Desde que tomou coragem para denunciar as agressões que sofreu do ex-marido, Luiza Brunet se tornou ativista do direito das mulheres. Em conversa com Pedro Bial, exibido na última terça-feira (23) na TV Globo, a atriz comentou o aumento no número de casos de violência doméstica durante a quarentena.
No programa, Brunet divulgou informações do Instituto Patrícia Galvão, que aponta 195 casos de feminicídio registrados durante a pandemia e o crescimento em 35% nas denúncias de abuso recebidas pelo telefone 180, só em abril deste ano. Isso porque, com o isolamento social, as mulheres tendem a ficar ‘presas’ em casa com os agressores.
“Recebo pedidos de ajuda por grupos de WhatsApp. Às vezes de mulheres fora do Brasil”, contou a ativista, que usa as redes sociais para se conectar com quem precisa de auxílio.
Além disso, elogiou a Lei Maria da Penha, mas opinou que, por mais que sejam fundamentais, as medidas protetivas atuais não são suficientes. Para ela, é preciso que a sociedade se engaje nos direitos das mulheres e as penas sejam judicialmente mais severas.
“Não é justo que uma pessoa sofra uma agressão da magnitude que eu sofri, com quatro costelas quebradas, escoriação no corpo e o famoso olho roxo, que é o símbolo da mulher que apanha. A parte emocional, psicológica, os xingamentos verbais, tudo isso vale uma cesta básica? Não vale”, pontuou.
Você não está sozinha! Em caso de violência contra a mulher, ligue 180.