Recentemente, MC Bin Laden, participante do ‘Big Brother Brasil’ de 2024, surpreendeu ao revelar utilizar Tadalafila, medicamento conhecido para tratar disfunção erétil, como parte de sua rotina de treinos.
“Tomo porque faço academia. E o bagulho [tadalafila] está manipulado. Não tenho libido baixa”, disse. A declaração levanta sérias preocupações entre especialistas, que alertam para os perigos do uso indiscriminado desse medicamento, principalmente por pessoas que não sofrem de disfunção erétil.
Em entrevista à AnaMaria Digital, Tiago Mierzwa, médico especialista em medicina sexual e reprodutiva do homem, compartilha sua preocupação destacando os riscos associados ao uso não supervisionado de Tadalafila para aprimorar o desempenho físico.
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RISCOS
“A Tadalafila não é um suplemento para a prática esportiva e seu uso sem orientação médica pode desencadear efeitos colaterais graves, incluindo tonturas e problemas cardíacos, além de problemas futuros ligados à disfunção erétil. Não há qualquer comprovação científica desse benefício”, afirma o urologista e andrologista.
A Tadalafila atua dilatando os vasos sanguíneos, o que pode levar a um aumento momentâneo do fluxo sanguíneo durante o exercício. No entanto, o medicamento não foi desenvolvido para esse fim e o alerta é para os perigos de buscar atalhos no desempenho físico sem supervisão profissional.
Mierzwa ressalta que a automedicação com Tadalafila pode resultar em consequências sérias para a saúde, incluindo complicações cardiovasculares e efeitos colaterais indesejados. “Além disso, o uso contínuo pode trazer dependência psicológica do medicamento e, com isso, a ereção só será possível com a ingestão do mesmo. Ou seja, o medicamento não vai melhorar uma ereção já existente e nem a fazer durar mais tempo. Recomendo sempre que qualquer uso desse medicamento seja feito sob orientação médica e estritamente para a finalidade para a qual foi originalmente prescrito”, reafirma.
A declaração de MC Bin Laden destaca a influência de figuras públicas na disseminação de práticas potencialmente prejudiciais. As autoridades de saúde reforçam a importância da conscientização sobre os perigos associados ao uso irresponsável de medicamentos e incentivam a população a buscar informações junto a profissionais de saúde antes de adotar práticas.