempo. Se tirou uma noite para namorar, não marque nada na manhã seguinte. Quando estiver fora de casa, confie na pessoa que ficou com o seu filho e foque nos seus afazeres. Caso ainda pareça impossível cumprir os compromissos, aprenda a terceirizar tarefas. A mulher que trabalha para ajudar a pagar as contas, por exemplo, deve dividir os serviços domésticos com o maridão e ensinar as crianças a organizar o quarto, ainda que as coisas não fiquem exatamente do seu jeito. Fazer uma lista 
de prioridades de cada dia também funciona.

“Gostaria de ser boa como ela...”

Evite comparações, afinal de contas, ninguém é perfeito. Tenha, no máximo, referências para se inspirar. Pense que sempre haverá alguém melhor e pior também.

“Queria ser mais confiante”

Os momentos de incerteza fazem parte da vida. Mas, num dia que estiver com a autoestima nas alturas, escreva uma lista com as suas qualidades, inclusive físicas. E leia a anotação. Releia sempre que se sentir para baixo e acredite no que ela diz! Logo a nuvenzinha carregada passa e a confiança retorna.

Lavagem cerebral do bem

As palavras e os pensamentos definem o nosso estado de espírito. “Quando uma mulher fala que não é boa mãe, está programando a mente para acreditar nisso, o que dificulta qualquer mudança”, diz a psicóloga Rebeca Fischer, de São Paulo. Mas dá para usar esse mecanismo a seu favor. Aprenda a convencer o cérebro de que você é segura e fique ainda mais feliz:

■ Aproveite um momento sozinha
Recite em voz alta o “alfabeto da autoestima”: para cada letra, encontre um elogio e atribua-o a si mesma. Exemplo: Eu sou amiga, eu sou bonita, eu sou confiante... Sempre repita “eu sou” no começo da frase. “No final do exercício, você se sentirá melhor”, garante Rebeca.

■ Nada de negativismo
Pensar coisas ruins faz com que você acredite naquilo e só veja as dificuldades, bloqueando a solução. Diga que você pode e que consegue, ainda que não saiba como fazê-lo, e em pouco tempo vai acreditar no seu potencial.

■ Quer se programar para ser uma mãe melhor?
Comece definindo o que é ser uma boa mãe para você. É uma pessoa compreensiva? Paciente? Liste todas as qualidades que são importantes e perceba que você está fazendo tudo pelos seus filhos. Repita todos os dias para si mesma que  é exatamente assim que você é. E assim você será.
Bem-estar e Saúde

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