Os chamados deathboats são sistemas de inteligência artificial que simulam conversas com pessoas que já faleceram. A tecnologia utiliza áudios, vídeos e registros digitais para criar versões virtuais capazes de interagir com familiares e amigos.
Esse avanço tem gerado debates intensos sobre memória, luto e ética. Ao mesmo tempo em que oferece conforto para alguns, também levanta preocupações sobre os limites da realidade e os impactos emocionais de reviver quem já partiu.
Como funciona a tecnologia dos deathboats
Os deathboats são alimentados por dados digitais deixados por pessoas em vida, como gravações, mensagens e vídeos. A IA processa essas informações e cria um modelo capaz de responder perguntas e manter diálogos, imitando a voz e os trejeitos da pessoa falecida.
Em alguns casos, os sistemas conseguem gerar vídeos interativos, nos quais o usuário vê e ouve uma versão digitalizada do ente querido. Essa experiência pode ser reconfortante, mas também provoca questionamentos sobre autenticidade e manipulação da memória.

Quais serviços já oferecem essa experiência?
Nos últimos anos, diversas startups e plataformas começaram a explorar o conceito dos deathboats. Entre os exemplos mais citados estão:
- Aplicativos que recriam a voz de familiares a partir de áudios antigos.
- Serviços que simulam conversas em texto com base em mensagens arquivadas.
- Plataformas que oferecem vídeos interativos com avatares digitais.
- Projetos acadêmicos que estudam o impacto psicológico dessa tecnologia.
Os dilemas éticos e emocionais
A possibilidade de “conversar” com quem já morreu levanta questões delicadas. Especialistas apontam que os deathboats podem ajudar no processo de luto, mas também prolongar o sofrimento ao dificultar a aceitação da perda.
Há ainda preocupações sobre privacidade e consentimento. Nem sempre os falecidos autorizaram o uso de seus dados, e isso abre espaço para debates sobre direitos digitais e memória póstuma.
Neste vídeo do canal Otimize Seu Negócio, que possui mais 250 mil inscritos, tem um teste de uso com um desses serviços de conversação baseados em IA:
O impacto na compreensão da realidade
Pesquisadores alertam que os deathboats podem alterar nossa percepção da realidade. Ao criar versões digitais de pessoas que já se foram, a tecnologia desafia os limites entre vida e morte, memória e simulação.
Esse fenômeno mostra como a inteligência artificial não apenas transforma o presente, mas também redefine a forma como lidamos com o passado e com nossas relações mais íntimas.







