Você sabe o que é mpox? Doença configura como emergência sanitária pela OMS - Divulgação
EMERGÊNCIA SANITÁRIA

Brasil entra em alerta com ameaça da mpox; saiba sobre a doença

Doença foi considerada emergência sanitária pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta semana; você sabe o que é a mpox?

Ana Mota Publicado em 16/08/2024, às 11h01

O Brasil entrou em alerta com a nova ameaça da mpox. A doença foi considerada emergência sanitária pela Organização Mundial da Saúde (OMS) durante esta semana, com risco de disseminação global e de uma potencial pandemia. De acordo com Nísia Trindade, ministra da Saúde, o momento não é de "alarme".

Neste cenário, o Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), na última quinta-feira (15), para acompanhar as resposta à mpox e tomar medidas se forem necessárias.

"O comitê vai ficar debruçado na análise técnica e também na organização para o acompanhamento dessa emergência. De imediato, quero dizer que não há nenhum caso no país da variante b da Cepa 1 da mpox, que foi a que causou esse surto com maior capacidade de transmissão e gravidade (no mundo)", afirmou Nísia.

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O que é a mpox?

A mpox é uma doença causada pelo vírus Monkeypox. Ela pode ser espalhada por contato entre pessoas ou contato com objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado. Em regiões onde o vírus está presente entre animais selvagens, a doença também pode ser transmitida para humanos que tenham contato com os animais infectados.

Entre 2022 e 2023, a mpox foi considerada emergência global, uma vez que atingiu diversos países. Houve um pico de casos registrados em agosto de 2022, que começaram a diminuir gradualmente até abril de 2023. Mesmo com a queda, a OMS reforçou que a doença continuava a apresentar desafios à saúde pública.

A República Democrática do Congo, por exemplo, registra um surto da doença em 2024, com mais de 14 mil casos e 524 mortes.

Atualmente, existem duas cepas da mpox, a 1 e a 2, com suas variantes. É a variante 'b' que gerou o alerta mundial pela OMS. No Brasil, até o momento, só foi detectada a cepa 2. São 709 casos da doença em 2024, número baixo quando comparado com os 10 mil de 2022.

De acordo com Nísia, o Brasil tem capacidade de identificar a doença por meio de exames disponíveis em 27 laboratórios estaduais e 3 nacionais.

Quais os sintomas?

A mpox pode causar vários sinais e sintomas. Algumas pessoas podem apresentar sintomas menos graves, outras podem desenvolver quadros mais sérios e necessitar de atendimento.

O sintoma mais comum é a erupção de bolhas ou feridas na pele - em todo o corpo -, que podem durar de duas a quatro semanas. O quadro pode manifestar ainda febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados.

Existe tratamento para mpox?

Os sintomas da doença costumam desaparecer por conta própria, sem a necessidade de tratamento. É importante cuidar da pele que apresenta erupções, deixando-as secar ou, se possível, cobrindo-as com um curativo úmido para proteger a área.

Evite tocar em qualquer ferida na boca ou nos olhos. Pode-se utilizar enxaguantes bucais e colírios, desde que se evitem produtos com cortisona.

Existe vacina contra mpox?

As vacinas contra a mpox são produzidas apenas em um laboratório, localizado na Dinamarca. Isso torna o imunizante caro, de forma que precisa de autorização da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) para ser comprado.

O Brasil está em negociação para a aquisição emergencial de 25 mil doses da vacina. A ministra da saúde afirmou que elas são aplicadas desde o último ano em pessoas infectadas com HIV, que tiveram contato com infectados e também em profissionais de laboratório que fazem o exame para identificar a doença.

"No Brasil, nós vacinamos com uma licença especial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em casos muito excepcionais, para grupos muito vulneráveis, pessoas que tinham tido contato com outras pessoas doentes. Então, a vacinação nunca será uma estratégia em massa para a mpox", declarou.

Vale destacar que pessoas vacinadas contra a varíola humana podem ser infectadas pela doença. Além disso, o risco de infecção por mpox não se limita a pessoas sexualmente ativas, gays, bissexuais e homossexuais.

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