A pandemia do novo coronavírus já matou mais de 4 milhões de pessoas em todo o mundo, mas parece que o músico norte-americano Eric Clapton, de 76 anos, não desistiu de ter atitudes negacionistas sobre a Covid-19, apesar dos números mostrarem que as vacinas estão realmente diminuindo o número de casos e mortes pela doença.
Tudo porque declarou para a revista Rolling Stone que vai se recusar a fazer shows em locais que exijam a vacinação do público. O comentário veio após a notícia de que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que eventos com grande público no Reino Unido exigirão comprovante de vacinação.
“Após o anúncio do PM [Primeiro Ministro] na segunda-feira, 19 de julho de 2021, sinto-me na obrigação de fazer um anúncio pessoal: desejo dizer que não me apresentarei em nenhum palco onde haja um público discriminado presente. A menos que haja providências para que todas as pessoas compareçam, eu me reservo o direito de cancelar o show”, avisou Clapton.
VACINADO, APESAR DE TUDO
O cantor foi vacinado em maio passado contra a covid-19. Na ocasião, tomou o imunizante Oxford/AstraZeneca e afirmou que teve reações negativas e graves, que teriam durado 10 dias, na primeira dose.
“Eu finalmente me recuperei e disseram que faltariam doze semanas para o segunda… Cerca de seis semanas depois, recebi a oferta e tomei a segunda dose da AZ, mas com um pouco mais de conhecimento dos perigos. Desnecessário dizer que as reações foram desastrosas, minhas mãos e pés estavam congelados, dormentes ou queimando, e praticamente inúteis por duas semanas, eu temi nunca mais tocar (eu sofro de neuropatia periférica e nunca deveria ter chegado perto da agulha). Mas a propaganda dizia que a vacina era segura para todos”, alegou o músico.
A explicação para o imunizante, produzido no Brasil pela Fiocruz, causar reações mais intensas em algumas pessoas é a tecnologia aplicada, pois a vacina da AstraZeneca é de “vetor viral” e tem como base outro vírus (um adenovírus de chimpanzé) que foi debilitado e geneticamente modificado para impedir que o novo coronavírus se reproduza no organismo humano. Isso condiciona a pessoa que toma a ter um estímulo maior do sistema imunológico.