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Mamografia sem medo

Esse exame, tão importante para nós, é o jeito mais eficaz de detectar o câncer de mama em estágio inicial

Silvia Regina Publicado em 13/08/2015, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que 57 mil novos casos serão diagnosticados em  2015. Além disso, um em cada cinco tumores detectados no país é nos seios! E a mamografia – um raio-X das mamas – é a maneira mais eficaz para descobrir o problema precocemente. “Ela detecta alterações, como nódulos e microcalcificações, que podem ser benignas ou malignas”, explica o mastologista Fabio Arruda, do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, de São Paulo. Mas ainda existem alguns mitos envolvendo o exame, que fazem com que muitas de nós fujamos dele. Pesquisa do Instituto Datafolha mostrou que uma em cada cinco mulheres entre 40 e 69 anos de idade, atendidas pelo SUS, nunca passaram por uma mamografia. Isso precisa mudar o mais rápido possível, já que, quando detectado no início, o câncer de mama tem 90% de chance de cura. Conheça melhor essa aliada e corra logo para marcar a sua!


Aos 30 ou aos 40?
A partir dos 40 anos, a mulher precisa fazer o exame anualmente. Mas quem tem mãe ou irmãs com a doença, ou muitos casos na família, deve começar já aos 30 anos.


Qual a melhor  época pra fazer?
O ideal é que a mamografia seja feita dez dias depois da menstruação, pois nessa fase as mamas já não estão tão sensíveis, o que torna o desconforto bem menor para a mulher. 


Dói mesmo?
Sim, pois a mama precisa ser comprimida para que o raio-X atravesse todo tecido mamário. Claro que a sensibilidade varia de mulher para mulher. Quanto mais jovem, maior tecido glandular, e maior o sofrimento. Ainda assim, lembre-se de que por pior que seja essa dor, esses cinco minutos podem ajudar a salvar a sua vida! Outra coisa: os médicos dizem que as mulheres entram muito mais tensas na sala de exame do que saem. 


É necessário algum tipo de preparação?
Não existe nenhum preparo especial para o exame. O que alguns médicos recomendam, mas é apenas uma sugestão, é que a mulher tome um anti-inflamatório um dia antes para minimizar o desconforto. Além disso, os especialistas aconselham a não usar desodorante aerossol no dia. É que ele libera partículas de alumínio que podem confundir a imagem. 


O tamanho da mama interfere no resultado?
Não, mas quem tem o seio pequeno costuma sofrer mais para esparramar o tecido mamário.


E se aparecer alguma coisa?
Ao detectar qualquer alteração, o médico irá avaliar o caso com base nas características do nódulo ou microcalcificação, e levando em conta o padrão internacional. Quando o especialista chegar à conclusão de que é algo mais sério ou se a dúvida permanecer, normalmente é solicitado um complemento. Na maioria das vezes, costuma ser uma ultrassonografia das mamas ou até mesmo uma biópsia do tecido mamário para detectar se há câncer ou algo que possa se transformar na doença mais para frente.


Tenho silicone. Posso fazer?
Sim. Quem tem prótese de silicone na mama pode


O medo da radiação tem fundamento?
Algumas mulheres reclamam da radiação e acabam não fazendo o exame por conta disso. Entretanto, não há motivos para pânico! Segundo os especialistas, o nível de radiação é o mesmo de uma radiografia normal, portanto, ele só se torna perigoso quando realizado muitas vezes seguidas e em um curto espaço de tempo. E esse não é o caso, não é mesmo?


Vale a pena fazer o autoexame?

Muita gente é adepta do autoexame, um método em que a própria mulher apalpa as mamas todo mês em busca de alterações. Apesar de muito importante para o autoconhecimento, ele não substitui o acompanhamento com o ginecologista e a mamografia, pois não é eficaz na detecção de tumores em fase inicial. 
De qualquer forma, ele precisa ser feito uma vez por mês, e a melhor época é logo após a menstruação. As mulheres que não menstruam mais devem escolher um dia no mês e repeti-lo sempre, por exemplo, todo dia 15. Diante do espelho, deve-se procurar por deformações ou alterações no formato das mamas, feridas ao redor dos mamilos, secreções e caroços nas mamas ou axilas. 
Ao sinal de qualquer tipo de mudança na região, marque imediatamente uma consulta com seu médico, e não tenha medo da mamografia!
Bem-estar e Saúde

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