Mais de 800 milhões de pessoas vivem com diabetes - Freepik
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Diabetes é o novo mal do século — mais de 800 milhões de pessoas têm!

O número de pessoas com diabetes tem crescido de forma consistente nas últimas décadas, com projeções que indicam um aumento significativo até 2045

Marina Borges Publicado em 18/11/2024, às 14h00

O diabetes, uma doença crônica que afeta a capacidade do corpo de processar a glicose no sangue, já é considerado o “mal do século” por especialistas. Segundo estimativas da Federação Internacional de Diabetes, mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com a condição ou apresentam risco de desenvolvê-la, devido ao aumento alarmante dos casos de obesidade, sedentarismo e maus hábitos alimentares. Essa escalada coloca a doença como um dos principais desafios de saúde pública global, demandando atenção urgente para prevenção e manejo adequado.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas vivendo com diabetes tem crescido de forma consistente nas últimas décadas, com projeções que indicam um aumento significativo até 2045. A doença, que pode levar a complicações graves como problemas cardiovasculares, renais e o comprometimento da visão, está cada vez mais associada a mudanças no estilo de vida moderno. Mas o que é o diabetes, quais são seus tipos e como é possível prevenir e tratar a condição? Confira a seguir.

O que é o diabetes?

O diabetes é uma doença metabólica crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o corpo não consegue utilizá-la de maneira eficaz. A insulina é o hormônio responsável por regular os níveis de glicose no sangue, e sua deficiência ou mau funcionamento provoca o acúmulo de açúcar no organismo, causando hiperglicemia.

Existem três tipos principais de diabetes:

  1. Diabetes tipo 1: uma condição autoimune que destrói as células produtoras de insulina no pâncreas. Geralmente diagnosticado na infância ou adolescência, exige o uso de insulina diariamente;

  2. Diabetes tipo 2: o mais comum, está associado ao estilo de vida, incluindo má alimentação, obesidade e sedentarismo. Afeta principalmente adultos, mas tem crescido entre crianças e adolescentes devido ao aumento da obesidade infantil;

  3. Diabetes gestacional: ocorre durante a gravidez e, embora geralmente desapareça após o parto, aumenta o risco de a mãe e o bebê desenvolverem diabetes tipo 2 no futuro.

Por que o diabetes está em alta?

O aumento global do diabetes está diretamente ligado a mudanças no estilo de vida e ao envelhecimento da população. A urbanização acelerada, a maior oferta de alimentos ultraprocessados e o sedentarismo criaram um ambiente propício para o crescimento da obesidade, que é um dos principais fatores de risco para a doença.

Além disso, a pandemia de Covid-19 agravou a situação ao dificultar o acesso a cuidados médicos preventivos e à prática de atividades físicas, ao mesmo tempo em que aumentou os níveis de estresse, outro fator que pode desencadear o diabetes.

Outro fator importante é a falta de conscientização sobre a doença. Muitas pessoas vivem com diabetes tipo 2 por anos sem diagnóstico, o que aumenta o risco de complicações graves como insuficiência renal, amputações e doenças cardíacas.

Prevenção e tratamento

A aplicação de insulina é utilizada no tratamento de diabetes - Foto: Freepik

 

Embora o diabetes tipo 1 não possa ser prevenido, o tipo 2, que representa a maioria dos casos, é altamente evitável com mudanças no estilo de vida. Algumas estratégias eficazes incluem:

O tratamento do diabetes varia conforme o tipo, mas inclui uma combinação de medicamentos, insulina (quando necessário), alimentação equilibrada e acompanhamento médico contínuo. Em muitos casos, o controle eficaz da doença depende também de uma boa adesão do paciente ao tratamento.

O diabetes já pode ser considerado uma epidemia global e, para enfrentar esse desafio, é necessário um esforço conjunto entre governos, sistemas de saúde e a população. Investir em conscientização, educação em saúde e acesso a tratamentos é essencial para frear o aumento dos casos e melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença. Adotar hábitos saudáveis não é apenas uma forma de prevenir a doença, mas também de garantir mais saúde e bem-estar no dia a dia.

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