A ex-participante do ‘The Voice Kids’, Bel Sant’Anna, resolveu relatar no Twitter sua experiência no reality musical e acabou fazendo duras críticas ao programa, na última segunda-feira (5).
Ela, que fez parte do time de Simone e Simaria, acabou eliminada na fase de batalhas. “Eu sei que ninguém liga, e vocês podem até achar que eu tô cuspindo no prato em que eu comi, mas na minha opinião The Voice Kids deveria ser proibido. Não só porque as crianças estão sendo usadas pra entretenimento alheio, mas eu já senti na pele como é estar lá e não me fez bem”, iniciou.
No entanto, antes de continuar, ela garantiu que não sofreu abuso “ou coisa do tipo”, mas que suas críticas eram sobre a “mecânica do programa”.
“Acontece que quando se colocam crianças para competirem entre si em prol do entretenimento alheio, já passa a ser algo duvidoso. Tenho que dizer que na época que eu fui (com 13 anos), a perspectiva de fazer parte disso era fantástico. Na minha cabeça, era tudo as mil maravilhas”, relembrou a jovem de 15 anos.
Ela ressaltou que a experiência foi boa, levando em consideração as amizades que fez. “Mas eu não tinha preparo psicológico e muito menos emocional para enfrentar um baque daqueles. Podem dizer que eu só ‘não sei perder’ porque foi isso que eu achei por muito tempo”, completou.
Bel prosseguiu dizendo que a eliminação a fez perder a autoestima e largar a música por um tempo. Ela não parou por aí e ainda criticou as psicólogas do programa, que deveriam auxiliar as crianças. Na opinião da garota, as profissionais “estavam mais para babás” e não falavam “nada tranquilizante”.
“Enfim, colocar crianças para competirem entre si, para mim, soa imoral. Vocês não têm noção do quanto partia o meu coração ver as crianças voltando do estúdio pro hotel chorando porque não haviam passado”, declarou.
“Gente, eu não quero atacar o programa nem nada, tá? É só um relato, ninguém precisa se doer por isso não. Outra coisa: não tô desdenhando da oportunidade que recebi. Só estou apontando alguns fatos, mas sou muito grata pela abertura de portas que o programa me proporcionou, mesmo eu não tendo energia para atravessá-las e agarrar as oportunidades”, ressaltou.