Seja ao pensar sobre um problema, fazer uma lista mental de compras ou até mesmo treinar um discurso: falar sozinho é uma prática comum e mais frequente do que se imagina. Mas será que esse comportamento é normal, ou pode ser indicativo de algo mais sério?
A princípio, pode parecer engraçado, mas também gera preocupação. Segundo especialistas, o hábito de falar sozinho não só é comum, como pode trazer benefícios para o cérebro. No entanto, o lado positivo não é unanimidade, e é importante estar atento ao contexto e à frequência.
@portaldrauziovarella E você, tem costume de falar sozinho? 👀 #drauziovarella #falarsozinho ♬ som original – Portal Drauzio
Quando o comportamento se torna excessivo ou quando a pessoa começa a dialogar de forma intensa e constante consigo mesma, pode ser um indicativo de um transtorno mental, como esquizofrenia ou distúrbios psicóticos.
Benefícios de falar sozinho
Cientificamente, falar sozinho pode ser um ótimo sinal de que você está usando o seu cérebro de forma eficiente. Os destaques são para a organização de pensamentos, tomada de decisões e até na memorização de informações.
A concentração e a resolução de problemas também são impactadas positivamente. Isso porque verbalizar pensamentos força o cérebro a organizar informações de maneira lógica, o que melhora a compreensão e facilita o alcance de soluções
De acordo com um estudo da Universidade de Michigan, falar sozinho na terceira ou segunda pessoa pode ajudar no controle dos sentimentos e evitar a ansiedade. A prática é vista como uma forma de processamento mental e, às vezes, considerada estratégia saudável para lidar com o estresse e as demandas do dia a dia.
Além disso, falar sozinho pode ter um efeito calmante, especialmente em momentos de ansiedade ou estresse. Muitas pessoas falam sozinhas como uma forma de desabafar, o que ajuda a aliviar a tensão emocional. O autodiálogo pode ser útil para quem lida com questões emocionais no dia a dia.
Quando o hábito pode ser preocupante?
Embora falar sozinho seja geralmente inofensivo, vale ligar o alerta quando torna-se prejudicial. O ato pode gerar consequências, como constrangimentos em frente a outras pessoas. Alguém falando sozinho no ônibus ou perto de colegas de trabalho seria julgado por essas pessoas, por exemplo.
Além disso, há momentos em que ele pode sinalizar a necessidade de atenção médica. Se a prática vier acompanhada de alucinações, vozes internas ou comportamentos incomuns, é importante procurar ajuda de um profissional de saúde mental.
Outro ponto de alerta é quando o hábito interfere nas interações sociais ou prejudica a capacidade de funcionar normalmente no dia a dia. Nesse caso, é possível que o ato de falar sozinho esteja relacionado a uma condição mais grave e que deva ser avaliada por um médico.
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