Você sabia que há ligação entre sono e saúde cerebral? Um estudo da Universidade de Michigan, que acompanhou mais de 18.500 adultos acima de 50 anos por uma década, mostrou que pessoas com apneia do sono têm risco elevado de perda cognitiva, especialmente as mulheres, com probabilidade duas vezes maior de desenvolver declínio.
O problema ocorre porque a apneia reduz a oxigenação cerebral, favorece a inflamação crônica e dificulta a eliminação de proteínas tóxicas, como a beta-amiloide, um dos principais marcadores do Alzheimer. “Distúrbios nessa fase [REM] elevam os níveis de biomarcadores ligados à doença, mesmo antes de surgirem sintomas clínicos”, explica o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho, diretor médico da Biologix. Estudos publicados no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine também apontam maior acúmulo de placas de beta-amiloide em pacientes com apneia.
Além de prejudicar a fase REM, responsável pela organização da memória e regulação das emoções, a fragmentação do sono profundo compromete o sistema linfático, que atua na “limpeza” do cérebro.
Os sinais mais comuns de apneia incluem ronco intenso, pausas respiratórias noturnas e sonolência diurna. O diagnóstico é feito por exames como a polissonografia, e o tratamento pode variar de mudanças de hábitos ao uso de dispositivos de pressão positiva contínua (CPAP) ou cirurgia.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1489, de 3 de outubro de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.








