O sexo anal, apesar de ser um tabu para muitos, tem ganhado cada vez mais interesse entre os casais. Prova disso é o número de pessoas que, somente em 2023, ingressaram no Sexlog marcando o fetiche como um de seus principais interesses — mais de 100 mil!
“Falar de sexo anal no universo fetichista é bastante comum, embora ainda seja um assunto sensível na sociedade. Não é uma prática exclusiva das relações homossexuais e pode proporcionar prazer independentemente da orientação sexual”, diz Mayumi Sato, CMO da plataforma de conteúdo voltada para o público adulto.
Mas será que sexo anal faz mal? É possível praticar sem dor? AnaMaria conversou com o sexólogo e biomédico especializado em estética íntima masculina Vitor Mello para desmistificar essas e outras questões sobre o tema. Vamos lá?
O que torna o sexo anal prazeroso e seguro?
Um dos maiores mitos em torno do sexo anal é que ele é perigoso ou prejudicial à saúde. Na verdade, com os cuidados certos, ele pode ser uma fonte de prazer tanto para homens quanto para mulheres. “O benefício de fato é o prazer. Essa é uma região extremamente sensível”, explica Vitor. Para uma prática segura, o especialista destaca a importância da higienização, do uso de preservativos e, principalmente, de lubrificantes: “O lubrificante facilita a penetração, diminuindo o atrito e prevenindo infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)”.
A lubrificação é essencial para evitar desconfortos e lesões, além de garantir uma experiência mais confortável. Portanto, se você quer saber como fazer sexo anal sem dor, a resposta é simples: invista em bons lubrificantes e evite a pressa!
Quais as melhores posições para quem está começando?
Muitos acreditam que a posição “de quatro”, conhecida como doggy style, é a mais adequada para o sexo anal. No entanto, para iniciantes, Mello recomenda posições que ofereçam mais controle e conforto. “A melhor posição para quem está começando é de lado, com a perna de cima ligeiramente para frente. Nessa posição, o reto está mais reto, facilitando a penetração”, orienta. Outra opção interessante é a pessoa penetrada ficar por cima, controlando a profundidade e velocidade, o que também ajuda a evitar dores ou desconfortos.
Mitos que precisam ser deixados para trás
Um dos mitos mais comuns sobre o sexo anal é que ele seria “imoral” ou “perverso”. Porém, o especialista destaca que isso está longe da verdade. “Essa prática é natural e muito antiga, além de extremamente prazerosa para muitas mulheres. Existem relatos de mulheres que chegam ao orgasmo com mais facilidade com o sexo anal do que com o vaginal”, explica.
E quanto à dúvida: “faz mal fazer sexo anal?”, Vitor esclarece que “o sexo anal, feito de forma segura, não causa hemorroidas nem afeta o controle do esfíncter [conjunto de músculos que envolve o canal anal e tem a função de reter as fezes e gases]. O problema surge quando há excesso de força ou falta de lubrificação, o que pode, sim, causar fissuras ou lesões”.
Ou seja, desde que feito com atenção, o sexo anal não prejudica a saúde. O importante é sempre respeitar os limites do corpo para que todos estejam confortáveis.
Como garantir uma experiência segura e prazerosa
O sexo anal exige alguns cuidados especiais, mas isso não é motivo para desencorajar a experiência! A boa notícia é que é possível fazer sexo anal sem dor, e a resposta está nos preparativos. O especialista reforça a importância dos lubrificantes, indispensáveis para o sexo anal.
Vitor também sugere que o casal use e abuse dos brinquedos sexuais, como dildos e vibradores, para explorar a região de forma mais relaxada e divertida. “Brinquedos ajudam muito, e existem diversos modelos e texturas para todos os gostos”, afirma o sexólogo. Outra dica valiosa é investir nas preliminares, como o beijo grego, que também pode contribuir para o relaxamento e tornar a penetração mais confortável.
Assim como em qualquer prática sexual, o diálogo é fundamental. Para explorar o sexo anal pela primeira vez, o casal precisa estar em sintonia. “Os dois precisam consentir e querer a experiência”, alerta Vitor. Ele destaca que, por ser uma prática envolta por tabus, é normal que um dos parceiros possa se sentir desconfortável. Nesses casos, conversar abertamente sobre desejos e limites é essencial. Além disso, investir nas preliminares pode ajudar a reduzir a tensão, especialmente nas primeiras vezes.
Quando saber que é hora de parar?
Por fim, é importante saber reconhecer os sinais de que algo não está certo. “Se a penetração se tornar insuportável ou causar dor intensa, é melhor parar”, recomenda Vitor. A dor persistente ou sensação de ardência pode indicar falta de lubrificação, ou até a presença de hemorroidas, que agravam o desconforto. Em casos de sangramento ou dor localizada, o ideal é suspender a prática e procurar um médico para investigar possíveis causas.
Em resumo, sexo anal não é o monstro que muitos pintam. Quando feito com respeito, comunicação e os cuidados certos, pode ser uma prática saudável e prazerosa para ambos os parceiros. Para fazer sexo anal de forma segura, lembre-se: lubrificação, paciência e diálogo são as melhores dicas para uma experiência sem dor e com muito prazer.
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