Apesar das mulheres se assustarem com o diagnóstico, os cistos nos ovários podem ser facilmente tratados
Da Redação Publicado em 28/10/2022, às 11h20
A vida da mulher moderna, por muitas vezes, pode ser cercada de dúvidas. Até mesmo quando é possível observar os resultados dos exames preventivos anuais - há tantas palavras que não fazem parte do cotidiano, que causam muito mais dúvidas do que alívio.
Nesse caso, é sempre indicado conversar com seu médico, para que ele faça a interpretação correta daquilo que está escrito. Agora, quando o assunto é surgimento de cistos ovarianos, a visita anual ao ginecologista pode ser uma ótima forma de acompanhar a saúde da mulher.
Segundo o especialista em cirurgias ginecológicas, Thiers Soares, apesar das mulheres se assustarem com o diagnóstico, os cistos nos ovários podem ser facilmente tratados e podem ter uma boa evolução caso sejam acompanhados constantemente nas consultas médicas.
AnaMaria Digital questionou o especialista sobre as 5 dúvidas comuns que chegam ao consultório ginecológico sobre cistos no ovário. Confira!
Não, felizmente, boa parte dos cistos no ovário são casos benignos. Nesse caso, só é recomendada a retirada quando há algum desconforto para a paciente. Quando existem características que indicam malignidade, porém, o médico pedirá exames complementares e indicará o tratamento mais adequado.
Não existe uma idade exata para o surgimento destes cistos. Eles podem surgir em qualquer momento da vida da mulher. O especialista afirma que é bom estar atento ao acompanhamento de mulheres após os 50 anos, já que podem surgir cistos malignos após essa idade - porém, não é a regra.
O especialista afirma que é raro as pacientes manifestarem algum sintoma fora do habitual do seu ciclo menstrual, mas que é importante estar alerta em algumas situações, como:
Thiers revela que, usualmente, as mulheres em idade reprodutiva podem desenvolver alguns tipos de cistos nos ovários, sendo os mais comuns:
Cisto funcional: ele é o tipo de cisto mais comum entre as mulheres. O surgimento ocorre quando os folículos não se rompem durante o ciclo menstrual e não expele o óvulo no seu interior. Dessa forma, o cisto cresce. Ele é identificado normalmente via exames de imagem e pode desaparecer em poucos meses, sem tratamentos ou intervenções.
Endometrioma: é normalmente encontrado em mulheres que sofrem com a endometriose. Este tipo de cisto tem como forte característica um líquido escuro e sanguinolento - com aspecto achocolatado, por conta da presença do tecido do endométrio. Este tipo de cisto é identificado a partir de exames de imagem e precisa de acompanhamento. Segundo o médico, quando indicada a remoção é possível utilizar um método que garanta mais conforto. “Com a laparoscopia ou robótica é possível identificar os focos e realizar a retirada do endometrioma, de uma forma tranquila e com uma recuperação mais ágil”, conclui.
Cisto dermoide: são cistos que crescem lentamente e nos seus aspectos físicos podem apresentar pêlos, cabelos e até dentes. Eles podem crescer até mais de 10cm de diâmetro. Normalmente, esse é o tipo de cisto que mais causa torção de ovário. O seu tratamento é realizado especificamente por vias cirúrgicas - nesse caso a cirurgia minimamente invasiva é a via mais indicada.
Cistoadenoma: possui características muito parecidas com o cisto funcional - porém, como são persistentes e reaparecem, na maioria das vezes requer a remoção cirúrgica. O cisto é formado pelo tecido que reveste o ovário e pode provocar diversas outras lesões na região, como uma torção, por exemplo. O seu tratamento é exclusivamente feito a partir de cirurgias e o surgimento pode ocorrer em qualquer idade.
5 - O cisto pode deixar a mulher infertil?
Não, os cistos nos ovários não deixam a mulher infértil. No entanto, existe um alerta quando falamos sobre o endometrioma - já que a endometriose pode prejudicar a reserva ovariana da mulher e a partir disso, causar e/ou dificultar a gravidez.
Apesar de todas essas questões, o especialista afirma que o tratamento para os cistos nos ovários avançou muito nos últimos 20 anos. Hoje, segundo o cirurgião, as possibilidades de cirurgias minimamente invasivas para estes casos podem ajudar as mulheres a terem uma vida mais saudável de forma rápida e sem sofrimento. “Com a possibilidade da cirurgia robótica, a retirada de endometriomas, é possível de maneira muito mais precisa e delicada”, afirma o ginecologista. Além disso, Thiers Soares reforça que é necessário sempre realizar o acompanhamento médico e definir com o ginecologista o melhor tratamento para cada caso.
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