Elza Soares comentou, em entrevista divulgada nesta quinta-feira (18) para o jornal O Globo, sobre os protestos antirracistas que acontecem no mundo.
A cantora citou o caso do segurança negro norte-americano, George Floyd, que foi assassinado por um policial banco nos Estados Unidos (EUA) e refletiu sobre o Brasil.
“[O Brasil] é o país mais racista do mundo. Nos Estados Unidos, mataram um homem negro e o mundo veio abaixo. Aqui, parece que é brincadeira. Rezo muito para que isso não chegue aos meus sobrinhos e meus netos”, iniciou a artista.
“A coisa aqui é braba, uma doença que não tem cura, uma situação absurda, nojenta. É a minha raça que estou vendo ser destruída, e é preciso dar um grito de basta”, continuou.
Além disso, aproveitou para analisar também a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e disse que esse momento é uma “surra” para a humanidade aprender a tratar o planeta melhor:
“Com todo mundo trancafiado dentro de casa, as praias vazias, não é possível que as pessoas não aprendam”, disse.
90 ANOS
Além disso, Elza completará 90 anos na próxima semana e comentou se está ansiosa pelo momento: “Não sou muito apegada a aniversário, não. É o que eu digo sempre: esquece esse, outros virão” […] Tenho que dar graças a Deus que estou em minha casa, e não no hospital. Tô aí”, contou.
“O palco faz falta, o público faz falta, mas quando eu entro em casa, eu fico em casa. Estou aproveitando para descansar o corpo e a cabeça, porque, quando começo a trabalhar, não paro”, concluiu.